domingo, 7 de maio de 2023

EDUCAÇÃO INFANTIL- DIA DOS POVOS INDÍGENAS

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vizinhos como não tê-los?

Olá caro leitor, esses dias estava pensando na minha vizinhança e fiquei muito feliz, pois tenho vizinhos maravilhosos. Nem todas as pessoas têm essa sorte, mudei-me para essa rua no começo do ano. Na verdade já morava no bairro e algumas pessoas já eram minhas conhecidas, mas mesmo assim morar ao lado é bem diferente. Consideramos vizinhos aqueles que moram perto de nós, mais pela proximidade geográfica do que pelos laços naturais de afinidade, simpatia, relacionamento. Assim costumamos identificá-los por vizinho da direita, da esquerda, da frente, dos fundos da esquina, do outro quarteirão. Alguns vemos pela manhã quando vamos botar o lixo para fora, varrer a calçada. –Bom dia!..Tudo bem?.. Será que chove hoje? É tudo que costumamos falar. Quando moramos em prédios esperar o elevador abrir a porta pode ser uma grande sacrifício, pois nem sempre nos esforçamos para ser cordial e gentil, ou estamos preparados para conviver com outros. Em condomínios, algumas cenas geram comportamentos diversos, já que você tem que respeitar algumas regras. Quem já não teve uma vizinha que sai às 5 da manhã em cima de um salto alto acordando você todos os dias, ou mesmo aquele vizinho ao lado que grita o dia todo, ou que não sabe controlar o volume do seu rádio e você acaba sendo obrigado a ouvir com ele a música. Enfim ser vizinho não é definitivamente estar perto de alguém que consideramos. Muito diferente de tempos passados, pois as visitas são raras e rápidas, e a prosa só é possível nos intervalos das novelas. Nas casas, as cadeiras nas calçadas, nas noites de verão, estão proibidas pelo receio de vandalismos e inconvenientes. A falta de um bom relacionamento entre vizinhos dificulta a prática de solidariedade e entristece o nosso viver, pois somos seres gregários por natureza. Devemos sempre lembrar que não estamos sós e, por isso, é bom avaliar se o que estamos fazendo pode desagradar o outro. Uma boa forma de fazer isso é nos colocarmos no lugar do outro. Tive sorte de encontrar vizinhos excelentes, parece mais uma reunião de família, vai além daquele “olá tudo bem?”. Aqui eles costumam bater em minha porta para dizer “Paula você está ai, está tudo bem? Não ouvi barulho seu hoje!” ou, “Vamos rezar o terço hoje na casa de fulano”. Que bom, a prática da boa vizinhança, da solidariedade ainda não morreu nos dias de hoje. Pena que isso não é mais tão habitual. Paula

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vídeo Game Vilão ou Mocinho?

Muito comum pais e educadores criticarem o uso de vídeo games pelas crianças e adolescentes seja pelo conteúdo de violência, por afastar o jovem do ambiente social ou pelo aumento significativo de crianças obesas. Esses jovens terão consequências nos aspectos físicos emocionais, cognitivos e sociais já que estão em constantes mudanças nos aspectos fisiológicos e neuronais. Como já foi comentado em artigo anterior, hoje nossos jovens dispõem de todo aparato tecnológico no seu próprio quarto, o que propicia todo um contexto de “conforto” oferecido por pais que pretendem salvaguardar seus filhos de situações diversas existentes em nossa sociedade atual. Assim é importante lembrar que todo comportamento adquirido por jovens vem da educação dada pelos pais. Também é frequente lermos sobre a sedentarização de adultos que ficam horas sentados na frente da TV, sem atividade física, e hábitos alimentares impróprios. Esta inatividade e esses hábitos alimentares, com certeza, influenciam no comportamento dos filhos. É mais fácil telefonar para uma pizzaria do que ir até lá a pé, o aumento de opções que as tecnologias estão oferecendo para minimizar o gasto energético e tempo, está influenciando diretamente no comportamento dos adultos e jovens. Cada vez mais jovens vão valorizando o seu dia a dia como o de um adulto, por isso é fundamental a conscientização do adulto sobre seus hábitos. E o vídeo game, pode ser um aliado ou um vilão na formação de nossos jovens? O jogo é necessário para aguçar o nosso desenvolvimento intelectual e para que assimilemos melhor o contexto em que vivemos. Entendemos também que o ensino que utiliza os diferentes meios lúdicos cria um ambiente mais atraente e estimulante para o desenvolvimento do jovem. Para Piaget os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança. Na concepção de Vygotsky, o lúdico influencia imensamente o desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende a agir, a despertar sua curiosidade, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. O vídeo game pode ser um aliado para melhorar a concentração, para estratégias de aprendizagem, no controle da ansiedade, entre outras habilidades cognitivas e emocionais. Tudo dependerá de como o videogame é utilizado pelo usuário. Uma das revistas científicas mais conceituadas, a Nature mostrou que os novatos no videogame melhoram na atenção visual depois de 10 dias de treino, também melhorando a capacidade de orientação espacial e resolução temporal (Green & Bavelier, 2003). Importante então é considerar os objetivos indiretos que o jogo pode favorecer ao jovem, como: memória (visual, auditiva, sinestésica); orientação temporal e espacial (em duas e três dimensões); coordenação motora viso manual (ampla e fina); percepção auditiva, percepção visual (tamanho, cor, detalhes, forma, posição, lateralidade, complementação), raciocínio lógico-matemático, expressão lingüística (oral e escrita), planejamento e organização. E isso é imprescindível que o educador tenha conhecimento sobre todos esses objetivos, pois dessa forma facilita ainda mais a interação aluno professor e torna o processo de ensino e aprendizagem mais eficiente. E, para uma utilização eficiente e completa de um jogo educativo é necessário realizar previamente uma avaliação consciente do mesmo, analisando tanto aspectos de qualidade de software como aspectos pedagógicos e fundamentalmente a situação anterior e posterior ao jogo que se deseja atingir. Podemos perceber que levar um jogo digital ou eletrônico para o ambiente escolar é um instrumento que consequentemente propiciará uma forma de aprendizagem diferenciada e muito mais afetiva. Aos pais fica a certeza de que deverão respeitar cada fase do desenvolvimento de seu filho, tornar-se flexível para acompanhar seu nível de amadurecimento, nunca deixar de impor regras e principalmente ser espelho de atitudes e comportamentos para seus filhos. Sendo assim poderão cumprir sua função educativa. Paula