terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vizinhos como não tê-los?

Olá caro leitor, esses dias estava pensando na minha vizinhança e fiquei muito feliz, pois tenho vizinhos maravilhosos. Nem todas as pessoas têm essa sorte, mudei-me para essa rua no começo do ano. Na verdade já morava no bairro e algumas pessoas já eram minhas conhecidas, mas mesmo assim morar ao lado é bem diferente. Consideramos vizinhos aqueles que moram perto de nós, mais pela proximidade geográfica do que pelos laços naturais de afinidade, simpatia, relacionamento. Assim costumamos identificá-los por vizinho da direita, da esquerda, da frente, dos fundos da esquina, do outro quarteirão. Alguns vemos pela manhã quando vamos botar o lixo para fora, varrer a calçada. –Bom dia!..Tudo bem?.. Será que chove hoje? É tudo que costumamos falar. Quando moramos em prédios esperar o elevador abrir a porta pode ser uma grande sacrifício, pois nem sempre nos esforçamos para ser cordial e gentil, ou estamos preparados para conviver com outros. Em condomínios, algumas cenas geram comportamentos diversos, já que você tem que respeitar algumas regras. Quem já não teve uma vizinha que sai às 5 da manhã em cima de um salto alto acordando você todos os dias, ou mesmo aquele vizinho ao lado que grita o dia todo, ou que não sabe controlar o volume do seu rádio e você acaba sendo obrigado a ouvir com ele a música. Enfim ser vizinho não é definitivamente estar perto de alguém que consideramos. Muito diferente de tempos passados, pois as visitas são raras e rápidas, e a prosa só é possível nos intervalos das novelas. Nas casas, as cadeiras nas calçadas, nas noites de verão, estão proibidas pelo receio de vandalismos e inconvenientes. A falta de um bom relacionamento entre vizinhos dificulta a prática de solidariedade e entristece o nosso viver, pois somos seres gregários por natureza. Devemos sempre lembrar que não estamos sós e, por isso, é bom avaliar se o que estamos fazendo pode desagradar o outro. Uma boa forma de fazer isso é nos colocarmos no lugar do outro. Tive sorte de encontrar vizinhos excelentes, parece mais uma reunião de família, vai além daquele “olá tudo bem?”. Aqui eles costumam bater em minha porta para dizer “Paula você está ai, está tudo bem? Não ouvi barulho seu hoje!” ou, “Vamos rezar o terço hoje na casa de fulano”. Que bom, a prática da boa vizinhança, da solidariedade ainda não morreu nos dias de hoje. Pena que isso não é mais tão habitual. Paula

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vídeo Game Vilão ou Mocinho?

Muito comum pais e educadores criticarem o uso de vídeo games pelas crianças e adolescentes seja pelo conteúdo de violência, por afastar o jovem do ambiente social ou pelo aumento significativo de crianças obesas. Esses jovens terão consequências nos aspectos físicos emocionais, cognitivos e sociais já que estão em constantes mudanças nos aspectos fisiológicos e neuronais. Como já foi comentado em artigo anterior, hoje nossos jovens dispõem de todo aparato tecnológico no seu próprio quarto, o que propicia todo um contexto de “conforto” oferecido por pais que pretendem salvaguardar seus filhos de situações diversas existentes em nossa sociedade atual. Assim é importante lembrar que todo comportamento adquirido por jovens vem da educação dada pelos pais. Também é frequente lermos sobre a sedentarização de adultos que ficam horas sentados na frente da TV, sem atividade física, e hábitos alimentares impróprios. Esta inatividade e esses hábitos alimentares, com certeza, influenciam no comportamento dos filhos. É mais fácil telefonar para uma pizzaria do que ir até lá a pé, o aumento de opções que as tecnologias estão oferecendo para minimizar o gasto energético e tempo, está influenciando diretamente no comportamento dos adultos e jovens. Cada vez mais jovens vão valorizando o seu dia a dia como o de um adulto, por isso é fundamental a conscientização do adulto sobre seus hábitos. E o vídeo game, pode ser um aliado ou um vilão na formação de nossos jovens? O jogo é necessário para aguçar o nosso desenvolvimento intelectual e para que assimilemos melhor o contexto em que vivemos. Entendemos também que o ensino que utiliza os diferentes meios lúdicos cria um ambiente mais atraente e estimulante para o desenvolvimento do jovem. Para Piaget os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional à criança. Na concepção de Vygotsky, o lúdico influencia imensamente o desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende a agir, a despertar sua curiosidade, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. O vídeo game pode ser um aliado para melhorar a concentração, para estratégias de aprendizagem, no controle da ansiedade, entre outras habilidades cognitivas e emocionais. Tudo dependerá de como o videogame é utilizado pelo usuário. Uma das revistas científicas mais conceituadas, a Nature mostrou que os novatos no videogame melhoram na atenção visual depois de 10 dias de treino, também melhorando a capacidade de orientação espacial e resolução temporal (Green & Bavelier, 2003). Importante então é considerar os objetivos indiretos que o jogo pode favorecer ao jovem, como: memória (visual, auditiva, sinestésica); orientação temporal e espacial (em duas e três dimensões); coordenação motora viso manual (ampla e fina); percepção auditiva, percepção visual (tamanho, cor, detalhes, forma, posição, lateralidade, complementação), raciocínio lógico-matemático, expressão lingüística (oral e escrita), planejamento e organização. E isso é imprescindível que o educador tenha conhecimento sobre todos esses objetivos, pois dessa forma facilita ainda mais a interação aluno professor e torna o processo de ensino e aprendizagem mais eficiente. E, para uma utilização eficiente e completa de um jogo educativo é necessário realizar previamente uma avaliação consciente do mesmo, analisando tanto aspectos de qualidade de software como aspectos pedagógicos e fundamentalmente a situação anterior e posterior ao jogo que se deseja atingir. Podemos perceber que levar um jogo digital ou eletrônico para o ambiente escolar é um instrumento que consequentemente propiciará uma forma de aprendizagem diferenciada e muito mais afetiva. Aos pais fica a certeza de que deverão respeitar cada fase do desenvolvimento de seu filho, tornar-se flexível para acompanhar seu nível de amadurecimento, nunca deixar de impor regras e principalmente ser espelho de atitudes e comportamentos para seus filhos. Sendo assim poderão cumprir sua função educativa. Paula

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Paz, Guerra, Movimentos da Vida... Amor

Estar bem conosco, em serena solidão, dialogar com os sentimentos que vivem dentro de nós, tudo isso representa o primeiro passo para realizarmos uma relação autêntica com os outros. Escolher entre o inferno e a razão é um desafio que indica questões como: Quem somos? Quem nos atrevemos a ser? Qual coragem comanda nosso discurso e nossas ações? Provavelmente nunca estaremos completamente livres das nossas hostilidades, mas, aos poucos, podemos tomar consciência da hospitalidade que recebemos dos outros e sentirmos gratidão pelos momentos em que nós conseguimos e tornarmo-nos mais sensíveis aos nossos movimentos interiores. Dentro de nós podemos levar movimentos de paz, guerra, amor, paixão, tolerância. Talvez a tolerância seja o movimento mais complexo e mais nobre, porque é um exercício de alma. Para pensarmos na questão da tolerância precisamos pensar antes nas atitudes de respeito às pessoas, aos sentimentos e às diferenças. Questões assim auxiliam a pensar e reafirmar o humanismo preservado na cultura dos povos, na perspectiva de uma filosofia de paz, que conduz a repensar conceitos de guerra, de conflitos e de tolerância. Momentos únicos de reflexão individual devem considerar todo o movimento da vida. A vida é um movimento que interage de forma consciente quando nos contagiamos pela alegria, pela fé, quando aproveitamos a mudança das estações, quando brincamos no parque com nossos filhos, quando agregamos pessoas às nossas vidas quando nos encontramos com Deus. Pode fazer-se tudo se se tiver coragem, se se tiver desejo, se se acreditar no sucesso e se tivermos o movimento da vida em nós. Estarmos bem com nós mesmos é um tipo de relação que requer um verdadeiro e profundo compromisso ético e humano, uma reflexão imensa, uma busca de fé um exercício de amor. Cada queda no caminho de nossas vidas torna-se lição valiosa para nosso aprendizado e crescimento. A partir daí, passamos a entender que nada é por acaso e que tudo na vida tem um sentido. Entende-se então que a vida não é só o espaço de uma existência, mas sim, de várias, e que nossas experiências se acumulam em prol de nossa perfeição. Estaremos sendo lapidados na medida em que deixarmos nossas angústias, fraquezas e apegos para traz. Nesse momento os “Movimentos da Vida... Amor” tomam a cena eliminando a solidão a angústia que existe dentro de nós devolvendo a alegria, a paz e todos os sentimentos que elevam a alma. Paula

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Rio +20

Rio +20 Ecologia, Verde, Cuidados com a Terra, Sustentabilidade, todas essas palavras estão em alta no momento. É a hora de fazer a mudança real e analisar muito bem tudo que será discutido, acordado, pois o sistema capitalista quer se manter sustentável, agredir menos o Planeta, mas quer também extrair o máximo da terra e ainda precisa deixar de focar no PIB para manter o bem estar de todos. Será que tudo isso vai ser possível? A Conferência está marcada para esse mês de junho, no Rio de Janeiro, que tem o objetivo de discutir sobre o meio ambiente, a economia verde, erradicação da pobreza e governança internacional para o desenvolvimento sustentável. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 é um processo intergovernamental dirigido pelos Estados-Membros das Nações Unidas com a participação plena do Sistema ONU. O objetivo da Conferência é assegurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável. Outra questão imensamente importante que será abordada no Rio+20 é a educação sustentável. O Objetivo é levar o tema meio ambiente para as escolas com uma abordagem simples e direta, levando as crianças para mais próximo da Natureza com uma educação bastante ambiental desde a infância. Precisamos realmente de uma transformação das macro-economias, pois o sistema capitalista é o principal responsável pela crise ecológica. A crise ecológica não se resolve cobrando dos cidadãos comportamentos mais ecológicos, é claro que cabe a todos agir de forma a reduzir a poluição, por exemplo, preferindo os transportes coletivos a carros individuais, substituindo as sacolinhas de plástico por sacolas de material biodegradável. Os cidadãos precisam colocar em cheque o sistema capitalista, pois, abraçar essa causa , pode ser uma das várias roupagens que o capitalismo se veste para se adaptar a nova demanda e manter o status quo. Desde a Rio-92 muito pouco foi feito pelos governantes e iniciativa privada, não foram capazes de conter a crise ecológica, não só por motivos como corrupção, má-vontade, entre outros, mas por falha do próprio sistema que é incompatível com as radicais e urgentes transformações necessárias. Com tomada de decisão em todos os níveis da sociedade, o desenvolvimento sustentável é uma somatória dos objetivos sociais, econômicos e ambientais de responsabilidade pública e privada. Vamos torcer para que os resultados sejam os mais positivos e acreditar que a educação Planetária, que Edgar Morin, defende chegue às escolas, em toda sua extensão, para que possamos construir uma sociedade justa, ética e preparada para as incertezas. Paula

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Solta o Som....

Semana passada uma amiga postou no Facebook um desabafo de mãe, disse que deixou de ouvir seus CDs no carro porque alguém sugeriu que ela precisava atualizar-se. Sendo assim ela passou a ouvir as músicas nas rádios e sentiu-se envergonhada com as músicas que 90% das emissoras selecionam. Fiquei pensando nesse desabafo e resolvi escrever sobre isso, talvez assim quem sabe ela, eu e outras pessoas possam entender melhor o que acontece com a nossa musica brasileira. Com a chegada do séc. XXI, jovens manifestam-se de diferentes maneiras, por imagens e palavras propagadas pela música, pelos muros, indumentárias e adereços, telas de computadores, celulares etc. Mesmo assim a música sempre foi o veículo mais expressivo do pensamento e esteve presente na vida do ser humano, desde o mais primitivo dos tempos. Atualmente percebemos uma mudança no gosto dos jovens tanto pelas roupas, cabelos, como no estilo das músicas. Os jovens não gostam somente de um estilo de música, a concorrência é grande entre os vários estilos de músicas como sertanejo universitário, pagode, o ainda rock in rol, hoje mais hard rock e pop rock, música eletrônica, funk e rap. As músicas expressam sentimentos de amor, tristeza, protesto, mas atualmente vem nascendo uma ramificação da música brasileira que parece ter-se esquecido do humanismo, incutindo falsos valores na cabeça da juventude. As musicas que escutamos, e muitos insistem em chamá-las de música, trazem uma idéia desfigurada de nossos valores, são estilos completamente sem essência, como o “funk”, o “creu”, o “reboletion”, simplesmente não passam significância nenhuma e se por acaso passarem alguma coisa, com certeza, não é nada que acrescente algo positivo para nós. As letras empregam termos de baixo calão, incentivam o uso de drogas e violência, deturpando os valores e preceitos da música popular brasileira. Nessas músicas o foco é apenas o corpo, a carne, o contato, enfim, o sexo coisificado. A mulher é totalmente desvalorizada transformando-se em simples objeto de prazer, verdadeiras “cachorras”. O pior é que muitas mulheres produzem música assim, como Tati Quebra Barraco e outras. Que pena lutamos tanto para conquistar nosso lugar na sociedade com dignidade, direitos, mas fazer o quê existe contradição em todo lugar. A música brasileira tem sido esquecida, talvez nossos cantores não encontrem, aqui, em nosso país o reconhecimento, uma vez que adotamos quase tudo aquilo que vem de outros países, na maioria das vezes seguindo modismos. Esses ritmos novos que surgem são temporários, não permanecem, não sei se esses jovens terão boas coisas para recordar daqui há alguns anos. Por isso essas produções atuais não merecem ser designada de música, música é muito mais que Valeska Popozuda, MC Serginho. A maioria desses compositores têm a cabeça e a alma pequena, por isso não vale a pena admirá-los. Fica a dica para os jovens admiradores desses ritmos, vale a pena conhecer a MPB, musica cujos compositores têm alma e essência de viver porque enxergam com sonhos, com valores a vida. E como diz Fernando Pessoa “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Paula

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Planeta e nós. A maioria das invenções do ser humano está diretamente ligada ao conforto e praticidade do dia a dia, o uso da sacolinhas de plástico nos supermercados é uma prova disso. Com a proibição do uso dessas sacolinhas, nesses estabelecimentos, gerou-se uma revolução por parte dos clientes. A invenção da sacolinha data de 1862 e no Brasil o uso dela foi a partir da década de 1980, contribuindo para a filosofia do “tudo descartável”. O problema é que esse material foi colocado em uso sem nenhuma pesquisa mais profunda de seu impacto, principalmente ambiental. Muito se perde na natureza com o uso dessas sacolinhas, pois é derivada de petróleo, substância não removível. Outro problema gravíssimo é a poluição dos mares por esse tipo de lixo, que confundem principalmente as tartarugas marinhas que acabam ingerindo essas sacolinhas e morrem por obstrução do aparelho digestivo. Quem quiser conferir pode visitar o Projeto Tamar. A proibição gerou muita confusão em nossa cidade e em todo o Brasil. Tem muita gente indignada com essa história, tem muita gente perdida, sem saber como agir. Em nosso pais as medidas de lei nem sempre são eficazes para seu funcionamento, principalmente porque muitas atitudes e medidas são tomadas do dia para a noite e sempre tentando beneficiar uma minoria. Na verdade o que vale é a consciência de Planeta, o bem estar e a ética. E por falar em ética, palavrinha difícil de ser definida e muito pouco usada, semana passada fui ao mercado, um de grande rede, fazer uma compra pequena, entrei, procurei as cestinhas e não achei. Dirigi-me ao caixa e perguntei ao funcionário onde estariam as cestinhas. A resposta pasmem caros leitores, foi “está nas casas dos clientes”. Não entendi e pedi explicação ao funcionário, a explicação é que os clientes, na falta da sacolinha de plástico, acharam-se no direito de levar as cestinhas embora. Nossa, fiquei sem ação. Bem sabemos que as sacolinhas nunca saíram de graça, aliás, nada sai de graça, está tudo embutido no preço das mercadorias, mas daí a se apropriar de um objeto do estabelecimento, já é um pouco demais. Não acham? A idéia de Helio Mattar, diretor do Instituto Akatu, que promove o consumo responsável, é genial, ele disse em uma entrevista à Revista Época, que é preciso orientar as pessoas “Quem faz compra para o mês inteiro não vai levar um monte de sacolas de pano para o mercado.” Para ele e Lucia Legan o legal mesmo é que, usem-se caixas de papelão e as bolsas de pano devem ser uma oportunidade de negócio, assim as bolsas de panos ou reutilizáveis se bonitas ainda podem levar o logotipo apara passear, ou ainda a idéia de que cada consumidor possa confeccionar a sua bolsa própria e ali expressar alguma coisa. Muitas são as opções de substituição das sacolinhas de plástico. É preciso consciência, é preciso educar, é preciso ter de fato um direcionamento para o Planeta. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado, o equivalente a sessenta centavos a unidade. O Código de Defesa do Consumidor não obriga os estabelecimentos comerciais a oferecerem meios para o transporte das compras. A sacolinha era oferecida por uma opção dos próprios supermercados. A única exigência que o Procon fez aos supermercados, em relação ao assunto, foi sobre o valor da sacolinha, que antes era cobrado do consumidor e hoje deixará de existir, resultando na redução de preço dos produtos. Sobre a redução, os próprios empresários do ramo já afirmaram que essa diminuição não será sentida diretamente pelos consumidores, por conta do baixo valor das sacolinhas. Diante de toda essa polêmica o bom mesmo é fazermos um exame de consciência, pensar realmente no que compramos e para quê compramos. Será que tudo que você está comprando será utilizado ou boa parte irá estragar e ir para o lixo? Você precisa mesmo do que está comprando ou foi a propaganda que lhe disse para comprar? Quanto menos compras, menos saquinhos serão utilizados e melhor ainda ficará as suas finanças. Assim lucro para todos principalmente para nosso Planeta. Paula

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mãe no séc.XXI

Mãe no séc.XXI Sabíamos que a chegada do séc.XXI traria muitos desafios para a criação dos nossos filhos. A globalização, as rupturas com valores e crenças seriam os grandes obstáculos do mundo moderno. Educar um jovem da geração Y não é tarefa fácil, até porque, com o avanço da tecnologia e as exigências do cotidiano, o tempo voa e assistimos à extinção de momentos preciosos da família. Fica difícil orientar os filhos para que se dediquem à profissão, que dêem importância para o convívio em grupo, que valorizem o espaço em que vivem. Mesmo com toda essa dificuldade a mulher/mãe do séc.XXI tem se posicionado mais confiante, muito mais forte do que nos séculos anteriores. Diminuiu sensivelmente os velhos conflitos entre carreira e maternidade e as culpas que isso trazia às mulheres. Esse é o panorama maternal de nosso século, mães todas merecedoras de seu espaço, como mulher, principalmente. Algumas mais maduras outras nem tanto, mas o fato é que a nova mulher é mãe com um olhar global, graças ao seu engajamento em várias áreas da vida. A mãe sabe que os filhos precisam aprender a viver e essa mãe do séc.XXI está se tornando cada vez mais forte e segura para colocar os limites necessários para o desenvolvimento de seus filhos. Tornamo-nos mãe, nesse século XXI, e assumimos para a família e a sociedade a missão de criar um cidadão responsável por si e pelo seu meio. Parece ideologia, mas como isso pode ser diferente hoje? Precisamos de um futuro seguro para nosso Planeta, consciente, habitável. Tarefa difícil num mundo competitivo. O mundo depende totalmente do comportamento das mães em relação à educação dos filhos. A maternidade transforma todas numa pessoa melhor, mais pacífica, mais cuidadosa, querendo sempre fazer um mundo melhor. Ser mãe é reconhecer que a vida é feita de grandes surpresas e por mais que uma mãe/mulher ache que já passou por quase tudo, facilmente se surpreende com um gesto de carinho de um filho. É preciso administrar a qualidade do seu tempo com os filhos, o marido, o trabalho, não temer os desafios e estar sempre disposta a recomeçar. A mãe/mulher do séc.XXI é real, são puras, divinas e abençoadas por Deus (Pr 31:10-30). Acredito que todas as mães que lutam, hoje, para criarem seus filhos são verdadeiras heroínas em meio a todas as dificuldades enfrentadas nesse séc.XXI. Parabéns mãe, parabéns mulher! Paula

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Geração Y

Semana passada escrevi sobre jovens que representam a Geração Y, alguns leitores mostraram-se curiosos sobre o que é realmente a Geração Y, por esse motivo, nessa semana, falarei um pouco mais com detalhes sobre a Geração Y. Ter um filho exige do homem e da mulher uma profunda reflexão, visto que isso promoverá uma série de mudanças em suas vidas. Exercer o papel de pai e mãe exige trabalho, a preparação para educar a criança começa já na gestação. Inicia-se ai um treinamento por parte desses futuros pais. Se os pais soubessem que educar seria uma tarefa tão árdua, talvez pensassem mais antes de terem seus filhos. Somente após o nascimento da criança é que os pais começarão a ter uma imagem real de como ele é, pois se inicia a convivência entre eles e o mais novo membro da família. As dúvidas sobre a melhor forma de educar aparecem, não existe curso que garanta esse sucesso, nem manual de instruções e nem sempre a experiência dos outros é uma ajuda. Portanto a educação certa é a que dá certo para cada filho, é a que o prepara para o futuro, para a vida em convivência com a sociedade, que o respeita, o considera que o ajuda a se reconhecer, se cuidar e preservar. A maneira mais correta é buscar sempre soluções para a construção da relação pais e filhos considerando as diferentes realidades dos pais e dos filhos além de priorizar o jeito único de ser cada nova geração, principalmente a chamada Geração Y. Nos dias de hoje, os grupos de amigos e meios de comunicação em massa exercem influência maior na atual geração, a na chamada Geração Y, do que na geração passada, a chamada Geração X(os nascidos entre os anos de 1960 e 1980). A realidade atual exige que as mães trabalhem fora cada vez mais em horário integral, logo as crianças passam mais tempo com outras crianças ligadas por meio eletrônico. A Geração Y, nascida entre 1980 e 1999, tem esse nome devido a um fato curioso. Quando a antiga União Soviética exercia forte influência sobre países de regime comunista, chegava a definir a primeira letra dos nomes que deveriam ser dados aos bebês nascidos em determinado período. Nos anos 1980 e 1990 a letra principal era Y. Isso não teve influência no mundo ocidental capitalista, porém estudiosos adotaram essa letra para designar os jovens nascidos nesse período. Esses jovens estão chegando agora ao mercado de trabalho, com características próprias fruto de um contexto social desenvolvido na década de 1980 para cá. A primeira impressão que temos dos jovens da Geração Y é que estão diretamente associados às capacidades intelectuais. A primeira tendência é considerá-los mais capacitados do que fomos em nossa infância, a facilidade com que adquirem total intimidade com o computador e outros equipamentos é fantástica. Basta apresentar uma novidade e eles rapidamente dominam o equipamento dispensando completamente o uso de manual de instruções. A tecnologia tem grande influência na educação dos jovens hoje. A TV deixou de ser o centro de interesse das crianças, mesmo com a ampliação do número de canais, deixou de ser a “babá eletrônica”, cedeu lugar para os games, que transformou amplamente a realidade e o cenário de desenvolvimento dos jovens da Geração Y. Quando a Geração Y começou a nascer, o Atari já era um sistema em decadência e rapidamente foi substituído por games mais sofisticados. Um bom jogo de videogame deveria sempre proporcionar várias fases diferentes a seus jogadores. Cada uma das fases deveria conter um grau de dificuldade maior e apresentar um novo desafio estimulando o jogador a avançar para a próxima etapa com o objetivo de superar um desafio ainda mais complexo. O jogo também deveria ter um placar de recordes pelo qual o jogador pudesse comparar seu desempenho com outros competidores e isso era só o começo. Com o advento da internet a informação tornou-se irrestrita e ilimitada, através dessa nova tecnologia o jovem teve sua fonte de conhecimento recompensada. Novos valores surgiram, novas verdades para a formação da mais complexa, assustadora e independente geração. A dinâmica de vida dos últimos anos proporcionou um cenário favorável ao desenvolvimento acentuado da individualidade do jovem da Geração Y. Ao contrário da Geração X e as anteriores onde jogos e brincadeiras eram coletivos e viviam em residências onde precisavam compartilhar com pais e irmãos dormitórios, roupas, um único banheiro, um aparelho telefônico e uma TV no centro da sala, a Geração Y tende ao individualismo. A decisão de focar cada vez mais a realização profissional, sob pretexto de proporcionar condições melhores que as vividas na própria infância, levaram aos pais por optarem por um número menor de filhos e buscar constantemente condições financeiras mais favoráveis. Assim grande parte dos jovens da Geração Y teve à sua disposição quartos individuais com todas as facilidades tecnológicas como TV, videogame, telefone, computador e internet, o que privilegiou uma ação individual e não coletiva gerando neles a necessidade de compartilhar parte de sua vida por meio de redes sociais. A Geração Y é jovem, o que significa estar em fase de transição e consequentemente ser contraditória em suas atitudes e escolhas. O pior é que a referência e modelos apresentados por pais oscilam de forma radical. Existem pais superprotetores que fazem escolhas e assumem responsabilidades no lugar dos filhos, outros são omissos e ausentes por conta do trabalho e ainda há os que não assumem o papel de pais preferindo posicionarem-se como amigos. Passa a ser então, complexa a tarefa de fixar um modelo ao qual os jovens possam aspirar para a vida adulta. Tudo isso gera nessa geração um imaturidade. Outra característica da Geração Y é o questionamento. Eles questionam sempre nos dando a impressão de que estão nos contestando ou desafiando. Na verdade quando isso acontece raramente estão questionando o conhecimento de pais, professores ou superiores, devemos lembrar que essa geração assumiu uma postura mais interativa na sua infância e se desenvolveu em um ambiente de constantes desafios, mesmo nos mais simples jogos de videogame. Para eles é muito importante a conexão com as coisas e as pessoas e como não foram diretamente afetados pelos rígidos padrões disciplinares de seus pais, não desenvolveram premissas e preconceitos a respeito das hierarquias estabelecidas. Questionar é uma forma de se conectar! Vivemos em tempos de profundas transformações, os modelos estabelecidos nos séculos passados estão perdendo a eficácia, a Geração Y é a primeira que se desenvolve com absoluto foco em resultados (influência dos videogames em sua educação), portanto pais, professores e gestores devem demonstrar a eles qual é o resultado a ser alcançado estabelecendo indicadores confiáveis que permitam superar o desafio correto. Outro fator é a diferença de desempenho de cada jovem, nunca tentando nivelá-los pela média, buscando obter autoridade por meio de uma pretensa atitude de justiça, isso gera um nivelamento pela mediocridade. A geração Y não reage da mesma forma que as anteriores, os jovens são individualistas e sabem que apresentam resultados diferentes entre si e fazem questão de serem avaliados de forma diferenciada As expectativas dos jovens da Geração Y são bem diferentes das gerações anteriores, eles esperam que lhes digam como estão indo com muita freqüência. Querem saber se têm possibilidade de alcançar mais resultados, pois caso contrário irão “abandonar o jogo” e partir para outro desafio. Para pais, professores e gestores o caminho é produzir para eles modelos baseados em relacionamentos e resultados, assim temos que nos desprender de premissas de autoridade e poder que conhecemos e adotar uma postura de aprendizes, buscando um novo modelo de desenvolvimento pessoal baseado nos novos instrumentos que a atual tecnologia proporciona. Quando optamos por sermos pais e mães aprendemos que os filhos completam nosso aprendizado construído ao longo da vida. A grande sabedoria que conquista esse papel é constatar que a educação dos filhos, além de ser um grande desafio, também é um grande aprendizado de amor. Paula

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Geração Y

Geração Y Quais motivos levam uma geração a compreender a geração seguinte como alienada? O momento atual é oportuno para reflexões sobre as gerações, pois estamos vivendo uma circunstância singular em nossa história. Pela primeira vez cinco gerações diferentes de pessoas convivem mutuamente, em números significativos, de forma consciente, interferindo e transformando a realidade. É preciso considerar que o conceito de geração em nossa sociedade atual estabelece um período de vinte anos como marco de separação entre as gerações. Não podemos afirmar que a juventude é alienada sem que se qualifique o que se quer dizer com isso, no entanto essa idéia parece tornar-se lugar comum em nossa sociedade, a mídia parece incentivar a percepção de que os jovens são alienados dos fatos políticos e sociais de sua geração. Em outras palavras formadores de opiniões, ou seja, jornalistas, novelas, filmes entre outros parecem acreditar que a juventude não pensa nada a cerca dos problemas mundiais. Meu foco hoje são os jovens nascidos entre 1980 e 1990 que representam a chamada Geração Y. Esses jovens estão chegando agora à vida adulta e ao mercado de trabalho, e, portanto começando a interferir mais diretamente nos destinos da sociedade. São extremamente informados embora ainda não consigam lidar com toda essa informação de forma produtiva. Eles nasceram de famílias estruturadas em um modelo mais flexível, no qual o convívio com os pais é bem diferente do que havia nas gerações anteriores. Ter pais separados deixou de ser uma raridade para ser uma possibilidade sempre presente consequentemente ter irmão de pais diferentes não é mais um fato estarrecedor. Sem contar com a influência múltipla de avós e tios. E, mesmo quando não tem pais separados esse jovem tem que aprender a lidar com a situação de ausência não apenas do pai, mas da mãe em seu dia a dia. Apesar da ausência materna, não há registros que em alguma outra geração, pais tenham oferecido tantos instrumentos educacionais buscando tornar seus filhos mais competitivos no futuro, assim foi oferecido a esses jovens a melhor escola, o melhor curso de línguas, de natação, de futebol e outras atividades. Para muitos preparar seus filhos para um ambiente de alta competitividade tornou-se missão de vida. Encontramos na tecnologia uma grande influência na educação dos jovens de hoje, o que também os distancia da geração anterior a Geração X. A Geração Y é a mais conectada da história da humanidade e sabe usufruir toda tecnologia para obter relacionamentos mais numerosos e intensos. Não estou falando de relacionamentos profundos ou superficiais, refiro-me à amplitude. O mundo para esses jovens é muito menor, barreiras de idioma são facilmente superadas, conhecer pessoas de outras nacionalidades tornou-se um passatempo comum através das redes de relacionamentos. A Geração Y gosta de desafios, é criativa, rápida, usam recursos tecnológicos para criarem soluções para problemas que ainda não existem, não têm receio de mudar as coisas ou alterar a realidade. Há grandes expectativas dos pais em verem os resultados de todo investimento realizado em seus filhos e, exatamente num momento em que há maior exigência na formação acadêmica para iniciar-se no mundo do trabalho encontramos poucos gestores dispostos a aceitar os comportamentos dos jovens da Geração Y. Precisamos enxergar além do senso comum, pois esses jovens necessitam da compreensão por parte dos formadores nas escolas, nas faculdades, na mídia e nas igrejas, pois são parte de problemas apresentados pelo nosso tempo. Somente a partir de um franco entendimento das oposições, dos dilemas e dos paradoxos que permeia a nova geração é que os formadores poderão esclarecer e orientar, sem, todavia apresentar respostas empacotadas e prontas para o consumo e principalmente sem procurar encaixar o comportamento dos jovens em padrões que foram construídos antes mesmo que eles nascessem. Portanto, fica claro que os jovens de hoje não são alienados de seu tempo, mas pertencem naturalmente, ao tempo que lhes é próprio. É até engraçado dizer, mas foi justamente a parte madura da população que se alienou, não percebeu os novos valores desenvolvidos e incorporados pela juventude. Tudo isso, no fim das contas é natural e inevitável. Paula

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Professor Gestor

Professor Gestor

Fazer a diferença sempre foi meu objetivo durante minha caminhada profissional, ensinar valores, preparar alunos para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, desenvolver neles a capacidade de comunicação, favorecer um diálogo entre fontes diversas, esses foram alguns dos muitos procedimentos que considerei essenciais para se começar um relacionamento com perspectivas de aprendizagem significativa, por isso o assunto de hoje é o professor gestor, assunto do livro que lancei no ano passado.
Cabe ao professor capacitar-se, assumir uma postura científica aprofundando-se em teorias que fundamentem sua epistemologia. Cabe ao professor reconhecer sua escola como uma empresa constituída de um elenco inter relacionado de processos com destaque para o processo de ensino e o processo de aprendizagem e a sala de aula como uma subempresa da qual o professor é o gerente.
Numa empresa verificamos três pontos importantes: o cliente, o produto e o serviço. Na escola não é diferente onde o cliente é o aluno, os quais entram com suas histórias de vida e diferentes capacidades, sendo ele o cliente preferencial da subempresa sala de aula. O produto consideraremos a aprendizagem, que também deve sair com valores, habilidades e conhecimentos diferenciados, como produto esperado da subempresa sala de aula. Finalmente o serviço, que entendemos como o ensino do professor, a atividade docente que ele desenvolve como serviço prestado à subempresa sala de aula. Assim temos a escola como uma empresa e a sala aula uma subempresa onde o professor é seu gestor, o líder.
Suas principais ações para trabalhar com os alunos devem ser prioritariamente seu planejamento, seus valores (respeito, compreensão, cooperação), critérios de avaliação, orientação para o aluno para tomadas de decisão, atualização, comunicabilidade e principalmente ser gerador de novas idéias.
Nos séculos passados o modelo de administração de nossas escolas estava pautado num sistema autoritário que apresentava uma pirâmide hierárquica de poder permitindo-se fazer uma distinção nítida entre os que mandavam e os que obedeciam. A montagem dessa pirâmide foi copiada das empresas privadas que por sua vez copiaram das organizações militares. Hoje temos consciência que a escola é um espaço privilegiado da aprendizagem é uma grande empresa que trabalha comprometida com valores e princípios, que tem consciência da importância estratégica de um serviço orientado para atender seu cliente. É aquela que envolve, compromete e qualifica seu colaborador para que esse possa assumir responsabilidades e demonstrar iniciativas dentro dela.
Assim como empresas de diferentes segmentos identificam como principais focos pessoas, processos e informações, também a escola deve identificá-los e trabalha-los em sala de aula, pois o professor deve estar atento às necessidades de seus alunos, a que ferramentas lhe são úteis e como a relação com o que é atual pode enriquecer seu planejamento. A empresa escola deve sempre estar atenta às necessidades reais de seus clientes, pois a educação só é útil quando agrega, adiciona valores à qualidade de vida dos estudantes. A aula deve estar sempre, dentro do contexto mundo real e para facilitar estratégias de aprendizagem significativa deverá optar pela novidade, pela tecnologia e pesquisa. O mais importante é desenvolver nos estudantes, assim como as empresas, de um modo geral, em seus funcionários, a capacidade de aprender a partir de sua própria experiência e sistematizar, acumular e restaurar o conhecimento que seja relevante e a desaprender o que é obsoleto e irrelevante.
O professor é um líder, um gestor, que possui bem desenvolvido em seu perfil o conhecimento, a personalidade e o poder de persuasão, transformando esses três itens em ação a favor da organização e das pessoas relacionadas direta e indiretamente a essa organização. O professor deve pensar em trabalhar com seus alunos, assim como uma empresa com seus funcionários, objetivando, sempre fazê-los fortes, poderosos e capazes.
A Globalização criou novos espaços para o conhecimento, agora nossa sala de aula é também o Planeta, nosso endereço é o Planeta, mas a Globalização gerou também incertezas e o professor gestor, mais do que qualquer outro profissional tem que estar preparado para lidar com essas incertezas, tem que ampliar sua visão de mundo, tem que ser menos saudosista, parar de achar que perfeito era seu tempo de escola. Menos sermão, mais ação e prática; o professor gestor deve ser mais reflexivo, olhar a educação sob outro prisma que não seja apenas o do lamento, modificar o seu cotidiano transformando os pontos estagnados com ações inovadoras.

Paula

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Feliz Páscoa a todos!!!!

O segredo da vitória é confiar!

Transpor o limite de nosso coração, acima da verdade que somos no mundo. Saber que o tempo nos leva à eternidade e dizer não à incredulidade. Não perder a esperança nunca no plano salvífico, afinal a força atrativa do Senhor é tamanha que nada ou nenhuma criatura consegue vencê-la.
É Páscoa, a sua vida está cheia de oportunidades para fazer pequenas, e significativas mudanças. Quando você realmente as busca, você consegue realizá-las. Quem disse que você não vai vencer, porque está triste seu coração? Enxugue as lágrimas, Jesus sacrificou-se, morreu na Cruz, por você. A porta que estava fechada, vai se abrir, o mar que não se abria, vai abrir, o fogo que ardia, vai se apagar.
Na grande passagem Jesus morreu na cruz, matou a morte, nos deu a ressurreição. Tudo que nos parecia impossível a Ele foi possível. Assim diz o Senhor: “Reprime a tua voz de choro e as lágrimas de teus olhos porque há recompensa para as tuas obras”.
Você pode se sentir menor, mas o Maior contigo está, tenha fé não há quem possa tirá-la de você. O segredo da vitória é confiar, declarar ser vencedor.
Lembre-se de Abraão o pai da fé que saiu de sua terra, de sua família e foi para a terra que o Senhor lhe prometera, mesmo sem saber onde estava essa terra. Por isso caro leitor, não dá para ser homem e mulher de fé sem deixar algumas coisas para trás. A promessa de Deus a Abraão demorou um enorme tempo para se realizar. E é assim, como foi para Abraão, quando estamos confiando na força do Seu poder, Ele nos abençoa nos coloca em posição de honra, amplia nossas fronteiras.
“Toda a Palavra de Deus é pura e escudo para os que confiam Nele” (Pv.30.5)
Fazendo uma entrega pessoal e inteira, mudando, de fato, sua forma de agir, buscando Deus em orações e meditações, você fará sua Páscoa.
A vida de Davi e Saul nos deixam grandes exemplos daquele que confia e obtém a vitória. Davi teve a vida repleta de vitórias e Saul de fracassos. Ambos foram escolhidos diretamente por Deus. A grande diferença entre eles era o valor que cada um dava à vontade de Deus.
Dê uma chance à ressurreição de Jesus, tente entender esta transição, do antigo para o novo, nasça novamente, do seu antigo eu deixe apenas prevalecer o sonho, o amor, a esperança. Do seu novo eu deixe prevalecer a doação, a alegria de viver a vida, a paciência, a crença naquilo que não vê. Escute a voz que te diz: Eu te renovei, Eu te transformei, Eu te preparei, Eu te dei coragem. Apenas confia Nele, vai anda, luta, toma posse do que é seu.
Porque em Jesus você é mais que vencedor e a vitória é de quem acredita no Impossível.
Feliz Páscoa!


Paula

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vaso de Honra

Vaso de Honra

Vivemos num mundo onde o que mais importa é ter. Atualmente é cada vez mais comum a idéia que temos o direito de fazer o que nos agrada e isso não é da conta de ninguém.
Aquele que tem essa atitude sem dúvida terá essa atitude também para com Deus. (Rm 9,19-21)
Há algum tempo atrás pensava eu ter uma impressão bem clara do que Deus queria fazer comigo. Hoje, percebo que estava longe disso, e de tudo que deveria ser e não foi, a culpa é toda minha, pois, Deus não foi capaz de fazer de mim o que ele queria, porque resisti ao seu poder e permiti que outras influências me moldassem em algo menos valioso. Pior ainda é quando Ele fala ao nosso coração e arrumamos mil desculpas para não atendê-lo, não ouvi-lo.
Aquele que anda com Deus obedece, não questiona, simplesmente faz o que Ele pede.
Que o homem nada mais é do que o barro ninguém pode negar (não é?). Que há somente um oleiro que tem o domínio da verdadeira técnica para se fazer um vaso, mas não um vaso qualquer, e sim um vaso resistente que suporte os revezes da vida, ninguém pode negar também.
A profissão de oleiro é muito antiga e nela pouca coisa mudou em nossos tempos e a matéria prima continua sendo o barro, a mesa e o torno que são usados para conseguir a forma oca e ideal para os vasos. Na cidade de Susã, região do Oriente Médio a cerca de 4500 anos A.C. já se usava o torno, e depois o torno passou a ser usado também na Mesopotâmia. Talvez você não saiba, mas existem cerca de duzentos tipos de barro na natureza. Alguns mais resistentes e outros menos, alguns mais claros e outros mais escuros alguns com mais liga e outros sem ou com menos liga, e sendo assim o verdadeiro oleiro deve ir a te o local onde se encontra o barro.
Somos todos vasos de Deus vasos de honra ou desonra. Saulo de Tarso era um vaso estragado enquanto resistia ao poder da palavra de Deus e "dava coices contra o aguilhão", mas quando ele perguntou trêmulo: "Senhor, o que queres que eu faça?" Deus o transformou num vaso de honra. Mas para que se nasça um verdadeiro vaso novo há de se levar em considerações os passos tomados pelo oleiro.
Após separar o barro da lama ele deverá passar por alguns processos indispensáveis para se fazer um lindo vaso. O primeiro processo é o amassamento do barro, pois ele traz impurezas do lodo, depois é colocado na roda ou torno e começa a girar a roda e com suas mãos vai apertando e moldando, dando forma. Assim acontece em nossas vidas quando Ele nos toca, é um processo dolorido, no começo ficamos confusos, algumas dúvidas começam a surgir, mas nada é fácil. As coisas vão acontecendo de dentro para fora, Ele vai apertando, apertando e as deformidades vão indo embora. Ás vezes quando achamos que está pronto o Oleiro nos lembra do último processo, o fogo.
O fogo tira o mau cheiro e fecha o processo de purificação. Esse fogo todos temos que ter em nossas vidas, é o fogo do Espírito Santo. Depois de deixar o vaso pelo tempo certo dentro da fornalha, o oleiro volta e retira o vaso dela e vê que agora ele está resistente e já não tem mais o mau cheiro do lodo e muito menos possui impurezas.
Agora é sua vez! Ele faz um vaso de cada vez, Ele trabalha um por um é um trabalho pessoal com atenção especial. Ele trabalha construtivamente, fazendo algo lindo que vale a pena fazer. Trabalha inteligentemente faz do seu barro algo que Ele já planeja há muito tempo, aquilo que você não consegue alcançar porque ele é o arquiteto.
É um trabalho de paciência, não é muito rápido porque é tudo muito delicado. É sua vez agora, aproveita, deixa arder em sua vida o fogo do Espírito Santo. Se o vaso não é de honra, o Mestre reúne as peças, cada uma delas, faz novamente a bola de barro e coloca na roda, e com o tempo e trabalho sairá um vaso mais bonito que o primeiro.
Você escolhe. Sempre é você quem escolhe...

Paula

quinta-feira, 22 de março de 2012

"Foi Sem Querer Querendo..."

“Foi sem querer, querendo”...

Caros leitores, semana passada assistindo à TV deparei-me com uma programação diferente, a homenagem que fizeram, no México, ao senhor Roberto Bolãnos. Bolãnos é criador do personagem Chaves, mundialmente famoso. Bolãnos chegou a se formar em Engenharia, mas foi nas letras que encontrou destaque e paixão. Aos 22 anos foi contratado por uma agência de publicidade, D`ARCY
e rapidamente se destacou por sua mente criativa. Mais conhecido como Chesrperito (pequeno Shekspare) escreveu para teatro, televisão e rádio. Foi na década de 1970 que escreveu o roteiro de um supre herói, ou melhor, um antiherói, atrapalhado, desengonçado e fracote. Nesse momento não acharam nenhum bom ator para interpretá-lo e sem opções ele mesmo vestiu-se pela primeira vez de Chapolim Colorado. Um ano depois o sucesso foi tanto que se resolveu vestir de criança e aos 48 anos interpretou um menino de oito anos.
Chaves é tudo de maravilhoso, é criança, é arteiro, é carente. O mundo do Chávez encanta a todos nós, seus episódios são incansáveis, vemos e revemos, cantamos juntos com Férias em Acapulco, com as músicas e peças montadas na Vila sob direção do Sr Madruga.
Estamos sempre enamorados com o amor de Dona Florinda e do professor Girafales. Chiquinha menina esperta. Podemos enxergar nela um modelo de mulher independente, corajosa, atrevida.
Enfim cada personagem tem seu destaque no enredo, mesmo Chávez sendo o principal os outros não se fazem menos principais.
Pelo que sei os atores foram amigos e companheiros por 25 anos de programação. O humor de Chávez é clássico é atemporal, não sai da moda, não faz mal a ninguém.
As pessoas necessitam de diversão, de boa diversão, de amizades, amizades eternas, da solidariedade, da caridade, da tolerância, da vizinhança, da esperança de um coração sonhador digno que acredita na potencialidade do ser humano, na construção de um mundo especial para as próximas gerações.
É assim que vejo Chávez, que não me canso de assistir, meus filhos também assistem, e assistem de novo e novamente. Rimos juntos, em família. Rimos do inocente, do cotidiano, do engraçado, de tudo que é de melhor na vida.
Segundo as notícias os atores que interpretavam Kiko e Chiquinha, lutam hoje na justiça, pelos direitos autorais dos personagens que pertencem a Bolãnos. Infelizmente o mundo dos homens não é regido pela inocência de Chávez, não é feito de Senhores Barrigas que toleram infindáveis 14 meses de alugueis vencidos.
O que é encantador no Chávez é o enredo que envolve a todos, que encanta cada um de nós cada vez que assistimos de novo os mesmos velhos episódios, como se fosse o primeiro.
Chávez deixa o exemplo de amor, simplicidade, sentimentos que fazem parte da essência Divina e que nos dias de hoje, transbordam a nossa coragem de acreditar que é possível viver em harmonia plena. Ria, ria muito mesmo que seja sem querer querendo.

Paula

quinta-feira, 15 de março de 2012

Paz, Guerra, Movimentos da Vida... Amor

Estar bem conosco, em serena solidão, dialogar com os sentimentos que vivem dentro de nós, tudo isso representa o primeiro passo para realizarmos uma relação autêntica com os outros.
Escolher entre o inferno e a razão é um desafio que indica questões como: Quem somos? Quem nos atrevemos a ser? Qual coragem comanda nosso discurso e nossas ações?
Provavelmente nunca estaremos completamente livres das nossas hostilidades, mas, aos poucos, podemos tomar consciência da hospitalidade que recebemos dos outros e sentirmos gratidão pelos momentos em que nós conseguimos e tornarmo-nos mais sensíveis aos nossos movimentos interiores.
Dentro de nós podemos levar movimentos de paz, guerra, amor, paixão, tolerância. Talvez a tolerância seja o movimento mais complexo e mais nobre, porque é um exercício de alma. Para pensarmos na questão da tolerância precisamos pensar antes nas atitudes de respeito às pessoas, aos sentimentos e às diferenças. Questões assim auxiliam a pensar e reafirmar o humanismo preservado na cultura dos povos, na perspectiva de uma filosofia de paz, que conduz a repensar conceitos de guerra, de conflitos e de tolerância.
Momentos únicos de reflexão individual devem considerar todo o movimento da vida. A vida é um movimento que interage de forma consciente quando nos contagiamos pela alegria, pela fé, quando aproveitamos a mudança das estações, quando brincamos no parque com nossos filhos, quando agregamos pessoas às nossas vidas quando nos encontramos com Deus.
Pode fazer-se tudo se se tiver coragem, se se tiver desejo, se se acreditar no sucesso e se tivermos o movimento da vida em nós.
Estarmos bem com nós mesmos é um tipo de relação que requer um verdadeiro e profundo compromisso ético e humano, uma reflexão imensa, uma busca de fé um exercício de amor.
Cada queda no caminho de nossas vidas torna-se lição valiosa para nosso aprendizado e crescimento. A partir daí, passamos a entender que nada é por acaso e que tudo na vida tem um sentido. Entende-se então que a vida não é só o espaço de uma existência, mas sim, de vivências, e que nossas experiências se acumulam em prol de nossa perfeição. Estaremos sendo lapidados na medida em que deixarmos nossas angústias, fraquezas e apegos para traz.
Nesse momento os “Movimentos da Vida... Amor” tomam a cena eliminando a solidão a angústia que existe dentro de nós devolvendo a alegria, a paz e todos os sentimentos que elevam a alma.



Paula

quarta-feira, 7 de março de 2012

MULHER!! Para todas as Mulheres Maravilhosas.

Mais uma vez Dia Internacional da Mulher! Lembrança e homenagem às operárias de uma fábrica em Nova York, em 1857, que reivindicavam a redução de um horário de mais de 16 horas por dia de trabalho por 10 horas. Nas suas 16 horas recebiam menos de um terço do salário dos homens.
Corajosas, conscientes de seus direitos foram trancadas na fábrica e cerca de 130 mulheres morreram queimadas no incêndio que misteriosamente acometeu o local. Por esse e muitos outros motivos quem é mulher sabe muito bem que não é fácil ser mulher, principalmente nesse mundo moderno, globalizado. Muita coisa mudou nas décadas pós 1800 e a figura da mulher, hoje, destaca-se em todos os lugares, ainda não se ganha tão bem quantos os homens, mas com certeza a voz e a vez das mulheres são bem mais consideradas, suas vontades e visão de mundo bem mais respeitadas.
Mulheres de todas as raças de todos os temperamentos, sem elas nada seria possível ao mundo dos homens. Mulheres são poetisas, mulheres são dádivas de Deus, mulheres são companheiras de seus pares.
Mulher é tudo que se pode pensar de bom, não digo isso porque sou uma mulher, mas porque vivo ser mulher. Mulher é como o Universo que é puro movimento e esta sempre em constante renovação. Cora Coralina ensina, em sua poesia, como uma mulher renova sua vida e no seu poema diz assim “recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça”.
Você mulher que não se sente assim, que não se vê capaz de transformar, pare e pense, olhe bem ao seu redor, veja o que você já construiu, pergunte-se qual é seu propósito de vida? Ninguém pode avançar em direção ao novo se permanece obstruído, contaminado pelo velho e não se dá chance. Veja a mudança como um degrau a mais na escada que você sobe na vida. Ponha a fé na frente de tudo em sua vida. A mulher é mãe é Maria, portanto, é de Deus. A Ele ela tem que se retratar, Ele nunca se cansa, nem fica exausto, sua sabedoria é insondável, fortalece o cansado e dá vigor ao que está sem forças. Ele sempre dará forças a uma mulher. Peça a sua.
Voe alto como a águia, ela é a rainha do espaço, a campeã das alturas, a heroína dos vôos longínquos e para isso ela precisa ter asas grandes e fortes. Assim ela galga alturas excelsas, onde simplesmente ela abre suas asas fortes e, planando no ar, deixa que a força do vento a carregue.
Ser mulher é fazer a vida valer à pena, buscar caminhos, sonhos, até criá-los se necessários e como a vida não garante o que seremos ou o que teremos, essa parte é nossa. Se por algum motivo não estamos bem com qualquer coisa cabe a nós a renovação e a ousadia. Todas nós temos possibilidades de errar e de acertar na jornada da vida, necessitamos caminhar para aprendermos a colocar nossos dons naturais em treino repetidamente entre ensaios e erros. Isso nos leva ao acerto.
Aprecie os lugares por onde anda, aprecie as pessoas a sua volta, isso é saber aproveitar o momento presente. Deixe que sua vida seja uma maravilhosa aventura, faça ela da forma como você quiser que ela seja, crie um estilo que lhe dê mais felicidade
O tempo não espera ninguém. Faça você mesma o seu tempo, mude enquanto é tempo, pois se você não tomar a decisão, alguém em qualquer tempo, ou algum fato, ou circunstância, poderão manobrar o seu processo e efetuar mudanças e transformações na sua vida adversas à sua vontade.
Renove sua existência, ouse ser feliz! Isso só depende de você e quando seu coração disser para a sua coragem “vá”, vá mesmo, isso se chama ousadia.
Parabéns a todas as mulheres que aprendem com o passado, que criam seu futuro, que quebram barreiras, que crescem. Cria sua vida da melhor maneira possível e quando chegar aonde você quer e da melhor forma que quiser, sonhe de novo, comece de novo, isso é renovar e ousar.

Paula

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ação

Renovação e Ação.

A saúde é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma condição de bem-estar físico, psíquico e social. A promoção da saúde depende das condições de habitação, lazer, salário, água, esgoto e uma série de outros requisitos e ações. No Brasil, esse problema está relacionado a um desenvolvimento urbano equivocado e ao problema da distribuição de renda, que é uma das piores do mundo. Esta realidade é diariamente comprovada pelas filas dos ambulatórios e hospitais públicos nas quais se acotovelam os que precisam de cuidados médicos. Entendemos as políticas públicas como sendo o conjunto das diretrizes e referenciais ético-legais adotados pelo Estado para fazer frente a um problema que a sociedade lhe apresenta, em outras palavras políticas públicas é o serviço que o Estado oferece diante de uma necessidade vivida ou manifestada pela sociedade.
A igreja católica entra agora na Quaresma, ou seja, o período reservado para reflexão e conversão espiritual. O católico deve se aproximar mais de Deus desejando um crescimento espiritual, fazendo uma comparação entre sua vida e a mensagem cristã expressas nos evangelhos. Temos assim um recomeço um crescimento espiritual e pessoal. O cristão deve intensificar a pratica dos princípios básicos de fé tencionando ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem ao próximo. Dentro de toda essa perspectiva a Igreja Católica anuncia a Campanha da fraternidade. A campanha da fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda aos cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige participação de todos.
Nesse ano, o Tema é “Fraternidade e Saúde Pública”, com isso não quer dizer que a Igreja vai sair por ai receitando medicamentos e modificando os sistemas de saúde, que existem e nem sempre são compatíveis com as necessidades da nossa sociedade, principalmente a carente, ou que vá fazer as vezes das politicas públicas. O objetivo é trabalhando, agindo segundo proposta do evangelho, disseminar o conceito do bem viver para pratica de hábitos saudáveis, esclarecer e orientar sobre a realidade da saúde pública no Brasil, qualificar as comunidades para acompanhar as ações da gestão pública.
A cura de qualquer doença começa, com certeza, primeiramente no âmbito espiritual, por isso, cristãos e voluntários têm uma missão importante nessa campanha, levar de imediato e primordialmente o remédio da alma.
Na história do Brasil temos os Jesuítas que com a chegada deles, além da intenção de catequizar, trouxeram o conhecimento científico, os estudos, a pesquisa. Além de trabalharem incansavelmente na difusão da fé cristã, os jesuítas foram uma grande âncora da saúde na colônia, atestada pela vastíssima documentação das correspondências que mantiveram com seus irmãos em Portugal e no Brasil. Alguns chegavam aqui já formados em medicina, porém a maioria aprendeu a atuar na informalidade aprendendo a prática com Jose de Anchieta, João Gonçalves ou Gregório Serrão.
Responsáveis pelo inicio de uma jornada social sem fim, os Jesuítas deram o ponta pé inicial nas questões de pesquisa e saúde, com a fundação das Universidades Pontifícias. Logo que nossa sociedade se organizou politicamente a saúde passou a ser direito do cidadão e dever do Estado que criou as políticas públicas para gerir possíveis problemas, como já explicado no início do texto. Hoje, século XXI, a igreja entra em luta pela cura espiritual, pela superação das barreiras sociais, pelo processo de cura interior daqueles que confiam Nele. Afinal Ele ilumina a vida humana, os sofrimentos, e lá da sua cruz “ilumina o encontro do profissional da saúde com o doente, pois aponta para a esperança da transformação completa: um novo céu e uma nova Terra”.
Que a saúde se difunda sobre a Terra (cf. Eclo 38,8).

Paula

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Paciencia e Perseverança

Perseverança e Paciência uma única coisa.

Infelizmente, muitas das vezes, não temos paciência. Queremos tanto que nos vejam, nos ouçam, nos compreendam, mas não temos paciência no trânsito, com nossos filhos que são crianças, nossos pais que são velhinhos, com nosso próximo.
Nossa vida é atribulada, cheia de ansiedades, às vezes embarcamos no mesmo barco que o resto do mundo entrou, acostumamo-nos com a rapidez da tecnologia e não sabemos mais esperar. Outro dia me peguei a reclamar porque liguei o computador e ele levou certo tempo a carregar. Fiquei incomodada achando que o tempo que ele levou para carregar os programas e abrir eu já teria entrado no meu e-mail, escrito a mensagem e ido fazer outra coisa. Sem falar nas coisas das quais facilmente desistimos quando estas não ocorrem no tempo e do jeito em que gostaríamos que acontecesse e acabamos por perder o que antes desejávamos. Na cultura ocidental, o homem se tornou um ser inquieto, prepotente enquanto que a mulher mantida mais à parte pôde acumular, sem querer, um tesouro de paciência. Talvez seja nesse sentido que se devem compreender as misteriosas palavras de Catarina de Sena: “A paciência vence sempre. Ela não será nunca derrotada e será sempre mulher”.
A vida é feita de espera, tudo tem o seu tempo os dias, as noites, as estações do ano, a gestação de um ser, de um pensamento, de uma idéia. Em qualquer sala de espera podemos pensar na própria vida, em como mudá-la para melhor, recordar um amigo que não se vê há muito tempo, alguma alegria que ficou perdida no passado. O tempo de espera pode transformar-se em algo útil. Saber esperar é sinônimo de saber viver. Alguém, no futuro, estará nos esperando e perguntará o que fizemos de nossas vidas, o que buscamos o que realizamos. O pior de tudo é que com Deus as coisas não são diferentes, pois agimos como crianças mimadas e exigimos Dele uma resposta imediata Temos que esperar em Deus e ter a convicção que vamos alcançar o melhor de Deus em nossas vidas não olhando para trás, mas sempre avante com perseverança e fé, pois se a espera é grande é que o que há de ser cumprido é maior que o tempo esperado. Como em Hebreus 6.15 “E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.” A paciência inteligente contrapõe-se à espera passiva. Esperar por esperar não tem nenhum sentido. É sempre possível realizar algo útil enquanto se espera. Continuemos pacientemente perseverando dia após dia, crendo na vitória no Senhor Jesus e pela fé desfrutando de tudo o que o Senhor conquistou lá na cruz para mim e para você!
Paula

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Profissão e Vida

Profissão e vida apenas uma questão de visão...

Olá caro leitor, voltamos à ativa, mais um ano de pensamentos, reflexões. Comecei 2012 falando para meus professores que precisamos ter uma visão total das disciplinas, a interdisciplinaridade, por isso a visão Cartesiana esta fora de questão. Precisamos ter uma visão sistêmica o que Edgar Morin chama de Teoria da Complexidade e não é só na escola que devemos ter essa visão, devemos tê-la também na nossa vida, no nosso dia a dia.
Imagine que a vida é um papel em branco. Cada momento vivido deixa uma marca nesse papel. É uma história sendo escrita. Uma biografia.
Agora, imagine que você pudesse ler o capítulo final antes de saber toda a história. Se esse capítulo fosse de acordo com os seus sonhos você poderia saborear a história sem receio e sem restrições. Mas e se esse epílogo não fosse um espelho de seus desejos? E se você percebesse que o resultado de uma vida saiu muito diferente das aspirações do início da jornada? Se lhe dessem a chance de saber o final da história e você pudesse escrevê-la diferente para ter outro final, que história de vida você escreveria?
A visão sistêmica nada mais é do que perceber o movimento integrado entre o ambiente, nossas decisões e nosso futuro. "A intuição é apenas um sintoma de nossa capacidade de perceber com antecedência as conseqüências futuras"
Escrever a própria história é utilizar com sabedoria a visão sistêmica. Ao invés de estarmos focados no problema presente ou em nossa própria aflição, devemos ter uma visão do conjunto de ações que nos conduziram a esse desfecho. É apenas assim que podemos gerar soluções eficazes.
Não há como resolver um problema vivendo no mesmo ambiente mental que o gerou. É necessário rever o processo todo, e determinar novas atitudes a partir da identificação da decisão que nos levou àquele resultado indesejado. Quando nossa atenção está voltada para uma parcela isolada de nossa vida, não conseguimos perceber o sistema dinâmico que conduz nossa existência. Assim acabamos por esperar do governo, do mercado ou da família uma solução que só depende de nós.
Pensar em sistemas e não em fases é uma maneira completa de corrigir rumos e planejar o sucesso. Temos que quebrar determinados paradigmas que nos colocam o mundo como a soma de uma infinidade de partes.
Diferente do que nos fizeram acreditar, o mundo não está separado em países, cidades, bairros e famílias. Assim também o tempo não é dividido em horas, minutos e segundos. E a vida não pode ser dividida em passado, presente e futuro.
Tudo isso são apenas convenções que criamos para buscar compreender algo que deve simplesmente ser experimentado. O mundo, o tempo e a vida são um fluxo ininterrupto de ações que são ao mesmo tempo causa e consequência.
O exercício da visão sistêmica nos permite abrir os canais para decisões adequadas, que são a intuição, a sensibilidade, a emoção e a razão. É do uso equilibrado de cada uma dessas habilidades que podemos eleger atitudes e ações compatíveis com nossos propósitos de vida e carreira.
Criar o fluxo certo, se lançar às ondas da prosperidade e da realização, viver a vida que se deseja.
Tudo isso está ao alcance de quem consegue ver além da muralha limitante da própria existência. "Não há como resolver um problema vivendo no mesmo ambiente mental que o gerou."
Perceber a si mesmo como membro de uma rede interligada de indivíduos é agir sistemicamente. Quem acredita que o universo gira ao seu redor, perde uma infinidade de oportunidades de receber luz de outros que brilham, e refletir luz ao seu redor.
Como no xadrez, para ser vitorioso no jogo da vida, é preciso pensar vários lances à frente e conhecer todas as jogadas feitas em outras partidas.
Assim tem-se o melhor movimento, mexe-se apenas uma pequena peça, mas isso pode mudar toda a história do jogo.

Paula