quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vídeo Game Vilão ou Mocinho?

Muito comum pais e educadores criticarem o uso de vídeo games pelas crianças e adolescentes seja pelo conteúdo de violência, por afastar o jovem do ambiente social ou pelo aumento significativo de crianças obesas. Esses jovens terão consequências nos aspectos físicos emocionais, cognitivos e sociais já que estão em constantes mudanças nos aspectos fisiológicos e neuronais. Como já foi comentado em artigo anterior, hoje nossos jovens dispõem de todo aparato tecnológico no seu próprio quarto, o que propicia todo um contexto de “conforto” oferecido por pais que pretendem salvaguardar seus filhos de situações diversas existentes em nossa sociedade atual. Assim é importante lembrar que todo comportamento adquirido por jovens vem da educação dada pelos pais. Também é frequente lermos sobre a sedentarização de adultos que ficam horas sentados na frente da TV, sem atividade física, e hábitos alimentares impróprios. Esta inatividade e esses hábitos alimentares, com certeza, influenciam no comportamento dos filhos. É mais fácil telefonar para uma pizzaria do que ir até lá a pé, o aumento de opções que as tecnologias estão oferecendo para minimizar o gasto energético e tempo, está influenciando diretamente no comportamento dos adultos e jovens. Cada vez mais jovens vão valorizando o seu dia a dia como o de um adulto, por isso é fundamental a conscientização do adulto sobre seus hábitos. E o vídeo game, pode ser um aliado ou um vilão na formação de nossos jovens? O jogo é necessário para aguçar o nosso desenvolvimento intelectual e para que assimilemos melhor o contexto em que vivemos. Entendemos também que o ensino que utiliza os diferentes meios lúdicos cria um ambiente mais atraente e estimulante para o desenvolvimento do jovem. Para Piaget os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança. Na concepção de Vygotsky, o lúdico influencia imensamente o desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende a agir, a despertar sua curiosidade, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. O vídeo game pode ser um aliado para melhorar a concentração, para estratégias de aprendizagem, no controle da ansiedade, entre outras habilidades cognitivas e emocionais. Tudo dependerá de como o videogame é utilizado pelo usuário. Uma das revistas científicas mais conceituadas, a Nature mostrou que os novatos no videogame melhoram na atenção visual depois de 10 dias de treino, também melhorando a capacidade de orientação espacial e resolução temporal (Green & Bavelier, 2003). Importante então é considerar os objetivos indiretos que o jogo pode favorecer ao jovem, como: memória (visual, auditiva, sinestésica); orientação temporal e espacial (em duas e três dimensões); coordenação motora viso manual (ampla e fina); percepção auditiva, percepção visual (tamanho, cor, detalhes, forma, posição, lateralidade, complementação), raciocínio lógico-matemático, expressão lingüística (oral e escrita), planejamento e organização. E isso é imprescindível que o educador tenha conhecimento sobre todos esses objetivos, pois dessa forma facilita ainda mais a interação aluno professor e torna o processo de ensino e aprendizagem mais eficiente. E, para uma utilização eficiente e completa de um jogo educativo é necessário realizar previamente uma avaliação consciente do mesmo, analisando tanto aspectos de qualidade de software como aspectos pedagógicos e fundamentalmente a situação anterior e posterior ao jogo que se deseja atingir. Podemos perceber que levar um jogo digital ou eletrônico para o ambiente escolar é um instrumento que consequentemente propiciará uma forma de aprendizagem diferenciada e muito mais afetiva. Aos pais fica a certeza de que deverão respeitar cada fase do desenvolvimento de seu filho, tornar-se flexível para acompanhar seu nível de amadurecimento, nunca deixar de impor regras e principalmente ser espelho de atitudes e comportamentos para seus filhos. Sendo assim poderão cumprir sua função educativa. Paula

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Paz, Guerra, Movimentos da Vida... Amor

Estar bem conosco, em serena solidão, dialogar com os sentimentos que vivem dentro de nós, tudo isso representa o primeiro passo para realizarmos uma relação autêntica com os outros. Escolher entre o inferno e a razão é um desafio que indica questões como: Quem somos? Quem nos atrevemos a ser? Qual coragem comanda nosso discurso e nossas ações? Provavelmente nunca estaremos completamente livres das nossas hostilidades, mas, aos poucos, podemos tomar consciência da hospitalidade que recebemos dos outros e sentirmos gratidão pelos momentos em que nós conseguimos e tornarmo-nos mais sensíveis aos nossos movimentos interiores. Dentro de nós podemos levar movimentos de paz, guerra, amor, paixão, tolerância. Talvez a tolerância seja o movimento mais complexo e mais nobre, porque é um exercício de alma. Para pensarmos na questão da tolerância precisamos pensar antes nas atitudes de respeito às pessoas, aos sentimentos e às diferenças. Questões assim auxiliam a pensar e reafirmar o humanismo preservado na cultura dos povos, na perspectiva de uma filosofia de paz, que conduz a repensar conceitos de guerra, de conflitos e de tolerância. Momentos únicos de reflexão individual devem considerar todo o movimento da vida. A vida é um movimento que interage de forma consciente quando nos contagiamos pela alegria, pela fé, quando aproveitamos a mudança das estações, quando brincamos no parque com nossos filhos, quando agregamos pessoas às nossas vidas quando nos encontramos com Deus. Pode fazer-se tudo se se tiver coragem, se se tiver desejo, se se acreditar no sucesso e se tivermos o movimento da vida em nós. Estarmos bem com nós mesmos é um tipo de relação que requer um verdadeiro e profundo compromisso ético e humano, uma reflexão imensa, uma busca de fé um exercício de amor. Cada queda no caminho de nossas vidas torna-se lição valiosa para nosso aprendizado e crescimento. A partir daí, passamos a entender que nada é por acaso e que tudo na vida tem um sentido. Entende-se então que a vida não é só o espaço de uma existência, mas sim, de várias, e que nossas experiências se acumulam em prol de nossa perfeição. Estaremos sendo lapidados na medida em que deixarmos nossas angústias, fraquezas e apegos para traz. Nesse momento os “Movimentos da Vida... Amor” tomam a cena eliminando a solidão a angústia que existe dentro de nós devolvendo a alegria, a paz e todos os sentimentos que elevam a alma. Paula

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Rio +20

Rio +20 Ecologia, Verde, Cuidados com a Terra, Sustentabilidade, todas essas palavras estão em alta no momento. É a hora de fazer a mudança real e analisar muito bem tudo que será discutido, acordado, pois o sistema capitalista quer se manter sustentável, agredir menos o Planeta, mas quer também extrair o máximo da terra e ainda precisa deixar de focar no PIB para manter o bem estar de todos. Será que tudo isso vai ser possível? A Conferência está marcada para esse mês de junho, no Rio de Janeiro, que tem o objetivo de discutir sobre o meio ambiente, a economia verde, erradicação da pobreza e governança internacional para o desenvolvimento sustentável. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 é um processo intergovernamental dirigido pelos Estados-Membros das Nações Unidas com a participação plena do Sistema ONU. O objetivo da Conferência é assegurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável. Outra questão imensamente importante que será abordada no Rio+20 é a educação sustentável. O Objetivo é levar o tema meio ambiente para as escolas com uma abordagem simples e direta, levando as crianças para mais próximo da Natureza com uma educação bastante ambiental desde a infância. Precisamos realmente de uma transformação das macro-economias, pois o sistema capitalista é o principal responsável pela crise ecológica. A crise ecológica não se resolve cobrando dos cidadãos comportamentos mais ecológicos, é claro que cabe a todos agir de forma a reduzir a poluição, por exemplo, preferindo os transportes coletivos a carros individuais, substituindo as sacolinhas de plástico por sacolas de material biodegradável. Os cidadãos precisam colocar em cheque o sistema capitalista, pois, abraçar essa causa , pode ser uma das várias roupagens que o capitalismo se veste para se adaptar a nova demanda e manter o status quo. Desde a Rio-92 muito pouco foi feito pelos governantes e iniciativa privada, não foram capazes de conter a crise ecológica, não só por motivos como corrupção, má-vontade, entre outros, mas por falha do próprio sistema que é incompatível com as radicais e urgentes transformações necessárias. Com tomada de decisão em todos os níveis da sociedade, o desenvolvimento sustentável é uma somatória dos objetivos sociais, econômicos e ambientais de responsabilidade pública e privada. Vamos torcer para que os resultados sejam os mais positivos e acreditar que a educação Planetária, que Edgar Morin, defende chegue às escolas, em toda sua extensão, para que possamos construir uma sociedade justa, ética e preparada para as incertezas. Paula