segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Planeta e nós. A maioria das invenções do ser humano está diretamente ligada ao conforto e praticidade do dia a dia, o uso da sacolinhas de plástico nos supermercados é uma prova disso. Com a proibição do uso dessas sacolinhas, nesses estabelecimentos, gerou-se uma revolução por parte dos clientes. A invenção da sacolinha data de 1862 e no Brasil o uso dela foi a partir da década de 1980, contribuindo para a filosofia do “tudo descartável”. O problema é que esse material foi colocado em uso sem nenhuma pesquisa mais profunda de seu impacto, principalmente ambiental. Muito se perde na natureza com o uso dessas sacolinhas, pois é derivada de petróleo, substância não removível. Outro problema gravíssimo é a poluição dos mares por esse tipo de lixo, que confundem principalmente as tartarugas marinhas que acabam ingerindo essas sacolinhas e morrem por obstrução do aparelho digestivo. Quem quiser conferir pode visitar o Projeto Tamar. A proibição gerou muita confusão em nossa cidade e em todo o Brasil. Tem muita gente indignada com essa história, tem muita gente perdida, sem saber como agir. Em nosso pais as medidas de lei nem sempre são eficazes para seu funcionamento, principalmente porque muitas atitudes e medidas são tomadas do dia para a noite e sempre tentando beneficiar uma minoria. Na verdade o que vale é a consciência de Planeta, o bem estar e a ética. E por falar em ética, palavrinha difícil de ser definida e muito pouco usada, semana passada fui ao mercado, um de grande rede, fazer uma compra pequena, entrei, procurei as cestinhas e não achei. Dirigi-me ao caixa e perguntei ao funcionário onde estariam as cestinhas. A resposta pasmem caros leitores, foi “está nas casas dos clientes”. Não entendi e pedi explicação ao funcionário, a explicação é que os clientes, na falta da sacolinha de plástico, acharam-se no direito de levar as cestinhas embora. Nossa, fiquei sem ação. Bem sabemos que as sacolinhas nunca saíram de graça, aliás, nada sai de graça, está tudo embutido no preço das mercadorias, mas daí a se apropriar de um objeto do estabelecimento, já é um pouco demais. Não acham? A idéia de Helio Mattar, diretor do Instituto Akatu, que promove o consumo responsável, é genial, ele disse em uma entrevista à Revista Época, que é preciso orientar as pessoas “Quem faz compra para o mês inteiro não vai levar um monte de sacolas de pano para o mercado.” Para ele e Lucia Legan o legal mesmo é que, usem-se caixas de papelão e as bolsas de pano devem ser uma oportunidade de negócio, assim as bolsas de panos ou reutilizáveis se bonitas ainda podem levar o logotipo apara passear, ou ainda a idéia de que cada consumidor possa confeccionar a sua bolsa própria e ali expressar alguma coisa. Muitas são as opções de substituição das sacolinhas de plástico. É preciso consciência, é preciso educar, é preciso ter de fato um direcionamento para o Planeta. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado, o equivalente a sessenta centavos a unidade. O Código de Defesa do Consumidor não obriga os estabelecimentos comerciais a oferecerem meios para o transporte das compras. A sacolinha era oferecida por uma opção dos próprios supermercados. A única exigência que o Procon fez aos supermercados, em relação ao assunto, foi sobre o valor da sacolinha, que antes era cobrado do consumidor e hoje deixará de existir, resultando na redução de preço dos produtos. Sobre a redução, os próprios empresários do ramo já afirmaram que essa diminuição não será sentida diretamente pelos consumidores, por conta do baixo valor das sacolinhas. Diante de toda essa polêmica o bom mesmo é fazermos um exame de consciência, pensar realmente no que compramos e para quê compramos. Será que tudo que você está comprando será utilizado ou boa parte irá estragar e ir para o lixo? Você precisa mesmo do que está comprando ou foi a propaganda que lhe disse para comprar? Quanto menos compras, menos saquinhos serão utilizados e melhor ainda ficará as suas finanças. Assim lucro para todos principalmente para nosso Planeta. Paula

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