quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Avaliação

AVALIAÇÃO

O aluno é um avaliador do mundo quando amadurecido para buscar soluções. O que estamos fazendo para isso acontecer?
Uma das metas educacionais do séc.XXI é que o aluno seja capaz de exercer, através de seu conhecimento, sua capacidade de escolher entre diferentes opções possíveis para resolver um problema.
A formação ética torna-se então, um requisito central para a formação do cidadão. Formar um cidadão com responsabilidade implica em aprender e aceitar que temos uma história comum, valores comuns e um destino comum.
Para atingirmos essa meta educacional precisamos levar em consideração e reavaliar alguns pontos, já que estamos saindo de um processo educativo, onde os modelos pedagógicos e epistemológicos estão centrados na fala do professor, o que para Becker é denominado de pedagogia diretiva. O professor acredita que seu conhecimento pode ser transmitido para o aluno e essa é também uma visão empírica do conhecimento.
Esse comportamento nos retrata ao final da idade média, quando o modelo educativo idealizado pelos jesuítas se transforma em referência pedagógica. Eram aulas cujos objetivos eram manter a ordem da sala de aula e modelar a moral do estudante.
Como podemos formar um cidadão para atuar no séc.XXI e assim atingir a meta educacional desse século?
Precisamos ressignificar o processo de construção de conceitos pelo sujeito aprendente. Para Becker em uma pedagogia não diretiva o professor deve estar aberto ao diálogo em sala de aula, ao confronto de idéias, a criar situações que valorizem as experiências de alunos e os aproximem da realidade dando um verdadeiro significado à aprendizagem. Uma notícia de jornal, um filme, um clipe, podem ser os desencadeadores de idéias para contribuição com o processo de aprendizagem.
O estudante precisa antes de tudo de ser desafiado e só atividades práticas e equivalentes a sua realidade é que os levarão a construir pontes, que os obrigarão a envolverem-se em um esforço de compreensão e atuação.
O grande educador Paulo Freire compreendeu que a teoria é inútil sem a prática e segundo ele "ninguém educa ninguém. As pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo". Paulo Freire criou a pedagogia voltada para o diálogo, nos ensinou que temos que aprender com as experiências concretas e o seu grande projeto era: "FORMAR PARA TRANSFORMAR".
A meta educacional do séc. XXI é levar o indivíduo a produzir conhecimento, desenvolver valores e atitudes. O professor é o grande transformador dessa diretiva é ele quem conduz com sua epistemologia a grande nave para o nosso Planeta.
Para Morin, somos cidadãos Planetários e a educação do futuro deve ter como prioridades saberes que deverão estimular os educadores a "saírem do armário" e irem à luta para que as próximas gerações tenham garantia de um mundo belo e sustentável.
Paula

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