quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ensino Técnico

Ensino Técnico e os desafios do mercado de trabalho.
O ensino Técnico, também enfrenta novos desafios nesse mundo globalizado. Necessitamos cada vez mais formar profissionais competentes, aptos a enfrentar esse novo mundo do trabalho e para isso precisamos direcionar o foco do ensino para o ensino por competências. O ensino por competências torna-se necessário a partir do momento em que vivenciamos rápidas mudanças no mercado de trabalho e há necessidade de exigir do profissional qualidade e eficiência no seu serviço.
Nessa situação o aluno é o agente, pois não adianta o estudante somente receber o conteúdo, ele tem de ter habilidades para resolver problemas, enfrentar os desafios do dia-a-dia, esse todo, na hora em que o aluno coloca em ação, melhora a disposição e ele enfrenta a situação proposta.
Analisando tudo isso não se pode deixar de considerar que uma parceria escola-empresa é fundamental, orientada por professores capacitados através de estágios. O professor deve trabalhar e desenvolver as competências para expor o melhor e alguns procedimentos pode vir a ajudar o desenvolvimento das competências, que são a valorização do pensamento divergente, a capacidade de desenvolver a comunicação, aprender a resolver os problemas, favorecer uma atitude de auto-avaliação e favorecer a oportunidade do diálogo entre fontes diversas.
Pode-se também trabalhar com uma pauta de valores, proposta por Ramos (Sala de Aula de Qualidade Total, 1995 p. 39 a 46) que engloba o amor, a verdade, o respeito, a responsabilidade, o compromisso e o comprometimento.
O professor é o grande responsável por conseguir fazer esse aluno corresponder a essa proposta tão necessária nesse mundo globalizado e ele deve ser capaz de despertar a consciência crítica do aluno através de sua epistemologia muito bem adequada e direcionada para esse propósito.
Outros pontos que devem ser desenvolvidos no aluno surgem da Comissão da Indústria, composto por cinco competências e uma base fundação, que proporcionam melhores condições de aprendizado, garantindo ao indivíduo uma melhoria na sua empregabilidade. As cinco competências seriam alocar recursos, habilidades interpessoais, informação, compreensão de sistemas, tecnologias. A base fundação seriam as habilidades básicas de escrever, ler, aritmética, falar e ouvir.
Percebemos com isso que as empresas estão buscando agregar valores aos seus investimentos, vinculando a aprendizagem a metas organizacionais.
O contexto atual do mundo do trabalho exige dos profissionais uma capacidade cada vez maior de aprendizagem, atualização, adaptação e flexibilidade, raciocínio crítico, visão estratégica, pesquisa, análise e solução de problemas, trabalho em equipe, iniciativa, autonomia dentre outras competências relacionadas à Educação Profissional e Fundamental.
O sucesso pessoal e profissional é apenas uma questão de competência. Num mundo de mudanças radicais é essencial, tanto à Instituição, quanto às pessoas que trabalham nela a idéia de estarem sempre juntas, focadas numa finalidade, que é a qualidade do produto a ser oferecido.
Paula

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Palmada

Palmada: Uma agressividade positiva.


O que entendemos por agressividade e violência?

Podemos separar as duas palavras e conceituá-las sob os aspectos positivos e negativos. A agressividade pode ser positiva ou negativa.

A positiva se traduz em forma de sobrevivência e expressão do ser humano. Nos primeiros anos de vida o indivíduo encontra-se limitado na maneira de comunicar-se sendo comuns reações baseadas em gritos, chutes, socos e birras, nesse caso a agressividade é uma relação com o mundo. Será negativa quando o indivíduo responder agressivamente às situações após a aquisição da fala e após ter havido aprendizagem na observação de atos agressivos.

Já a violência, podemos entender como a imposição de alguma força contra alguém, utilizando o poder da ameaça, intimidação, negligência, opressão, abuso físico, sexual e psicológico.

Atualmente, em nosso país, a pergunta que não quer calar é; Dar palmadas é manifestação de violência contra a criança?

Até o que se sabe dar palmadas nunca prejudicou ninguém, quantos de vocês leitores, não levaram palmadas de seus pais? Quantos não as deram em seus filhos?

Dar palmadas pode ser uma forma de agressividade, mas não é da forma negativa, como já foi definido no início do texto. O que ainda está confuso para as autoridades é que numa situação de agressividade intencional (palmada), possa não haver a vontade de machucar ou matar, ou seja, essa “agressividade” não significa que se queira destruir o “agredido”, mas sim que está ocorrendo uma manifestação comunicativa positiva.

As autoridades precisam refletir sim sobre o significado da agressividade negativa e a violência e admitirem que no caso de uma palmada não há intenção de lesar o outro. Bom mesmo seria se após refletirem sobre agressividade e violência, as autoridades efetivassem as leis (aliás, já está tudo na Declaração dos Direitos Humanos) que salvaguardam nossa identidade social. Falta segurança e sobra violência.

A segurança sempre foi um desejo do ser humano, a preocupação com ela perpassa pensamentos e projetos de vida de todos. A violência e a agressividade negativa estão em todo lugar, no motorista do carro que acelera quando uma pessoa atravessa a rua, no cidadão que empurra o outro dentro do ônibus, no descaso dos serviços públicos, nos maus tratos à natureza, no abandono do recém-nascido, na ausência de educação e carinho de alguns pais, nas agressões verbais no trânsito, no combate entre polícia e bandido, na competição por emprego, sem falar em assaltos, assassinatos, estupros, seqüestros, rebeliões etc.

Não há como negar nesse cenário que todos somos vítimas e reprodutores da violência e agressividade negativa nos ambientes por onde circulamos. Porém qual é efetivamente a causa disso tudo? Quem é responsável direta ou indiretamente por essas atitudes e comportamentos?

Estudos apontam como várias as causas dessas violências e agressividades negativas por parte das pessoas, são elas a ausência de políticas públicas efetivas no controle da segurança pública, despreparo dos policiais no combate ao crime, corrupção entre autoridades, carência de serviço público à comunidade, estrutura escolar deficitária, desestruturação familiar, ruptura dos valores humanos, desigualdade social, tráfico e uso de armas e drogas. Em nenhum estudo foi citado que a palmada fosse um fator gerador de violência para o ser e a sociedade. O que falta mesmo são propostas de leis e ações do governo que privilegiem a vida social. Ações estruturais e não apenas emergenciais.



Paula.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Religiao ou religiosidade????

Você se considera uma pessoa religiosa ou que possui religiosidade?


Provavelmente existam muito mais pessoas com religiosidade ou espiritualidade do que religiosos no mundo, pois religioso é quem assume determinada religião e a defende institucionalmente e ter religiosidade é próprio de qualquer ser humano que se relacione com uma religião ou com um o sagrado, característica que está se tornando mais comum entre os jovens. Esses jovens mantêm a religiosidade independente de seguir uma religião.

Muitos se mostram adeptos a crenças religiosas diferentes da religião que foram educados. Isso demonstra a realidade sincrética que vivemos no Brasil, principalmente aliada ao processo de democratização da escolha dos jovens, permitido pela nova educação dada pelos pais.

É certo que religião não se discute, porém é possível entender o significado das religiões e da busca constante do sentido pela vida do ser humano. Historicamente o ser humano se relaciona com a dimensão divina há milhares de anos, o que mudou foi apenas a forma de buscar esse contato. Alguns povos acreditam que a meditação em templos seja o mais adequado para estabelecer relações com o divino, outros povos realizam procissões, danças, rituais de sacrifício ou passagem, orações coletivas.

A sociologia explica que as sociedades têm uma relação entre o profano e o sagrado, estabelecendo crenças e comportamentos adequados aos locais correspondentes.

Para Durkheim toda religião tem como característica separar o mundo em coisas profanas e coisas sagradas. Assim para definir religião são necessários conceitos ligados ao sagrado, porque elas envolvem um conjunto de símbolos que invocam sentimentos de reverência ou temor e estão ligadas a rituais ou cerimônias dos quais participa uma comunidade de fiéis.

Verificam-se no mundo algumas religiões fundamentais para o surgimento de outras religiões. Elas estão cristalizadas na cultura dos homens, refletindo muito do comportamento em grupo e individual e da filosofia de vida deles. Algumas religiões foram primordiais para o desenvolvimento de outras crenças que se adequaram à realidade cultural de cada povo.

Foram elas o judaísmo (uma das mais antigas, obediente aos códigos morais, originou-se entre os hebreus); cristianismo ( judaísmo foi seu berço, fundada por Jesus Cristo, uma das religiões mais difundidas no mundo com várias ramificações: catolicismo romano, protestantismo); islamismo ( segunda maior religião do mundo, iniciou-se com o profeta Maomé, no séc. VII d.c); hinduísmo ( acredita na reencarnação, prega o sistema de castas, maior presença na Índia); budismo, ( acreditam não num ser superior mas em ideais éticos, vida disciplinada e focada na meditação, objetiva atingir o nirvana) ; confucionismo ( Confúcio não era líder religioso,mas um professor muito sábio, visa adequar a vida humana à harmonia da natureza), taoísmo ( Fundada por Lao-tzu, também professor tem como princípio base a meditação e a não violência).

Nosso país possui razoável variedade de crenças religiosas. Há algumas décadas podia-se dizer que era o país dos católicos, mas o crescimento do número de protestantes e pentecostais dividiu significativamente esse povo. Alguns estudiosos relatam que a miscigenação cultural brasileira propiciou a troca de religiões. É possível encontrar aqui indivíduos que seguem princípios católicos e estudam o espiritismo, além de procurarem benzedeiras (característico das regiões africanas). Os representantes das religiões pastores, padres, criticam esse comportamento porque sustentam a idéia da fidelidade a um único princípio. Entretanto a realidade brasileira se constitui dessa forma, especialmente na região do nordeste onde é costume haver a reunião de rituais afro descendentes com católicos como culto a Nossa Senhora dos Navegantes e a Iemanjá, festa do Nosso Senhor do Bonfim na qual se reza a missa e se faz a lavagem das escadas pelas mães-de-santo e filhas-de-santo.

Muitas são as ramificações em cada religião. O cristianismo se subdivide em igreja católica (Apostólica Romana, Apostólica Brasileira e Ortodoxa); igrejas evangélicas de missão (Batista, Adventista, Luterana, Presbiteriana, Metodista, Congregacional e outras); igrejas evangélicas de origem pentecostal (Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Universal do Reino de Deus, Evangelho Quadrangular, Deus é Amor, Maranata, Brasil para Cristo, Casa da Bênção, Nova Vida e outras) e outras religiões, também cristãs, são as Testemunhas de Jeová, Mórmons.

Num levantamento do Instituto Data Folha, na ocasião da visita do papa Bento XVI em 2007, apontou-se que há uma grande diversidade de religiões no Brasil, mas ainda com predomínio católico. Porém as estatísticas nem sempre revelam a verdade já que a diferença entre declarar ser e cumprir os mandamentos da religião citada é muito relativo.

Quanto aos nossos jovens, acredito que estejam buscando uma reconstrução das religiões e de seus templos com direcionamentos que adéquem aos seus gostos e preferências como o uso da música com ritmo de rock e Techno, aproximando a linguagem sagrada da compreensão da nova geração. Outra busca desses jovens é além de praticarem sua fé sentem a necessidade e o prazer de encontrar pessoas de sua idade e principalmente amigos. Essa idéia soma-se ao pensamento de Durkheim: a religião é uma forma de unir as pessoas.


Paula