quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sociedade e Educação

Sociedade e Educação


Sabemos que há uma intrínseca relação entre sociedade e educação, e o momento que atravessamos em nossa sociedade pós-moderna é de uma ciência e tecnologia que abrem à intervenção nos segredos da vida na qual o tema da ética é de novo de imensa atualidade. A educação por sua vez, está relacionada a este contexto como estimuladora desta nova consciência. O pós-modernismo institui questionamentos aos quais temos que responder com nossa prática educacional, sendo assim o pós-modernismo ataca crenças liberais e socialistas e nos apresenta um desafio educacional a resolver.
A avaliação educacional hoje é objeto de intensos debates, canaliza a atenção de diversos profissionais da educação e pessoas de nossa sociedade. Quando pensamos num conceito de avaliação, sejamos nós gestores, pais, alunos, o pensamento geral é notas, testes, provas, exames, aprovação ou reprovação. Estamos acostumados a avaliar no sentido de mensurar e selecionar vemos a avaliação como um instrumento de controle com finalidade de classificar alunos em aptos e não aptos a passarem de ano.
Uma das tarefas da educação hoje é ajudar os estudantes a entender o seu mundo, do específico ao amplo, partindo da leitura para a síntese. Para a pesquisadora em avaliação da PUC-SP Mere Abramowicz: a avaliação constitui uma janela por onde se vislumbra toda a educação Quando indagamos a quem ela beneficia, a quem interessa, questionamos o ensino que privilegia. Quando você se pergunta como quer avaliar, desvela sua concepção de escola, de conhecimento, de homem, de sociedade (2001,p.132).
Sendo assim confirma-se a que a concepção de avaliação está intimamente ligada à concepção do conhecimento que acaba por determinar o fazer pedagógico do professor. Percebemos que o processo ensino aprendizagem não se limita apenas ao momento de planejar, executar e avaliar. Quando o professor seleciona o conteúdo da disciplina, quando decide o método e procedimentos, quando enfrenta as dificuldades de aprendizagem de seus alunos está pressupondo algumas questões epistemológicas. Para Mizukami em seu livro: ”Ensaios e abordagens do processo”, afirma que teorias epistemológicas condicionam as concepções de mundo, de homem, de sociedade, de cultura, de educação, de escola, de metodologia, de ensino, tudo isso são os elementos básicos para o professor.
Em síntese: “as escolhas que fazemos, quer acerca do qual conteúdo priorizar, qual método utilizar para desenvolver as atividades de ensino e aprendizagem, qual instrumento de avaliação utilizar, não são neutros, sempre estão imbuídos por determinadas concepções epistemológicas que traduzidas didaticamente, fazem avançar, retardar ou até impedir o processo de construção do conhecimento” (Paixão 2010).
A concepção de avaliação está inserida numa concepção que a determina, isto é na concepção de educação, e esta por sua vez, sofre reflexo da realidade social, política e econômica do contexto que pertence. A educação deve corresponder às necessidades e possibilidades dos homens de uma época, sendo hoje necessária uma educação inclusiva que agrupe a todos no mesmo direito à humanidade e acesso às conquistas intelectuais passadas através das escolas, presenciais ou virtuais.

Paula

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Limites????

A Família, a Escola e a TV

No século XIX a família desempenhava sua função de educar a qual os estudiosos chamam de função primária. Era sua função orientar, decidir pelas crianças, resguardá-las das atrocidades do mundo, criar modelos de atitudes corretas, enfim a família dava o primeiro passo na formação do futuro cidadão. Depois disso vinha a escola que desempenhava sua função também educadora chamada secundária fundada em seqüencialidade e hierarquia.
A proposta de educação, no século XIX, pelo Estado, tinha como finalidade a formação do cidadão que teve um caráter inovador baseado em: a) fundamento b) unidade c) finalidade. Conflitos sociais, políticos e econômicos acabaram por gerar um déficit na socialização e a nação e a democracia tornaram-se incapazes de gerar propostas educacionais. Assim as Instituições responsáveis pela educação foram atingidas (escola, igreja, família). Na verdade, o resultado bombástico dessa crise foi a perda da eficácia dos valores transmitidos e normas culturais de coesão social pela família e pela escola.
Os problemas hoje detectados pela diminuição do poder da socialização primária foram famílias com pais que têm uma conduta menos autoritária, a criança está a cada dia mais cedo fazendo suas escolhas, não há modelos preexistentes para a vida cotidiana, a imagem do mundo esta menos segura e mais instável.
Novos agentes de socialização então foram eleitos, como os meios de comunicação em massa e principalmente a TV. A TV não foi projetada como entidade encarregada da formação moral e cultural das pessoas, do contrário seu projeto supõe que essa formação já esteja adquirida.
A TV preconiza o desaparecimento da infância porque revela a sexualidade, a violência e a incapacidade do adulto para dirigir o mundo. A criança está só diante das mensagens que recebe sem a ajuda de um adulto para interpretá-las. Não há ninguém para estabelecer barreiras, transmitir segurança, definir um modelo para as futuras gerações.
O efeito da TV é pior que a violência que ela veicula porque a criança vê o mundo como ele é. Antigamente o acesso a essas informações só aconteciam sob o domínio do código da leitura e da escrita e as coisas iam sendo gradativamente reveladas às crianças conforme as fases da vida.
Hoje a informação adulta chega à criança, a TV não discrimina momentos ou seqüências na difusão da informação. Ver TV não requer habilidade nenhuma, ver TV não desenvolve habilidade nenhuma. A TV não diferencia a criança do adulto e acaba por infantilizar os adultos. Essas relações afetam a família e principalmente a escola, pois a TV enfraquece a curiosidade das crianças e a autoridade dos adultos. Chegam às escolas alunos cada vez mais diferentes que não conseguem aprender conteúdos de um modelo único ou diante da violência condutas com drogas e marginalidade e há aqueles que optam pela indiferença e menor dedicação de esforços ao trabalho escolar.
Paula

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Busca Fundamental

A busca fundamental

Surpreenda-se com a vida que Deus pode lhe proporcionar. Para nos lembrar do caráter provedor de Deus Davi nos lembra de que todo nosso sustento vem do Pai, a segunda frase do Salmo 23 diz assim: “Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me às águas tranquilas”. O autor, que havia sido pastor de ovelhas, traçando as devidas comparações, descreve o método com o qual os pastores sustentam as ovelhas: O rebanho é levado a um pasto farto com alimento e água para aquele momento. Nenhuma ovelha se preocupa em guardar o capim e a água para o dia seguinte, porque elas sabem que no dia seguinte o pastor as levará a outro pasto que terá alimento suficiente para aquele dia. A função do pastor é essa: Prover diariamente as necessidades básicas do rebanho. A função das ovelhas é seguir.
A Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou em 19 de julho de 2011 uma resolução que reconhece a busca pela felicidade como "um objetivo humano fundamental" e convidou os estados-membros a promover políticas públicas que incluam a importância da felicidade e do bem-estar em sua aposta pelo desenvolvimento.
Na verdade o que é a felicidade? Qual a necessidade que cada ser humano tem diariamente? Guardar, acumular riquezas, comidas, roupas, há séculos que é assim. O desejo pelas coisas nos torna ansiosos, impacientes. Essas atitudes geram doenças em nosso século como insônia, ansiedade, obesidade entre outras.
Então o que fazer? Não devemos ter conta bancária, uma poupança para dias de dificuldades? Uma reserva sempre é uma atitude prudente, o que Deus condena é a ganância, o amor pelo dinheiro, e a acumulação de bens desnecessários, esses valores todos estamos sujeitos a perdê-los. E quando os perdemos entramos em desespero, porque não acreditamos na providência Divina e travamos lutas, dia e noite para recuperá-los, perdemos a medida. Nossa ambição afeta nosso corpo assim não fixamos os olhos no coração e afetamos toda nossa vida, nossa saúde.
Perdemos a paciência, ficamos ansiosos demais pelo que podemos ter, tratamos a vida como uma grande piada. O cantor Lenine em sua música Paciência diz “Será que é tempo que lhe falta para perceber? Será que temos esse tempo para perder? E quem quer saber? A vida é tão rara a vida não pára”.
A vida não pára, então o que deve ser a nossa prioridade? Comida, bebida, roupa, carro moto, casa? Todas essas coisas devem vir no lugar certo assim e só assim seremos curados de nossas insônias, ansiedades, obesidades e tantas outras doenças e transtornos.
O que deve ser prioridade em nossas vidas todo filho de Deus sabe, mas nem todos praticam. Devemos buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo mais nos será acrescentado.

Paula

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Vestibular


Vestibular


O vestibular é um fenômeno não tão novo, mas tem gerado muitos debates sobre sua importância para o desenvolvimento escolar de nossos alunos, pois ele é um processo intrínseco no seu cotidiano.
Exames preparatórios para cursos superiores existem no Brasil desde 1808. A partir de 1837 apenas alunos das escolas de elite poderiam fazer esses cursos. Em 1911 foi criada uma lei que obrigava a existência de um exame para o ingresso nos cursos superiores. Em 1915 as provas passaram a ser chamadas de vestibular, de acordo com o decreto n.11530. Nesta época a prova era dividida em duas etapas: uma escrita e uma oral. Permaneceu com esta estrutura até 1964, com a criação da Fundação Carlos Chagas as provas ganharam questões de múltipla escolha, e a correção passou a ser computadorizada nas universidades paulistas. A Faculdade de Medicina da USP foi pioneira neste processo.
Estar preparado para o vestibular não significa simplesmente que se encerrou uma etapa de vida, mas sim que houve resultado de uma longa trajetória na qual esteve presente esse objetivo. Essa dinâmica inicia-se muito cedo, logo no ensino fundamental II onde se começa a trilhar um caminho de articulações e diálogos entre os dois níveis de ensino. Tudo isso é uma questão de responsabilidade, pois de acordo com a LDB e Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio: A Educação Básica deve se preocupar em dar uma formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer meios para o prosseguimento no trabalho e nos estudos posteriores. O currículo do Ensino Médio deverá estar voltado para competências básicas, de caráter geral, dentre as quais é decisiva a capacidade de “aprender a aprender”.
Por lei a função do Ensino Médio é responsabilizar-se por essa preparação, assim seu conteúdo fica à mercê das Universidades, já que são elas que decidem o que deve cair no vestibular e os elaboram. Conteúdos extensos, cheios de informações muitas das vezes inadequados à faixa etária dos alunos. Por isso faz-se necessário um trabalho direcionado, da escola, desde o nível fundamental II até o Ensino Médio, para desenvolvimento de uma sequência de saberes eficazes e eficientes que contribuam para a aprovação do aluno no concurso vestibular.
Outra coisa importante é a escolha da profissão, alguns têm em mente o que pretendem outros nem desconfiam qual profissão querem seguir. Não é uma decisão fácil, mas a escola pode ajudar e deve ajudar com algumas atitudes de levar até os alunos informações constantes sobre profissões, não só no que diz respeito à mesma, mas, como está o mercado de trabalho, a faixa salarial para o profissional que a exerce, o campo de atuação profissional. Adquirir conhecimento sobre as diversas profissões e acima de tudo maturidade, apesar de ela ser uma questão pessoal, pode ser o grande diferencial para esse aluno fazer a escolha certa.
Foi noticiada, no mês passado, a aprovação dos alunos do 2ª série do ensino Médio de Goiânia, após conseguirem a pontuação necessária para a aprovação no vestibular, assim mais de 50 estudantes com o ensino médio incompleto matricularam-se na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. No mesmo período mais de 470 candidatos foram convocados a fazerem matrícula na Universidade de São Paulo, mas não puderam efetuar a inscrição por não terem completado o Ensino Médio, tudo é muito confuso, pois a Lei de Diretrizes e Bases diz que o acesso aos níveis superiores se dá conforme a capacidade do aluno; o Ministério da Educação afirma que todo estudante deve cumprir os 200 dias letivos durante os três anos de Ensino Médio, para estar apto a prosseguir para o ensino superior.
Enquanto essa discussão vai longe o que importa mesmo é cumprir essa etapa em uma escola que prepare efetivamente o aluno para os processos de admissão nas Instituições de Ensino Superior, que seja capaz de fazê-lo projetar o seu futuro pensando o que deseja ser lá na frente, aonde quer chegar, afinal o curso superior é apenas um meio para se chegar ao futuro.
Paula