quarta-feira, 24 de agosto de 2011

As marcas e Nós


As marcas e nós.
Já falei que tudo que move o ser humano deve leva-lo a Deus. Porém existem outras pequenas coisas que movem os seres humanos e essas pequenas coisas, numa grande maioria das vezes, tornam-se deuses em suas vidas, passam a direcionar os passos e as vontades dos seres humanos. As pessoas apresentam características particulares de acordo com as relações e estruturas sociais que as caracterizam.
A atividade diária e prática das pessoas levam-nas a construir e reproduzir coisas que sustentem a principio sua condição social e que perpetue sua tribo. Para alguns a vida é bem mais simples, como perguntava eu outro dia a um amigo qual era a comida que mais gostava e a resposta foi arroz com ovo. Existem então pessoas que se escravizam e as que não se escravizam às condições materiais.
As práticas cotidianas das pessoas modernas as fazem consumir e cada vez mais deixar-se levar e endeusar-se por marcas, transferindo assim seus valores para os objetos produzidos por eles mesmos. Ficam sob a ilusão de que esse comportamento é condição natural de viver e pertencer a uma sociedade moderna. A criação torna-se trabalho e o trabalho tem que ser vendido e assim uma pessoa torna-se propriedade da outra. Gerando dinheiro e compras pessoas tornam-se admiradoras e consumidoras passivas.
Há pessoas que não vivem sem as marcas, sendo essas condições de acesso à sua ascensão social e pessoal. As marcas estão impregnadas em nossas vidas, percebemos isso quando saímos para comprar uma “Gilete”, quando acaba a “Maizena”, quando precisamos tirar uma “Xerox”, quando o “Omo” acaba e outras marcas mais que historicamente já fazem parte de nosso cotidiano. Há também alguns comportamentos entre os jovens como, por exemplo, o processo de identificação com o "grupo" a qual pertence assim fidelidade à marca será um aspecto importantíssimo para aceitação do grupo: tênis, calça jeans, camisetas.
Visualmente também, reconhecemos milhares de logotipos que fazem parte de nossas vidas, pois estão no supermercado, nos outdoors, na TV e no nosso subconsciente. Quem já saiu com criança pequena para fazer compras sabe bem que, os pequenos, mesmo sem ler, reconhecem exatamente qual é cada produto, principalmente se for um doce e ainda repetem a seguinte frase: Mãe, “compre batom”!
As marcas entram no cotidiano e ficam, porque prometem ao consumidor felicidade, fama, amigos, prosperidade. O fabricante procura personalizar sua marca com resultados que deveriam ser adquiridos pelas pessoas através de suas buscas de seus merecimentos, então não encontrando esse caminho, ou, facilitando esse caminho, as marcas tornam-se mecanismos de acesso a eles.
Ives Saint Laurent, famoso estilista francês dizia que a melhor coisa para uma mulher era estar nos braços do homem que ela amava, para as que não tivessem essa felicidade elas tinham os vestidos de Ives Saint Laurent. A Brastemp tenta e consegue convencer o consumidor que ele pode até adquirir outro produto mais barato, mas não será “aquela Brastemp”. Oi, Claro e Vivo vendem sua acessibilidade trabalhando valores de família, de preservação de Planeta, portanto pertencer a uma dessas operadoras é estar com os valores delas adquiridos. Dizer por ai “amo muito tudo isso” passou a ser natural e constante.
A sociedade atual tem de tudo, mas nem tudo faz bem ao ser humano. É necessário distinguir o que serve para ajudar às pessoas na sua dignidade, no ser imagem e semelhança de Deus. No dizer dos provérbios: “Feliz o homem que encontrou a sabedoria..., mais feliz ainda é quem a retém” (Pr 3, 13-18). É como encontrar ouro, prata e objetos preciosos. A maior conquista da vida terrena é a pessoa humana, por isso a marca fundamental para cada pessoa humana adquirir deve ser a sabedoria. Enfim, a vida humana, é uma conquista diária, com lutas e enfrentamentos a todo instante. E não é fácil construir o bom no meio de tantas propostas oferecidas pela cultura do consumismo ao ser humano. A sabedoria deve ser encontrada e antes de tudo retida no coração de cada um como marca almejada, só assim você ira fazer da sua vida “essa Coca Cola toda”.
Paula





quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Professor Gestor


Professor Gestor

Fazer a diferença sempre foi meu objetivo durante minha caminhada profissional, ensinar valores, preparar alunos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, desenvolver neles a capacidade de comunicação, favorecer um diálogo entre fontes diversas, esses foram alguns dos muitos procedimentos que considerei essenciais para se começar um relacionamento com perspectivas de aprendizagem significativa, por isso o assunto de hoje é o professor gestor, assunto do livro que lançarei no mês setembro na Feira de Profissões.,
Cabe ao professor capacitar-se, assumir uma postura científica aprofundando-se em teorias que fundamentem sua epistemologia. Cabe ao professor reconhecer sua escola como uma empresa constituída de um elenco inter relacionado de processos com destaque para o processo de ensino e o processo de aprendizagem e a sala de aula como uma subempresa da qual o professor é o gerente.
Numa empresa verificamos três pontos importantes: o cliente, o produto e o serviço. Na escola não é diferente onde o cliente é o aluno, os quais entram com suas histórias de vida e diferentes capacidades, sendo ele o cliente preferencial da subempresa sala de aula. O produto consideraremos a aprendizagem, que também deve sair com valores, habilidades e conhecimentos diferenciados, como produto esperado da subempresa sala de aula. Finalmente o serviço, que entendemos como o ensino do professor, a atividade docente que ele desenvolve como serviço prestado à subempresa sala de aula. Assim temos a escola como uma empresa e a sala aula uma subempresa onde o professor é seu gestor, o líder.
Suas principais ações para trabalhar com os alunos devem ser prioritariamente seu planejamento, seus valores (respeito, compreensão, cooperação), critérios de avaliação, orientação para o aluno para tomadas de decisão, atualização, comunicabilidade e principalmente ser gerador de novas idéias.
Nos séculos passados o modelo de administração de nossas escolas estava pautado num sistema autoritário que apresentava uma pirâmide hierárquica de poder permitindo-se fazer uma distinção nítida entre os que mandavam e os que obedeciam. A montagem dessa pirâmide foi copiada das empresas privadas que por sua vez copiaram das organizações militares. Hoje temos consciência que a escola é um espaço privilegiado da aprendizagem é uma grande empresa que trabalha comprometida com valores e princípios, que tem consciência da importância estratégica de um serviço orientado para atender seu cliente. É aquela que envolve, compromete e qualifica seu colaborador para que esse possa assumir responsabilidades e demonstrar iniciativas dentro dela.
Assim como empresas de diferentes segmentos identificam como principais focos pessoas, processos e informações, também a escola deve identificá-los e trabalha-los em sala de aula, pois o professor deve estar atento às necessidades de seus alunos, a que ferramentas lhe são úteis e como a relação com o que é atual pode enriquecer seu planejamento. A empresa escola deve sempre estar atenta às necessidades reais de seus clientes, pois a educação só é útil quando agrega, adiciona valores à qualidade de vida dos estudantes. A aula deve estar sempre, dentro do contexto mundo real e para facilitar estratégias de aprendizagem significativa deverá optar pela novidade, pela tecnologia e pesquisa. O mais importante é desenvolver nos estudantes, assim como as empresas, de um modo geral, em seus funcionários, a capacidade de aprender a partir de sua própria experiência e sistematizar, acumular e restaurar o conhecimento que seja relevante e a desaprender o que é obsoleto e irrelevante.
O professor é um líder, um gestor, que possui bem desenvolvido em seu perfil o conhecimento, a personalidade e o poder de persuasão, transformando esses três itens em ação a favor da organização e das pessoas relacionadas direta e indiretamente a essa organização. O professor deve pensar em trabalhar com seus alunos, assim como uma empresa com seus funcionários, objetivando, sempre fazê-los fortes, poderosos e capazes.
A Globalização criou novos espaços para o conhecimento, agora nossa sala de aula é também o Planeta, nosso endereço é o Planeta, mas a Globalização gerou também incertezas e o professor gestor, mais do que qualquer outro profissional tem que estar preparado para lidar com essas incertezas, tem que ampliar sua visão de mundo, tem que ser menos saudosista, parar de achar que perfeito era seu tempo de escola. Menos sermão, mais ação e prática; o professor gestor deve ser mais reflexivo, olhar a educação sob outro prisma que não seja apenas o do lamento, modificar o seu cotidiano transformando os pontos estagnados com ações inovadoras.

Paula

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pai Heroi

Pai Herói.

O artigo de hoje é em homenagem aos pais maravilhosos que existem e deixam nas vidas de seus filhos, suas marcas.
Hoje a mulher sai para trabalhar e se especializar e os pais assumem a “maternidade”. Isso são sinais que a nossa sociedade está mudando, revendo seus valores e os pais envolvendo-se o máximo possível na dinâmica do cuidado, desmistificando a idéia de que pai não sabe cuidar, não faz direito como mãe. Vamos acompanhar nesse artigo a declaração de um filho para seu pai.
“Certa noite eu estava dormindo num berço, bem sossegado e ele estava ali, ao lado quietinho, olhando para mim e para as coisas do meu quarto, me admirando sem entender muito o que estava sentindo. Eu ainda não tinha aprendido a andar ou falar, mas sabia que era muito amado por ele, pois sempre me enchia de beijos e abraços, dava-me mordidinhas e me cheirava. Para mim isso deveria ser amor, pelo menos, parte dele.
Fui crescendo, ele sempre por perto. Alfabetizei-me, para ele parecia um milagre, uma magia deslumbrante. Devagarzinho fui escrevendo meu nome e o dele e ele descobrindo que ser pai era ser criança novamente, aprendendo e vivendo coisas novas sempre, pois é assim que se cresce.
Pensando bem... Ser pai não é nada fácil, pois o bom pai tem muitas responsabilidades, como trabalhar fora, manter as necessidades de muitas vidas, essas coisas de adulto, que vocês sabem como é. Mas o meu pai, além dessas coisas, separa tempo para estar comigo, ajuda nas lições de casa, me leva para passear. Sempre que preciso conversa comigo, conta suas experiências de quando era criança, ensina como enfrentar a vida me fala sobre Deus o nosso Salvador.
Que bom que meu pai é assim! Está presente todos os momentos, apesar dos problemas que enfrenta. Mas ele é forte e sempre repete “tudo posso Naquele que me fortalece”!
Ser pai é um grande desafio! Ser pai é ser herói!!! Na verdade pai, você nem compete com os heróis do cinema, aqueles que têm super poderes. Você demonstra amor, compaixão, tem caráter consciente, é integro e como resultado disso, você verá, seguirei seu modelo de Pai Herói.”
Talvez ao ler esse artigo, caro leitor, você pense que não é mesmo fácil ser um pai e muito menos um herói, mas o importante é que você, pai, descubra que todo seu cuidado vai preparar o caminho do seu filho e que ele precisa ouvir e sentir o seu afeto todos os dias. Dê a ele sempre muitos abraços, beijos e nunca se esqueça de dizer que o ama. Assim você estará dando a ele confiança necessária para que estabeleça relacionamentos saudáveis por toda sua vida.
Uma das definições de herói no dicionário Aurélio é “notado por suas obras de coragem, ou nobreza de propósito, o herói arrisca e sacrifica a sua vida”, isso mesmo, muitas das vezes esse pai tem que abdicar de vontades, de propostas de vida para não perder um jogo de bola, um campeonato de game ou simplesmente o prazer de andar de mãos dadas com seu pequeno.
O tempo passa e um dia o garoto cresce, ultrapassa o pai em altura. Feliz por ter estado presente sempre, o pai verá o êxito do filho amado na figura do homem que se tornará.
Feliz dia dos pais a todos os pais e principalmente àqueles que literalmente assumem a maternidade.

Paula



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

TV Pega Bobo

TV Pega Bobo

Olá pessoal! Retorno das merecidas férias. Pois é a TV Pega Bobo atacou novamente e dessa vez em dose dupla... Já falei que não gosto das programações das TVs, porém alguns programas ainda valem a pena assistir ou pelo menos valiam. O que acontece é que cada programa por mais bem elaborado que seja está prezo ao pensamento da emissora, aos seus objetivos e valores, sendo assim fica difícil separar o “joio do trigo”.
Semana passada a Grande Família foi invadida por um casamento gay, nada contra esse segmento social, porém o complicado é a maneira como a emissora coloca os fatos para os telespectadores que acabam confundindo o que é real com o que é fantasia, pois nada é discutido ou esclarecido ao telespectador, simplesmente as ideias e mudanças são colocadas “goela abaixo” como regra já estabelecida, comportamentos aprovados por todos e ponto final. Na novela Morde e Assopra o suposto beijo do padre foi com certeza muito esperado pelos telespectadores, e até pelos que se dizem “católicos”, por acreditarem que o amor é lindo. Só não aconteceu porque a emissora deve ter tido um mínimo de consciência do ato imperdoável que cometeria e ou talvez das consequências que recairiam sobre ela, o que já não aconteceu com outra emissora, em episódio histórico, na semana passada. O que piora a situação é que a personagem sente-se culpada, entra em oração e no outro dia fala para o padre que não pecaram porque o amor está acima de tudo e Deus é amor.
Caro leitor, acima de tudo está Deus, ele é o amor, e a ele devemos servir compreender e seguir sua Palavra. Como já disse em artigo anterior ser padre é estar em amor eterno com Deus independente da faixa etária, o amor para eles são seus fiéis, sua caminhada, sua vida dedicada a Deus e isso é muito bem trabalhado durante o período que passam no seminário. Assisti a ordenação do Padre Rafael, no mês retrasado, aqui em Presidente Prudente. Que coisa linda, pura! Confesso que fiquei com inveja de sua mãe, pois a felicidade dela devia ser a mais radiante desse mundo: entregar a vida de seu filho a Deus, com certeza ela estará feliz para sempre.
O que quero deixar claro é que a Instituição Igreja de Cristo não prega essas coisas, não compactua com esses valores do mundo. O que não impede que os homens que nela habitam desviem Seus caminhos. Na colocação que a TV faz dos assuntos fica na cabeça do telespectador que os valores da Igreja são os mesmos do mundo, até porque nem todos são católicos ou católicos praticantes, conhecedores fiéis da Palavra e dos valores de Deus. E é assim que o mal vai entrando em nossas vidas, achando brechas para ser justificado e validado.
E por falar nisso, caro leitor, como andam seus valores? E suas escolhas? Ao não reconhecermos os valores natos em nós acabamos por optar muitas vezes por aquilo que é errado, não necessário para nossas vidas deixando de lado aquilo que é importante.
Nós seres humanos vivemos induzidos pela mente, identificando o que “achamos” bom ou não, mas, muitas vezes este comportamento é apenas um vício, uma forma maligna de conduzirmos nossas vidas, nos levando a falta de percepção de onde estamos errando e de onde estamos nos acomodamos às situações. Em desacreditarmos dos nossos valores, perdemos o poder da decisão dentro da vida, aqueles que por vezes levaria ao desenvolvimento e progresso real dos desejos verdadeiros.
Acredite você é a única pessoa que pode decidir escolhendo valorizar a si mesmo diante de suas habilidades desenvolvidas, preenchendo seu interior de fé, motivação, criatividade, capacidade, entusiasmo. Mas como sempre tudo isso só depende de você, de você dizer sim ou não para Ele.
Paula