quinta-feira, 30 de setembro de 2010

È de jovens talentos.....

É de jovens talentos que o Brasil precisa!


Há tempos atrás o maior desafio de nosso país era o fim da inflação. Vencemos e logo em seguida precisamos reencontrar meios para o crescimento econômico e resgatar a dívida social.
Hoje o Brasil está crescendo e desejamos que seja a longo prazo, precisamos atentar, agora, para as deficiências estruturais que ocasionaram o apagão em 2001 e o apagão aéreo em 2007. Mas nenhum problema é mais premente que a falta da mão de obra.
Tomemos por exemplo a Petrobrás, maior empresa do país, não falta matéria prima nem investimentos, faltam “jovens talentos”, afirma José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa.
Os números do Ministério da Educação explicam essa dificuldade. Cerca de 35 milhões de crianças e adolescentes passaram pelo ensino fundamental na última década. Entre os que cursam o ensino médio, o número cai para nove milhões. Os 25 milhões que ficaram para trás são, muitas vezes, analfabetos funcionais. Num mundo informatizado, mecanizado em que tarefas simples são feitas por máquinas.
A educação deve ser máxima em todos os seus níveis, porém muitas das dificuldades como já foi dito, estão ligadas ao nível fundamental que são ler, escrever e as quatro operações. O ensino fundamental é uma etapa de preparação importantíssima, para chegar-se, finalmente, ao Ensino Superior.
No Ensino superior nasce um dos mais importantes indicadores do quanto nosso país está preparado para o futuro, pois ele é o responsável pelo aparecimento de pesquisadores. As Instituições devem suscitar em seus estudantes valores sociais, o interesse pela pesquisa, o senso critico, o senso reflexivo, que os leve a pensar de maneira contextualizada e abrangente para que possam agir na sociedade que estão inseridos, transformando-a para melhor e auxiliando na resolução de problemas e no desenvolvimento da nação. Tudo isso já é assegurado pelo artigo de nº 43 da L.D.B (Lei de Diretrizes e Bases).
Ter um ensino fundamental efetivamente de formação solida para que os alunos sejam inseridos, mais tarde, no Ensino Superior como sujeitos do processo ensino aprendizagem amparado pela integração ensino, pesquisa e novos ambientes de aprendizagem, é imprescindível para que o Brasil alcance o patamar dos países desenvolvidos
Por isso, a educação é nosso maior desafio, é ela que vai definir nos próximos anos o sucesso do país, porém o caminho é árduo e demorado, já que um ser humano leva em média 25 anos para se formar. O que fazer então? Não podemos esperar pelos profissionais de 2033.
A solução é treinar já os jovens com formação deficiente que chegam ao mercado de trabalho e adequar a formação profissional às necessidades da sociedade.
O conhecimento será a ponte para construirmos um país mais desenvolvido e com qualidade profissional.
Paula

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Jovens

Os jovens são livres ou determinados?
Nem sempre agimos conforme nossas vontades. Não podemos voar, correr na velocidade do som, porque temos limitações. Essas são limitações naturais, mas existem outras criadas pela sociedade. O filosofo francês Hippolyte Taine (1828-1893) chamava a atenção, já no século XIX, para o fato de sermos herdeiros diretos de uma raça, de um meio físico e cultural e do tempo histórico.
As leis culturais existem e devemos conviver com elas através da inteligência, da criatividade. O ser humano aproveitou desafios e determinismos das leis naturais para criar maneiras de viver e desenvolveu objetos que aumentaram seu poder de ação como automóvel, avião, máquina.
Isso faz o ser humano sentir-se mais auto determinado, com segurança, sentir-se livre por ser capaz de pensar e decidir por si mesmo dentro de uma sociedade. Com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a palavra liberdade deixou de significar apenas cumprimento de leis e ganhou status de direito do cidadão.
O cidadão deve exercer todas as suas capacidades inclusive a de escolher entre diferentes opções possíveis para resolver um problema. Nesse sentido é importante chamar a atenção para o processo ensino aprendizagem, responsável direto pelo desenvolvimento da capacidade de escolher, de estimular a criatividade, de possibilitar um pensar que propicie uma vida digna ao cidadão.
Jacques Delors (1988) coordenador do “Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o séc.XXI”, no livro Educação: um tesouro a descobrir, aponta como principal conseqüência da sociedade do conhecimento, a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida e fundada em quatro pilares, pilares da formação continuada e do conhecimento.
Nossos jovens devem ser capazes de aprender a conhecer, aprender a fazer aprender a viver juntos, aprender a ser, aprender, aprender, aprender.
Ensinar a escolher constitui uma tarefa importante da educação, norteada por professores conscientes de que seus métodos estão realmente fundamentados em uma proposta cognitiva para uma educação direcionada ao aprender.
Sem dúvida, a educação é uma âncora para a construção da identidade de nossos jovens.
Paula

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Preconceito e Discriminação...

Preconceito e discriminação.
Trato aqui de uma prévia noção do que se estabelece sobre determinadas situações ou indivíduos de concepções antecipadas que condizem com o etnocentrismo de cada grupo social. Normalmente não o percebemos em nós mesmos, em relação a alguma coisa. Já com relação à discriminação é bastante expressiva e revela a rejeição de algo ou alguém.
Tanto no preconceito quanto na discriminação se identificam comportamentos racistas. Esses indivíduos se visualizam acima dos outros acreditando haver uma hierarquia entre raças superiores e inferiores. Na história tivemos os nazistas, na Alemanha, a comunidade Ku Klux Klan, nos Estados Unidos, com o objetivo de eliminar os negros da sociedade. Outra forma de preconceito são os estereótipos, que caracterizam grupos ou indivíduos conforme sua vestimenta, corte de cabelo, adereços no corpo, maquiagem, etc. As pessoas fazem uma rotulagem, um prejulgamento. As tribos urbanas são bom exemplo disso, pois despertam na população olhares que nem sempre são de admiração, mas de opiniões preconcebidas sobre o caráter de quem usa, por exemplo, piercing. Reforça-se muito a idéia de que pessoas bem vestidas não são suspeitas de praticar crime, fato que contradiz as experiências do dia-a-dia.
Há uma grande dificuldade no ser humano em tolerar a diferença, proporcionando imenso prejuízo nas relações sociais, seja na convivência diária, na freqüência a lugares públicos, seja no acesso à cidadania.Sabe-se que o preconceito e a discriminação podem atuar profundamente na vida das pessoas, impedindo-as de tornarem-se cidadãs. Nossa sociedade precisa equiparar as condições de oportunidades aos indivíduos, de modo a diminuir a distância entre as classes sociais.
Procurar entender o que acontece desenvolver o pensamento crítico, refletir. Cabe muito à escola trazer isso para o seu aluno. Sabemos que as oportunidades são diferentes e muitas vezes, determinadas pelas condições econômicas ou raciais.
É exatamente nesse ponto que residem as características da discriminação: quando se impede um indivíduo de desenvolver suas potencialidades porque tem religião ou raça diferentes, padrão estético incomum ou, pouco acesso a bens culturais.
Assim o preconceito pode marcar qualquer grupo social. Somente a discussão aberta e a reflexão da sociedade e principalmente da escola é que podem libertar nosso povo dessa mazela cultural.
Paula

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Avaliação

AVALIAÇÃO

O aluno é um avaliador do mundo quando amadurecido para buscar soluções. O que estamos fazendo para isso acontecer?
Uma das metas educacionais do séc.XXI é que o aluno seja capaz de exercer, através de seu conhecimento, sua capacidade de escolher entre diferentes opções possíveis para resolver um problema.
A formação ética torna-se então, um requisito central para a formação do cidadão. Formar um cidadão com responsabilidade implica em aprender e aceitar que temos uma história comum, valores comuns e um destino comum.
Para atingirmos essa meta educacional precisamos levar em consideração e reavaliar alguns pontos, já que estamos saindo de um processo educativo, onde os modelos pedagógicos e epistemológicos estão centrados na fala do professor, o que para Becker é denominado de pedagogia diretiva. O professor acredita que seu conhecimento pode ser transmitido para o aluno e essa é também uma visão empírica do conhecimento.
Esse comportamento nos retrata ao final da idade média, quando o modelo educativo idealizado pelos jesuítas se transforma em referência pedagógica. Eram aulas cujos objetivos eram manter a ordem da sala de aula e modelar a moral do estudante.
Como podemos formar um cidadão para atuar no séc.XXI e assim atingir a meta educacional desse século?
Precisamos ressignificar o processo de construção de conceitos pelo sujeito aprendente. Para Becker em uma pedagogia não diretiva o professor deve estar aberto ao diálogo em sala de aula, ao confronto de idéias, a criar situações que valorizem as experiências de alunos e os aproximem da realidade dando um verdadeiro significado à aprendizagem. Uma notícia de jornal, um filme, um clipe, podem ser os desencadeadores de idéias para contribuição com o processo de aprendizagem.
O estudante precisa antes de tudo de ser desafiado e só atividades práticas e equivalentes a sua realidade é que os levarão a construir pontes, que os obrigarão a envolverem-se em um esforço de compreensão e atuação.
O grande educador Paulo Freire compreendeu que a teoria é inútil sem a prática e segundo ele "ninguém educa ninguém. As pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo". Paulo Freire criou a pedagogia voltada para o diálogo, nos ensinou que temos que aprender com as experiências concretas e o seu grande projeto era: "FORMAR PARA TRANSFORMAR".
A meta educacional do séc. XXI é levar o indivíduo a produzir conhecimento, desenvolver valores e atitudes. O professor é o grande transformador dessa diretiva é ele quem conduz com sua epistemologia a grande nave para o nosso Planeta.
Para Morin, somos cidadãos Planetários e a educação do futuro deve ter como prioridades saberes que deverão estimular os educadores a "saírem do armário" e irem à luta para que as próximas gerações tenham garantia de um mundo belo e sustentável.
Paula

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Era do Conhecimento

Era do Conhecimento


Iniciamos um período de um aprendizado sem fronteiras. Essa nova forma de perceber e compreender a vida implica na compreensão do homem e do mundo de maneira diferente.
E quem é esse novo aprendiz?
Qualquer pessoa que está no mundo, um ser contextualizado, de relações e humanizado desde que esteja aberto a uma construção ativa de seu conhecimento.
Quando se fala de ações e práticas que constroem o conhecimento estamos incluindo nelas uma das fundamentações teóricas mais importantes do séc. XX que é o construtivismo piagetiano, ou a abordagem construcionista de Papert, inspirada e fundamentada no construtivismo de Piaget, sem se esquecer das teorias de Gardner e a pedagogia social de Palo Freire.
Para Moraes (1997,p.210)"o poder atual está na teia de relações representada pelo conjunto de informações e conhecimentos disponíveis".
É a era que prevalece o poder do indivíduo nos mais diferentes sistemas de comunicação e não só os tecnológicos mas também, os inter, intra e transpessoais.
Jack Welch, o 8º e mais jovem presidente da história da GE, ainda na década passada, objetivou torná-la a empresa mais competitiva do mundo. Ele sabia que transformar seu sonho em realidade exigiria nada menos que uma revolução. Seus princípios de liderança colocaram a GE em novos desafios como o desafio da inovação e assimilação de novas tecnologias propiciando a busca da informação de maneira global. Tudo isso incluiu também no contínuo investimento do capital humano promovendo assim, na empresa, uma onda de criatividade e participação em massa de seus colaboradores.
No livro Os Princípios de Liderança de Jack Welch, no capítulo "Elimine os limites", Welch aconselha:
"Mantenha os olhos e ouvidos bem abertos"
Acerca disso pretende alertar para uma das barreiras mais destrutivas que encontrou e que separavam os colaboradores uns dos outros. Ao envolver e escutar todo mundo, remove-se barreiras verticais e horizontais. Deve-se escutar em especial quem está mais perto do dia a dia do trabalho e dos clientes.
Para entrarmos definitivamente nessa era é preciso reciclar o conhecimento e os modos de organização da escola, considerando imprescindíveis questões como educação científica, questões socioambientais, as diversidades culturais e as tecnologias digitais, lembrando que cada ser humano é seu próprio agente de decisão e responsabilidade.

Paula

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bullyn

Bullying. Como lidar, na escola, com brincadeiras que machucam a alma?

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Ainda não existe um termo equivalente em português, mas alguns psicólogos estudiosos do assunto o denominam violência moral, vitimização ou maltrato entre pares, já que se trata de um fenômeno em grupo em que a agressão acontece entre iguais, no caso estudantes.

O bullying é um problema mundial, não estando restrito a nenhum tipo mais específico de instituição primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.



De que maneira os alunos se envolvem com o bullying? Quem são eles?

Estudos verificaram que existem diferentes maneiras de atuações sobre bulling com representações de papéis por cada aluno. Os chamados alvos são alunos que só sofrem o bullying; os alvos autores são os que ora sofrem, ora praticam o bullying; as testemunhas são os que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente que isso ocorre. Analisando mais de perto cada um deles podemos traçar-lhes um perfil ficando assim:

Os autores são comumente indivíduos que têm pouca empatia, frequentemente pertencem a famílias desestruturadas com pouco relacionamento afetivo entre os seus. Seus pais não exercem uma supervisão sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos um comportamento agressivo ou explosivo. Quando adulto essa criança terá grandes possibilidades de adotar comportamentos anti-sociais ou violentos, atitudes delinquentes e criminais.

Os alvos pertencem a grupos que são prejudicados, que não dispõem de recursos, status ou habilidades para reagir ou fazer cessar atos danosos contra si. Normalmente são pouco sociáveis, inseguros, não solicitam ajudas, têm baixa auto-estima, são indiferentes para os adultos sobre seu sofrimento.

Desencadeia-se assim em seu comportamento um baixo desempenho escolar, recusa a ir à escola sintomatizando, inclusive, doenças. Essas crianças trocam de colégio frequentemente ou abandonam os estudos podendo levá-las à depressão estrema e suicídio.

As testemunhas são representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem a próxima vítima. Gera-se nesses indivíduos um sentimento de impotência influenciando negativamente sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

Diversos pesquisadores em todo o mundo têm direcionado seus estudos para esse fenômeno que toma aspectos preocupantes, tanto pelo seu crescimento, quanto por atingir faixas etárias, cada vez mais baixas, relativas aos primeiros anos de escolaridade. Dados recentes apontam no sentido da sua disseminação por todas as classes sociais e uma tendência para um aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade, da infância à adolescência. Sendo assim responsáveis, escola, pais, todos devem ficar alertas, atentos.

Como pais podem perceber que a agressividade de seu filho é ou não bullying?

Algumas crianças passam por situações na vida que a deixam fragilizadas e em decorrência disso tornam-se agressivas, na escola, como por exemplo, o nascimento de um bebê na família, separação de pais, perda de parentes. No entanto tudo isso aos poucos vai passando e tudo volta ao normal. Há casos que crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas permanente. Parecem sempre estar provocando situações de briga e motivos existem para essas crianças se tornarem agressores crônicos, possíveis autores de bullying, são eles: Porque foram mal acostumadas e por isso esperam que todo mundo faça todas as suas vontades e atenda sempre às suas ordens.;Gostam de experimentar a sensação de poder ; Não se sentem bem com outras crianças, tendo dificuldade de relacionamento; Sentem-se inseguras e inadequadas; Sofrem intimidações ou são tratados como bodes expiatórios em suas casas; Já foram vítimas de algum tipo de abuso; São freqüentemente humilhadas pelos adultos; Vivem sob constante e intensa pressão para que tenham sucesso em suas atividades.
Essas crianças precisam de ajuda especializada e principalmente de pais que lhe imponham limites e regras.

Os envolvidos, meninos e meninas, como agem cada um?

Entre os meninos é mais fácil identificar um possível autor de bullying, pois suas ações são mais expansivas e agressivas. Eles chutam, gritam, empurram, batem. São os fortões, os temíveis. Já no universo feminino, o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofoquinhas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. As garotas raramente dizem por que fazem isso.

O bullying também pode ser praticado por meios eletrônicos. Mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulam por e-mails, sites, blogs, pages e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que a vítima não está cara a cara com o agressor, o que aumenta a crueldade dos comentários e ameaças.

E a escola, qual é o seu papel?

Na escola, quem mais sofre é sempre o que menos fala e por isso muitas vezes essa criança passa despercebida dos professores. Estar alerta, detectar e discutir imediatamente esse problema é o papel da escola. Assim diversas discussões entre os representantes da escola e professores devem gerar ações que envolvam pais, autoridades educacionais, funcionários e alunos, buscando definir com clareza o fenômeno e estabelecer diretrizes necessárias para o desenvolvimento de estratégias a serem executadas por todos.

Essas ações podem se dividir em etapas como, pesquisando a realidade (questionando os alunos sobre o assunto); parcerias (corpo docente, funcionários, pais, especialistas); formação de um grupo de trabalho (ações a serem priorizadas e táticas adotadas); ouvir opiniões (sugestões); definição de compromissos (grupo de trabalho); divulgar o tema (exposição do tema por cópias afixadas em diferentes lugares da escola); informação aos pais (reuniões sobre os objetivos).

A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade.

Paula