quarta-feira, 27 de abril de 2011

Reunião escolar, você foi?

Todos sabem da importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos, portanto o diálogo entre a família e a escola, tende a colaborar para um equilíbrio no desempenho escolar da criança.
A compreensão da relação família-escola a partir de aspectos psicológicos, segundo alguns autores, influencia na educação escolar dos filhos, ou seja, os filhos vivem reflexos negativos e positivos do contexto familiar, internaliza-os conforme o modelo recebido, e esses modelos parecem possuir um peso considerável no contexto escolar.
Fatores como o comportamento dos alunos em sala de aula e os problemas de adaptação constatam que há uma interdependência dos pais na adaptação dos filhos à escola e não é possível analisar a criança com adaptação ineficaz fora do contexto familiar dando-se ênfase ao distanciamento entre pais e filhos como fator de dificuldade no desempenho e na adaptação.
Fatores sociais também são atribuídos à relação família-escola quanto ao desempenho escolar, primeiro no que se refere à classe social dos pais indicando que a existência de um grande número de pais analfabetos, dificulta a ajuda aos seus filhos na tarefa de casa. Assim tem-se como um indicador de sucesso a presença efetiva dos pais na vida escolar dos filhos e principalmente nas reuniões indicando participação no processo de aprendizagem. Professores anseiam pelas reuniões para relatarem as dificuldades do aluno, não raro sendo as vezes que o não comparecimento de pais de alunos com dificuldades é significativamente expressivo.
Sígolo e Lollato (2001) enfocam as aproximações entre a escola e a família, revelando que a mãe, com maior frequência, é quem acompanha as atividades escolares dos filhos, portanto a escola que orienta pais sobre as atividades e obrigações escolares dos filhos garante um compromisso maior com o sucesso escolar e a reunião é justamente o momento de essa orientação acontecer.
A maioria dos alunos com sucesso escolar teve uma trajetória de bom rendimento desde o início de sua vida escolar, com apóio dos pais e de certa forma, o sucesso escolar inicial constitui um sentido positivo na realização das práticas escolares e determinam uma base importante para a continuidade da vida escolar.
Quando o aluno tem insucesso na vida escolar a história é marcada de modo geral por situações insatisfatórias, principalmente a ausência dos pais nesse processo. A criança inicia o percurso da vida escolar apresentando dificuldades no rendimento, as queixas dos professores vão desde problemas com a adaptação escolar até o fato do aluno não conseguir aprender. Muitos podem ser os fatores desde psicológicos e sociais, já mencionado no inicio do texto, como distúrbios de aprendizagem. Reside ai uma importante participação da família na escola, principalmente na reunião de pais, momento propício para obter todas as informações do desenvolvimento pedagógico do aluno.
Acreditando-se na idéia de que a ausência dos pais nas reuniões legitima o desinteresse pela vida escolar dos filhos é fundamental que pais, alunos e professores, gestores escolares tenham uma boa compreensão de que cada identidade ocupa um lugar que tem representações, símbolos e significados próprios e de que a consciência e o respeito em relação ao lugar de cada um são de grande importância para que todos se comprometam e se tornem capazes de realizar a parte do trabalho que lhes cabe.


Paula

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Entendendo suas escolhas

Entendendo as Nossas Escolhas

A vida é uma série de escolhas ininterruptas, escolhas que na maioria das vezes determinam nosso futuro.
Você já passou por situações nas quais você tinha certeza que determinada pessoa ou coisa traria o equilíbrio que estava te faltando? Pois é, meu amigo, você se equivocou. O equilíbrio que você tanto procura não está em outra coisa ou pessoa seja ela quem for. Esse equilíbrio você encontra em Deus, somente Nele.
Caso meu leitor estranhe que tenho falado muito em Deus ultimamente é que tomei como intenção falar mais de Seu nome nessa época de quaresma e justamente nesse momento de reflexão minha sobre vida e ressurreição de Cristo aconteceu o episódio do atentado à escola no Rio de Janeiro.
Essa tragédia atingiu-me como atingiu a todos, ficamos atônitos pensando por quê? Por que precisamos passar por isso? Qual destino leva crianças a serem aleatoriamente vitimadas por um acontecimento como esse?
Nossa sociedade encontra-se doente, não cuidamos devidamente de nossas necessidades espirituais, nossos governantes não cuidam devidamente de nossas necessidades materiais (trabalho, saúde, educação, habitação) e ainda por cima em nome do desenvolvimento da nação e do mundo abortamos os projetos da mãe natureza. A campanha da Fraternidade, esse ano, levanta a bandeira de se ter um plano mundial e nacional porque a própria vida do planeta aparece ameaçada, e os projetos aprovados pelos estados para salvar a mãe Terra ainda não são eficientes.
Esse é o cenário que nos encontramos, estamos deixando “Welingtons” transitarem por nossas vidas sem nos darmos conta de quem precisa de atenção, de ajuda, de orientação. Muitos não sabem respeitar os direitos do outro. Quem nos ensina isso? Quem nos tem dado exemplos disso? Aonde buscamos a fonte para matar a sede, onde renasce o desejo do amor ao próximo?
O seu grito foi de amor: “amai-vos uns aos outros”, expulsando para longe o desejo do poder como norma de vida.
Aproveitemos esse momento de reflexão para entendermos que o equilíbrio que buscamos está em Deus, que não está em nós ou no outro, ou em outras coisas e não são poucas as pessoas que vivem em função de si mesmas e suas escolhas refletem diretamente em seus filhos em seu próximo. É verdade que ninguém pode dar aquilo que não tem, mas você pode procurar o melhor caminho, deve buscar o reino de Deus e a justiça (Mateus 6:33). Faça sua escolha, encontre Nele seu equilíbrio e poderá passar isso para seu filho, esposa, namorada, familiar e ao seu próximo.
A mensagem de esperança da Páscoa é que “apesar de todos esses problemas, o Espírito que deu a Jesus de Nazaré uma vida nova inspira e impulsiona muitas pessoas a mudarem a realidade deste mundo e ressuscitarem da opressão e dos mistérios da morte do mundo todo”. Isso tudo não é mágica, é um processo que se realiza através da ação do compromisso ético de todos os que acreditam no futuro da humanidade e no amor de Deus que inunda nosso universo.
Crê nele, conclui tua Páscoa.


Paula

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vaso de Honra (Je 18-1:6)

Vivemos num mundo onde o que mais importa é ter. Em nossa geração cada vez mais comum a idéia que temos o direito de fazer o que nos agrada e isso não é da conta de ninguém.
Aquele que tem essa atitude para com os outros sem dúvida terá essa atitude também para com Deus. (Rm 9,19-21)
Há algum tempo atrás pensava eu ter uma impressão bem clara do que Deus queria fazer comigo. Hoje, percebo que estava longe disso, e a culpa é toda minha, pois, Deus não foi capaz de fazer de mim o que eu poderia ter sido, porque resisti ao seu poder e permiti que outras influências me moldassem em algo menos valioso. Pior ainda é quando Ele fala ao nosso coração e arrumamos mil desculpas para não atendê-lo, não ouvi-lo. Aquele que anda com Deus obedece, não questiona, simplesmente faz o que Ele pede.
Que o homem nada mais é do que o barro ninguém pode negar (não é?). Que há somente um oleiro que tem o domínio da verdadeira técnica para se fazer um vaso, mas não um vaso qualquer, e sim um vaso resistente que suporte os revezes da vida, ninguém pode negar também.
A profissão de oleiro é muito antiga e nela ainda nada mudou em nossos tempos. A matéria prima continua sendo o barro, a mesa e o torno, usados para conseguir a forma oca e ideal para os vasos. Na cidade de Susã, região do Oriente Médio a cerca de 4500 anos a.C. já se usava o torno, e depois o torno passou a ser usado também na Mesopotâmia.
Talvez você não saiba, mas existem cerca de duzentos tipos de barro na natureza. Alguns mais resistentes e outros menos, alguns mais claros e outros mais escuros alguns com mais liga e outros sem ou com menos liga, e sendo assim o verdadeiro oleiro deve ir a te o local onde se encontra o barro.
Somos todos vasos de Deus vasos de honra ou desonra. Saulo de Tarso era um vaso estragado enquanto resistia ao poder da palavra de Deus e "dava coices contra o aguilhão", mas quando ele perguntou trêmulo: "Senhor, o que queres que eu faça?" Deus o transformou num vaso de honra. Mas para que se nasça um verdadeiro vaso novo há de se levar em considerações os passos tomados pelo oleiro.
Após separar o barro da lama ele deverá passar por alguns processos indispensáveis para se fazer um lindo vaso. O primeiro processo é o amassamento do barro, pois ele traz impurezas do lodo, depois é colocado na roda ou torno e começa a girar a roda e com suas mãos vai apertando e moldando, dando forma. Assim acontece em nossas vidas quando Ele nos toca, é um processo dolorido, no começo ficamos confusos, algumas dúvidas começam a surgir, mas nada é fácil. As coisas vão acontecendo de dentro para fora, Ele vai apertando, apertando e as deformidades vão indo embora. Ás vezes quando achamos que está pronto o Oleiro nos lembra do último processo, o fogo.
O fogo tira o mau cheiro e fecha o processo de purificação. Esse fogo todos temos que ter em nossas vidas, é o fogo do Espírito Santo. Depois de deixar o vaso pelo tempo certo dentro da fornalha, o oleiro volta e retira o vaso dela e vê que agora ele está resistente e já não tem mais o mau cheiro do lodo e muito menos possui impurezas.
Agora é sua vez, Ele faz um vaso de cada vez, Ele trabalha um por um é um trabalho pessoal com atenção especial. Ele trabalha construtivamente, fazendo algo lindo que vale a pena fazer. Trabalha inteligentemente faz do seu barro algo que Ele já planeja há muito tempo, aquilo que você não consegue alcançar porque ele é o arquiteto.
É um trabalho de paciência, não é muito rápido porque é tudo muito delicado. É sua vez agora, aproveita, deixa arder em sua vida o fogo do Espírito Santo. Se o vaso não é de honra, o Mestre reúne as peças, cada uma delas, faz novamente a bola de barro e coloca na roda, e com o tempo e trabalho sairá um vaso mais bonito que o primeiro.
Você escolhe. Sempre é você quem escolhe...

Paula

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Justo Confia em Deus (SI 91)

Firme, forte, de pé, com esperança que o próximo tratamento sempre fosse mais uma etapa de desafios. Onde o Vice-Presidente, José de Alencar (um dos empresários mais bem sucedidos do Brasil no segmento têxtil) conseguia buscar tanta força para perseverar? Segundo ele mesmo em Deus, no reconhecer como é bom estar vivo, aqui e agora compartilhando com todas as pessoas cada segundo.
Poderíamos então sugerir a reflexão sobre o salmo 23. Que maravilha refletir esse salmo quando desmotivação, angústias das dificuldades da vida pessoal e profissional e momentos difíceis enredam nossas vidas.
José de Alencar foi um homem muito feliz, feliz porque venceu na vida, feliz porque encontrou pessoas abençoadas em seu caminho, feliz porque constituiu uma família de verdade, feliz porque conheceu e praticou a palavra de Deus, transformou-se num homem reto, digno, ético.
José de Alencar começou sua vida profissional aos 14 anos de idade, quando deixou a casa dos pais para trabalhar de balconista numa loja de armarinhos da cidade de Muriaé. Ganhava 600 cruzeiros por mês e em 1967, fundou em Montes Claros a Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas), que iria se tornar um dos maiores grupos industriais têxteis do país.
Sua participação na política começou em 1994, quando se candidatou ao governo de Minas. Em 1998 foi novamente candidato, desta vez ao Senado, elegendo-se com quase três milhões de votos. Em 2002, compôs a chapa vitoriosa do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que foi repetida nas eleições de 2006.
Jose de Alencar aparece no cenário brasileiro numa hora em que o contexto social e principalmente o político está carente de exemplos. Ter atitudes que orientem bons exemplos é o que falta no nosso Brasil atual, faltam bons exemplos na política, na televisão (muita porcaria), na família, na fé.
Percebi que Alencar ficou conhecido por pessoas de todas as idades, principalmente pelos pequenos e não foi pela quantidade de vezes que a TV informou seu estado de saúde. Foi pela história de vida que ele construiu. Um homem, acima de tudo temente a Deus (Eclo 14: 2).
Ficaram como exemplo de suas atitudes o valorizar as oportunidades maiores e menores que a vida nos oferece, ter fé, garra, força e não se abater por nenhum tipo de doença ou desafios que a vida nos oferece. Seguir em frente e cumprir a missão de forma alegre, obstinada e valentemente. Ser uma referência, ir além do padrão, e construir uma fabulosa carreira e história profissional.
Sobre suas próprias palavras: “Não tenho medo da morte, porque não sei o que é a morte. A gente não sabe se a morte é melhor ou pior. Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho”. “Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele.”
Diante delas não temos dúvida de que ele conhecia a Palavra, acreditava em Deus (Is 43:2-3), passou por nós e voltou ao Pai, lá esta novamente (Hb 12: 14).
Precisamos conhecer os caminhos da fé para que desenvolvamos hábitos pessoais de estarmos prontos para as fatalidades dos fatos inevitáveis e inesperados que a vida nos reserva em algum lugar do futuro.
Descanse em paz nosso querido vice-presidente! E quem foi que disse que vice não serve para nada?


Paula Carneiro-