quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal....

Amar faz bem, até porque é Natal.

Bom chegar a essa época do ano finalizando muitas etapas de vida, etapas contadas segundo o calendário dos humanos. Bondade, ternura, amor, são a tônica do pensamento das pessoas nessa época que já é de quase Natal.
Na verdade esses sentimentos deveriam povoar o coração das pessoas o ano todo. Cada um deveria ter seu eterno Natal interior, já que fatos felizes e tristes percorrem nossa estrada durante os 365 dias do calendário humano e não só no final do ano.
Infelizmente nem sempre o ser humano é dotado de bons sentimentos e durante sua caminhada esses sentimentos tornam-se obstáculos e o pior deles é a inveja. A inveja é o mais dissimulado dos sentimentos humanos, não só por ser o mais desprezível, mas porque se compõe, em essência, de um conflito insolúvel entre a aversão a si mesmo e o anseio da auto valorização. A inveja mata. Matou Otelo, “Otelo, o Mouro de Veneza” de Shakespare, a obra traz temas variados como racismo, amor, ciúme, traição e inveja e apesar de escrita por volta do ano de 1603, os temas continuam a desempenhar relevante papel para os dias de hoje.
O único invejoso assumido na literatura universal é Diderot de Dostoiéviski em “O Homem do Subterrâneo”, porém só a admitia porque era convicto de que ninguém o iria ler.
Os maus sentimentos causam um vazio no coração, tornam-se o buraco negro da inveja espiritual tão profundo quanto o abismo do inferno.
Bom mesmo é quando se consegue vivenciar os bons sentimentos da vida que são amizade, amor, cumplicidade, respeito, fé entre outros. Alguma vez você já se perguntou por que Deus nos deu a Bíblia? Foi exatamente para pontuar os bons sentimentos, para fortalecer e edificar nossa crença. Ali está o modelo de conduta e ler a bíblia não deve ser um ato mecânico como passar os olhos e sair correndo para as coisas do mundo. É preciso tê-la como alimento, tornar-se um leitor sistemático, isso faz nascer em cada um o Natal interior permanente.
No decorrer do nosso dia a dia encontramos com pessoas que nos socorrem e pessoas que dissimulam, encontramos pessoas com as quais percebemos que temos afinidades e desejamos tê-la ao nosso lado incondicionalmente. São pessoas que surgem e que evidenciam o Natal interior de cada um, que nos levam a novas e alegres realidades tomando-nos de um incomensurável poder que governa o Universo, com leis justas, onde tudo é possível. Cada um de nós deve procurar relacionar-se com o máximo de pessoas que despertem esse Natal interior. Procure você também uma pessoa assim que leia a linguagem do amor a qual deve ser lida e redescoberta infinitas vezes. Sendo assim amar faz bem, eu já encontrei a minha pessoa que aprendeu essa linguagem, que sabe que ainda não leu nada e há muito a ler, reler e descobrir, até porque é Natal.

Paula

sábado, 11 de dezembro de 2010

IdealX Real

Real X Ideal

Podemos dizer que a história da humanidade é como um conjunto de peças teatrais nas quais cada pessoa representa papéis que muitas outras também representam em algum outro lugar ou já representaram em um passado distante.
O ser humano é sempre levado a idealizar tudo que deseja para si em sua vida, seja socialmente ou de maneira particular. Quando isso acontece ele ativa seu cérebro que age de forma a selecionar, seqüenciar fatos ou fatores a serem executados através de ações que determinem o pensamento desejado.
Encontramos pessoas, no passado, como o inglês Willian Shakspare e até no nosso presente como o dramaturgo Nelson Rodrigues, que fizeram e refizeram a vida humana e social de maneira esplendorosa, através da representação do real ou através da apresentação do ideal.
Estamos sempre procurando em nossas idéias maneiras de conduzir nossas atitudes da melhor maneira possível e numa grande maioria dessas vezes tentamos nos proteger de percalços, assim tentamos organizar as coisas de maneira que aconteçam passo a passo, momento a momento. Tudo deve acontecer dentro de uma previsão.
De onde vêm todas as idéias que ativam o estoque ilimitado de fantasias e idealizações, em nossas mentes, com uma variedade infinita?
Segundo Locke todas as idéias derivam da sensação ou reflexão e ele atribui toda essa fruição de idéias à nossa experiência.
Nossas experiências nos levam a bons e maus momentos. Podemos confiná-las em nosso cérebro para sempre ou retomá-las sempre que quisermos. Nossas experiências dão sentido a nossas vidas, nos impulsionam a procurar novos caminhos a trilhar outra história, a mudar radicalmente de vida ou a retomar algum momento de nossas vidas, perdido num passado distante ou próximo.
O grande problema da idealização de nossas idéias é a decepção, porque na prática o ideal não funciona. Não há uma sequência lógica no dia a dia, no contexto social que atuamos, não há muitas vezes espaço para o ideal frente a tantas falhas do contexto real, frente a tantas falhas do próprio ser humano.
E o que dizer da fatalidade, da vontade Divina? Fatores presentes 24 horas na vida dos seres humanos.
Estamos envolvidos nisso tudo, num todo girando para alguma direção na qual às vezes somos arremessados sem piedade sem explicação.
A mitologia Grega conta que as Moiras dirigem o movimento das esferas celestes, a harmonia do mundo e a sorte dos mortais. Elas presidem o destino, tecem os fios do destino humano, põem o fio no fuso e cortam o fio que impiedosamente mede a vida de cada mortal.
Percebemos assim que não estamos todo o tempo no comando, que o ideal mesmo é viver o real, apreciar o presente, construir o futuro, conviver com o todo, valorizar o próximo, restituir laços, criar hábitos.
Bons hábitos devem ser instituídos, o hábito do respeito da vida, da compreensão, do amor a fim de que nossa experiência seja útil e nos leve a esperar no futuro.

Paula

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mulheres....

Mulheres Vencedoras

Há bons motivos para comemorar e boas razões para refletir diante de números divulgados, cerca de 6,9 milhões de mulheres estão à frente de seus próprios negócios no Brasil, de acordo com pesquisa divulgada, pelo Sebrae. A presença da mulher no mundo dos negócios aumenta nas pequenas e grandes empresas e nos mais diversos ramos de atividades, do cooperativismo, onde ainda há muito a conquistar, ao setor de franquias.
Dado curioso da pesquisa: enquanto os homens abrem seu próprio negócio pensando na rentabilidade, as mulheres buscam unir lucro com o prazer de fazer o que gostam.
O resultado traduz, além do espírito empreendedor, o espírito de independência da mulher. A maioria quer ter sua renda e estar à frente das decisões, mesmo que, às vezes, tenha de cumprir dupla jornada, no comando de seu negócio e na administração da casa.
Motivo de reflexão é o fato de 42% das mulheres consultadas terem optado por negócios próprios por falta de postos de trabalho. Em outras palavras, foram à luta e não ficaram esperando a tão sonhada expansão da economia e a geração de mais empregos.
Um exemplo de onde as mulheres ainda têm um longo caminho a percorrer e amplas oportunidades de mostrar sua força é o cooperativismo. De acordo com levantamento da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a participação de dirigentes mulheres está limitada a 18%, contra 85% de dirigentes homens (1% das cooperativas não entrou no levantamento). Em relação ao quadro de cooperados, a participação feminina é de 29% e a masculina, de 67%. Já no quadro de empregados de cooperativas, 40% são mulheres e 60%, homens.
O cooperativismo também está, cada vez mais, se transformando em alternativa aos índices de desemprego e perda de renda em todo país.
Outro problema grave é a queda de renda do brasileiro, de acordo com levantamento feito pela Secretaria da Prefeitura de São Paulo, com base em números do IBGE referentes a 2009. Constatou-se que 29,3 milhões de trabalhadores fazem horas extras, 6 milhões de aposentados continuam na ativa e 3,8 milhões de pessoas têm mais de um emprego. Na cooperativa, vale enfatizar, a renda é maior porque os encargos são menores.
A vida é feita de momentos, atitudes, escolhas e as pessoas não vencem ou perdem, na vida, por obra do destino, mas como conseqüência de suas próprias ações, bem ou mal planejadas. De acordo com crenças, valores, conceitos, preconceitos, informações (corretas ou não) podemos aceitar ou recusar as oportunidades, os estímulos que a vida nos oferece para vencer ou perder.
A nós, mulheres, cabe lutar para conquistar cada vez mais espaços, mesmo que, ao lado de nossos negócios, de nosso trabalho, tenhamos que dar conta de nossas responsabilidades com a família, com os filhos. Mas essa é outra história.

Paula

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Risco do Amor

O Risco do Amor é a Separação.

Não sei por que parei, para repensar a vida, entender o significado do significado da vida que todo mundo procura.
Lembrei-me do amor, uma complexidade, uma subjetividade nata à condição humana que os poetas cantam em versos sofredores e alegres, com rimas pobres e ricas em duetos e sonetos.
E os filósofos? Esses nem se fala!!!
Divagam pelos labirintos da mente, do saber, de tempos recuados da humanidade.
O mito de Eros, cupido para os romanos, em sua história apaixona-se por Psique e submete-se às mais difíceis provas e sentimentos, encontrando-se com a Inquietude e a Tristeza. Finalmente Zeus, atendendo aos apelos de Eros, liberta-o desses sofrimentos.
Segundo Sócrates “O amor é o desejo, em primeiro lugar, de alguma coisa; em segundo só de coisas que estejam faltando”. O amor “é capaz de desabrochar e viver, morrer e ressuscitar no mesmo dia. Come e bebe, dá e se derrama, sem nunca estar rico ou pobre.”
O risco de amar é a separação, até porque amar significa procurar o outro que nos completa, mais que isso, é o reconhecimento do outro, já que uma relação amorosa se fundamenta na reciprocidade, amar é desejar o desejo do outro.
Quando uma pessoa ama, de verdade, ela sai de si, é um exercício, uma conquista, uma construção da maturidade de sua identidade.
Será sempre um caminho de construção e reconstrução, de vínculos de espontaneidade.
O amor, se imaturo é exclusivista, possessivo, egoísta, dominador.
Respeito é a chave dourada dos corações enamorados é a capacidade de ver a pessoa como tal, reconhecendo sua individualidade singular. Assim se cresce individualmente. O amor maduro é livre e generoso.
Quando existe perda ela é sentida de forma intensa nesse momento. A pessoa precisa de um tempo para se reestruturar, pois mesmo quando consegue manter sua individualidade, “o tecido do seu ser passa inevitavelmente pelo ser do outro”. Há um período de luto a ser superado e quando superado, então, é buscado novo equilíbrio.
Voltei a lembrar-me de passagens de minha vida a fim de classificar as imperfeições de meus passos e percebi que, olhando no olho do meu rosto havia um mundo empobrecido não só nas relações entre duas pessoas, mas também um afrouxamento dos laços familiares, nos valores do mundo dos seres.
O mundo em que vivemos talvez seja um mundo de aparências, mas esse também é o mundo da atração do reencontro, da exaltação. E estamos plenamente imersos nele com nossos sofrimentos, felicidades e amores. Não experimentá-lo é evitar o sofrimento, mas também o gozo.
Segundo Tão-Te-Ching “a infelicidade caminha lado a lado com a felicidade; a felicidade dorme ao pé da infelicidade”.
Assim o grande risco do amor é a separação. Quem passa por isso sabe muito bem como é, mas deve saber também que ainda há muitas coisas boas por vir. É só esperar que tudo tem sua hora.

Paula

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Familia, Escola e TV

A Família, a Escola e a TV

No século XIX a família desempenhava sua função de educar a qual os estudiosos chamam de função primária. Era sua função orientar, decidir pelas crianças, resguardá-las das atrocidades do mundo, criar modelos de atitudes corretas, enfim a família dava o primeiro passo na formação do futuro cidadão. Depois disso vinha a escola que desempenhava sua função também educadora chamada secundária fundada em seqüencialidade e hierarquia.
A proposta de educação, no século XIX, pelo Estado, tinha como finalidade a formação do cidadão que teve um caráter inovador baseado em: a)fundamento b) unidade c) finalidade. Conflitos sociais, políticos e econômicos acabaram por gerar um déficit na socialização e a nação e a democracia tornaram-se incapazes de gerar propostas educacionais. Assim as Instituições responsáveis pela educação foram atingidas (escola, igreja, família).Na verdade, o resultado bombástico dessa crise foi a perda da eficácia dos valores transmitidos e normas culturais de coesão social pela família e pela escola.
Os problemas hoje detectados pela diminuição do poder da socialização primária foram famílias com pais que têm uma conduta menos autoritária, a criança está a cada dia mais cedo fazendo suas escolhas, não há modelos preexistentes para a vida cotidiana, a imagem do mundo esta menos segura e mais instável.
Novos agentes de socialização então foram eleitos, como os meios de comunicação em massa e principalmente a TV. A TV não foi projetada como entidade encarregada da formação moral e cultural das pessoas, do contrário seu projeto supõe que essa formação já esteja adquirida.
A TV preconiza o desaparecimento da infância porque revela a sexualidade, a violência e a incapacidade do adulto para dirigir o mundo. A criança está só diante das mensagens que recebe sem a ajuda de um adulto para interpretá-las. Não há ninguém para estabelecer barreiras, transmitir segurança, definir um modelo para as futuras gerações.
O efeito da TV é pior que a violência que ela veicula porque a criança vê o mundo como ele é. Antigamente o acesso a essas informações só aconteciam sob o domínio do código da leitura e da escrita e as coisas iam sendo gradativamente reveladas às crianças conforme as fases da vida.
Hoje a informação adulta chega à criança, a TV não discrimina momentos ou seqüências na difusão da informação. Ver TV não requer habilidade nenhuma, ver TV não desenvolve habilidade nenhuma. A TV não diferencia a criança do adulto e acaba por infantilizar os adultos. Essas relações afetam a família e principalmente a escola, pois a TV enfraquece a curiosidade das crianças e a autoridade dos adultos. Chegam às escolas alunos cada vez mais diferentes que não conseguem aprender conteúdos de um modelo único ou diante da violência condutas com drogas e marginalidade e há aqueles que optam pela indiferença e menor dedicação de esforços ao trabalho escolar.
Paula

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eleições

Passagens da vida.
Todo mundo caminha, nessa vida, para algum lugar ou a procura de algum lugar. Moisés andou pelo deserto 40 anos acreditando na terra prometida. Muito se passou depois disso e todos continuam caminhando, procurando, seguindo.
Seguir é tentar encontrar alguma coisa que realmente traga significado para nós. Quando o mundo se organizou em sociedade elegeu algumas figuras que representassem os desejos e necessidades de muitos e a partir daí eleitos ou não por nós nos espelhamos neles. Colocamos neles nossos sonhos, nossas fraquezas, vimos essas pessoas como salvadoras portadoras de uma boa nova.
Confiamos e precisamos disso para viver, amamos, apostamos, acreditamos. Muitas vezes nos decepcionamos, olhamos para trás e percebemos que erramos. Mas isso não desanima os seres, eles continuam à procura, seguem um Deus, uma imagem, uma palavra. Alguns preferem seguir um perfume um sorriso....
Acreditamos que uma força realmente grande faz parte de nós e que somos poderosos, nessa hora somos capazes de virar o jogo de buscar o impossível de alcançar o infinito. Ser humano é assim é ser esse ser misto de medo e coragem, poder e fragilidade, credibilidade e incredulidade.
Acreditar numa nação num futuro, enxergar o mundo como uma aldeia global, uma Terra de todos. Ano que vem toma posse a primeira presidenta do Brasil. Uma mulher, representante de um todo. Muitos acreditam que uma Deusa. Ela é apenas uma mulher, que acredita num sonho, que vê o mundo com os mesmos olhos daqueles que procuram o caminho, que atravessam o deserto em busca da terra prometida, que esperam uma chance para todos se encontrarem num abraço amigo.
Assim quando eu ou você acreditamos e buscamos algo é porque temos a certeza que necessitamos da essência da vida. Precisamos buscar, apostar, acreditar, esperar, encontrar, caminhar, voltar, amar...
Temos a força, temos a fé, temos o coração, temos o juízo, e assim nos guiamos. Cada um buscando o seu caminho, trilhando a sua estrada, escrevendo a sua vida apostando na chegada. E quando os seres se juntam em força, em fé, em amor o infinito atinge o limiar do finito e a caminhada se transforma em encontros e possibilidades. Sentimos-nos mais fortes ainda, conquistamos todos os espaços da Terra, do Infinito e a vida passa a ser um ponto de partida para o encontro do caminho que tanto buscamos.
É assim no amor, na irmandade, na vida da humanidade. Tomara que Dilma possa mirar o céu, as estrelas e alcançar a mais longe das estradas, que tenho certeza, é o caminho do seu desejo.

Paula

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Valores

Valores para viver e amar

Cantado em músicas e recitado em versos ou usado como produto e marca de camisetas o amor mexe com a mente e o coração das pessoas.
Inúmeros filósofos foram à busca de respostas e compreensão a cerca da origem do amor.
O amor como fenômeno humano caracteriza-se na relação com os demais, na convivência direcionando o sujeito a fugir da solidão e do individualismo, para pertencer à vida do outro, participar de suas conquistas e derrotas. Há diversos tipos de amor, são eles o amor próprio, amor de si, amor familiar, amor a Deus, amor a primeira vista, amor possessivo/passional, amor oblativo.
Para os gregos paixão, que vem do substantivo pathos, sofrer por algo, angustiar-se, permitir ser conduzido. Do latim, passione, sentimento forte capaz de suplantar a racionalidade.
Quando amamos tudo que enxergamos e acreditamos ser importante tomam na nossa vida, proporções significativas.
Muitas das vezes a partir de nosso ponto de vista, valoramos pessoas, pontuamos situações e tudo nos parece muito convincente porque fazemos uma imagem do real que vivenciamos.
Para outros essa mesma situação tem outra dimensão, é outra “fotografia”, porque o outro não está em nós, não vivencia nossas emoções, conflitos, necessidades.
Então, para gerenciar toda essa situação confusa e esclarecer os pontos igualmente para todos, precisamos buscar dentro de nós nossos ideais, nossos ensinamentos, nosso Deus, extrair a essência do amor, perceber que amar é valorizar, crescer, desejar ser e agir, dividir, multiplicar e subtrair só se for para adicionar outros valores positivos.
Por isso amar é poder se espelhar no outro para refletir a imagem gerada por esse outro para que tantos outros possam copiá-la, divulgá-la.
Se você conseguiu enxergar seus valores dessa forma poderá compartilhá-los com os outros e quando conseguimos que os outros percebam nossa visão de valores é porque eles estão corretos, são verdadeiros existem e coexistem, agem e reagem com o todo do universo.
Ao passo que quando só nós mesmos conseguimos enxergar nossos valores e mais ninguém consegue é sinal que eles estão equivocados, são egocêntricos, não são bons, não valem à pena, e descobrimos tarde, muito tarde que viver e amar não são coisas inventadas pelo homem para passar os dias, as horas.
Viver e amar são coisas únicas que existem na alma e só são percebidas quando deixamos um pouco de “perfume” no caminho que traçamos.


Paula

A Procura da Batida Perfeita

“A Procura da Batida Prefeita”
Nesse artigo vou falar um pouco do jovem do séc.XXI, que está no seu melhor momento de vida e descobre muitas formas de se relacionar consigo e com outros desde a descoberta de seu corpo, suas emoções, desejos e expectativas para o futuro.
Tudo isso é muito bom, mas também é tempo de entender que tudo que ele sabe, sabe, pois, é fruto de uma sociedade que já existia antes dele e ela o permitiu ser quem é.
A música de Marcelo D2 “A Procura da Batida Perfeita” nos faz pensar nesse jovem do séc. XXI que é um ser histórico são indivíduos que estudantes ou não são interligados por caminhos diversos.
A letra nos relata uma sociedade em que pessoas possuem características próprias herdadas de outras pessoas. Pessoas que partem de um universo social que em algum momento lhe trouxe referências do que é ser um homem. Diz a música:
“Iate em Botafogo, Apartamento em Ipanema
Uma vida de bacana se eu entrasse pro esquema”
Nesse caso a socialização desses indivíduos ocorreu com base nos conhecimentos produzidos por seus antepassados ou sua própria geração. Sabemos que não é necessária a contínua convivência com outros seres humanos para que alguém se caracterize como ser social, mas simplesmente a reprodução de comportamento daqueles que lhe são iguais.
Jovens, de uma mesma sociedade, fazem suas escolhas e trilham caminhos diferentes, pois o processo de socialização é a aquisição de maneiras de agir, pensar e sentir próprias dos grupos ou da sociedade em que o indivíduo vive.
Diz a música:
“Solto na Babilônia
E lá procurar a paz
Perderam o manual
E agora como faz?”
Certamente jovens vivem de diferentes formas numa mesma sociedade, ainda convivemos com a falta de bons projetos sociais de boas políticas públicas, com a falta de prioridade de assuntos com relação à saúde e à educação. Nossos jovens sofrem muito mais influências de diferentes culturas do que há 50 anos, já que dispomos do avanço tecnológico que lhe permite contato com outros países e seus costumes. Ainda assim o fator decisivo no seu comportamento nas suas escolhas se faz por meio da troca de idéias, sentimentos e comportamentos com pessoas presentes no seu dia a dia. Assim somos objetos e sujeitos de uma mesma sociedade.
Diz a música:
“É o meu som que mostra muito bem o que eu sou
Onde cresci onde ando onde fica aonde vou”
Como disse Paulo Freire, “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, midiatizadas pelo mundo”.
O jovem do séc. XXI tem que saber que “a batida perfeita” é a busca do conhecimento. Ele é uma possibilidade de inovação se estiver inserido de forma crítica na sociedade e não apenas como um receptor passivo de informação, assim tudo será diferente e melhor.
Serem conhecedores dos fatos que os rodeiam lhes permite transformar a informação em conhecimento e assim serem pessoas que realmente fazem a diferença na sociedade.
Para tanto nossos jovens não estão prontos sozinhos, precisam ser provocados, desafiados, colocados em crise. A escola do séc.XXI tem a obrigação de dar a direção a esses jovens e de ter a sensibilidade necessária para ver além do óbvio e da superficialidade que o cotidiano impõe.
Diz a música:
“Proteja a raiz para que tenha bons frutos
.................................................................
Sei meu lugar no mundo
Há coisas que o dinheiro não paga
Cê sabe como é
Tipo eu e minha preta só num role.”
Paula

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tecnologias

Tecnologias no Resgate do Chile
Os seres humanos foram capazes de criar instrumentos tecnológicos avançados de comunicação. A comunicação parece ser um ato simples, porém durante seu desenvolvimento, muitos conflitos podem interferir nele, cujos fatores desencadeantes se fundamentam na distorção comunicacional.
A comunicação quando bem empregada auxilia o ser humano em inúmeras situações. A relação do homem com os meios de comunicação em massa variam de contexto para contexto. Os recursos midiáticos têm sido utilizados para transmitir informações, imagens, a um grande número de pessoas, os meios empregados são a televisão, o rádio, os jornais, as revistas, a internet.
Estudioso em mídia eletrônica Marshall Mc Luhan (1911-1980) desenvolveu o termo aldeia global, apontando a integração entre países através da quebra das fronteiras, também se referiu às tecnologias comunicacionais, responsáveis por boa parte do avanço global. A mídia eletrônica permite que as pessoas espalhadas pelo mundo inteiro assistam ao desenrolar dos principais eventos, e por isso participem juntas desses acontecimentos (GIDDENS, 2005).
Dentro de uma realidade moderna a t.v e a internet nos oferecem outra forma de conhecer os fatos reais e reinterpretar a própria realidade. Semana passada, assistimos ao resgate dos mineiros soterrados no Chile. Soterrados desde cinco de agosto os mineiros mantiveram comunicação com equipes de resgate por duas linhas de comunicação, uma para passagem de alimentos e outra para passagem de um fio telefônico. Todo esse tempo o fator comunicação, de maneira geral foi determinante para a sobrevivência e espera do resgate.
Assim como aconteceu com a nave espacial Apolo XI,quando chegou à Lua em 1969, a descida da Fênix II ao fundo da mina foi acompanhada, ao vivo, por milhões de espectadores, em todo o mundo, pela t.v e internet.
A Fênix II foi construída pela Marinha Chilena a pedido do governo. O nome da cápsula foi escolhido pelas autoridades chilenas em alusão ao mito da ave Fênix que renasceu das cinzas. A tecnologia mais uma vez a favor do ser humano superou um sentimento coletivo de medo, de ameaça de morte. Galões de oxigênio, monitoramento dos sinais vitais, medidores de saturação de oxigênio, rádio para comunicação e outras ferramentas.Foram essas as “parafernálias” utilizadas pelos homens para salvar outros homens.
Assim como a Fênix, os homens renasceram das cinzas numa torcida organizada em todo o globo terrestre.
A comunicação e as tecnologias fazem parte do processo dinâmico da sociedade atual. Elas ocupam um único espaço e tempo, propiciando mudanças rápidas em várias partes do mundo. Elas são uma consequência da revolução industrial e do desenvolvimento tecnológico, ou seja, a própria modernidade.
Paula

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Professor!

Professor: Um Cidadão Digitalmente Incluído?

A cultura do séc.XXI está intimamente ligada à idéia de interatividade, de interconexão diversa e crescente, tudo isso se deve à questão da expansão das tecnologias digitais.
As TIC ganharam espaço na sociedade, na economia, no trabalho industrial, no lazer, nas casas, estão assim presentes em forma maciça no cotidiano da sociedade.
Todavia a presença das TIC, nos processos educacionais, ainda não ganhou seu espaço merecido.
Nas escolas as TIC devem adequar-se às necessidades dos projetos políticos pedagógicos de cada unidade, colocando-se a serviço de seus objetivos e nunca os determinando. Portanto o computador pode sim dar contribuições relevantes às aulas, mas tudo depende de como se faz o uso das TIC.
Esbarramos ai com o despreparo pedagógico do professor. Para Philippe Perronoud (2000), “o ofício do professor está se transformando: trabalho em equipe e por projetos, responsabilidades crescentes, pedagogias diferenciadas, centralização sobre os dispositivos e práticas inovadoras são algumas competências emergentes, que deveriam orientar as formações iniciais e contínuas do professor reflexivo.”
Perrenoud ainda elenca 10 grandes famílias de competências que devem ser desenvolvidas pelo novo profissional. O desafio não é simples ao professor porque além da inclusão dessas competências é preciso preparar os alunos para trabalharem com um universo tecnológico. É útil lembrar Seymour Papert, em “A Máquina da Criança”, onde uma professora de informática se sentia cada vez mais ultrapassada pelo ritmo das crianças e numa aula foi confrontada por uma pergunta que não sabia responder e sequer entendia, então fez um novo pacto com os alunos. Ela passaria a orientá-los nas suas aquisições das capacidades da informática e deixaria de ser uma repassadora de conteúdos.
Assim corrobora Moran (2006) “o educador continua sendo importante, não como informador nem como repetidor de informações prontas, mas como mediador e organizador de processos”.
Não podemos esquecer que o professor, assim como qualquer indivíduo, é um ser histórico e traz consigo influências de sua geração e de paradigmas filosóficos-ceintíficos que norteiam suas epistemologias. Portanto, para toda prática e ação há um paradigma norteador.
Historicamente, no final do séc. XIX e todo o séc. XX, a ciência foi regida pelo paradigma cartesiano-newtoniano introduzido por Galileu Galilei e posteriormente expandido por Descartes, firmado no pensamento positivista, no culto ao intelecto, na formação técnica buscando o conhecimento através da razão e de experimentação. O paradigma cartesiano-newtoniano gerou uma revolução tecnológica propiciando produção e desenvolvimento na sociedade e impregnou-se na educação através de uma visão fragmentada e racional do saber. Assim as conseqüências desses pressupostos em sala de aula foram em forma da reprodução do conhecimento, na memorização do conteúdo, de temas fracionados. A ética, solidariedade, sensibilidade, respeito mútuo e singularidade foram esquecidos pela sociedade e principalmente dos ambientes educacionais em detrimento aos conhecimentos técnicos e especializados.
Nesse contexto a educação no Brasil se estabeleceu através de uma prática conservadora caracterizada por três abordagens: tradicional, escolanovista e tecnicista embora em épocas diferentes todas têm como característica fundamental a reprodução do conhecimento.
A mudança no paradigma científico, através das contribuições da física quântica, química, da biologia e da matemática, iniciada com Lamarck, final séc.XIX, depois por Max Planck (1900), Einsten (1905) e mais recentemente Prigogine(1986), Moraes(1997) e Capra(1998) traz em resumo, o conceito de pensamento sistêmico, visão não linear, o mundo como uma rede, a inter relações, o universo como uma teia, a idéia de movimento, de totalidade, de espontaneidade, de criatividade.
Para definir um novo paradigma educacional compatível com as mudanças da sociedade do séc.XXI e com o uso das TIC na educação, Behrens (1998) propõe uma aliança entre três abordagens: holística, progressista e o ensino com pesquisa, a qual foi chamada como paradigma emergente e paradigma inovador e atualmente chamada de paradigma da complexidade.
Contudo não basta, hoje, trabalhar com propostas de modernização da educação, é preciso repensar a dinâmica do conhecimento às novas funções do educador deste processo. (DOWBOR)
Não é apenas a técnica de ensino que muda incorporando as tecnologias. È a própria concepção de ensino que tem que repensar seus caminhos.
O uso de novas tecnologias poderá contribuir para novas práticas pedagógicas desde que esteja baseada em novas concepções do conhecimento de aluno, de professor, de metodologia e avaliação.
O professor deve então ser um cidadão digitalmente incluído. Há vários níveis de inclusão e graus de apropriações das TIC. Alguns acham que inclusão digital pressupõe colocar computadores à frente dos alunos e ensiná-los a utilizar programas ou até apenas passar slides no projetor e fazer uma leitura de imagens.
Para Lévy (2006) “está destinada ao fracasso toda e qualquer análise da informatização que esteja fundada sobre uma pretensa essência dos computadores”.
Há muitas possibilidades de uso e integração das TIC no âmbito educacional e mais especificamente em sala de aula, mas nem todas as possibilidades são aproveitadas porque podem ainda estar invisíveis aos olhos do professor.
As TIC são importantes apenas se soubermos utilizá-las e assim as TIC sem a educação, conhecimento e sabedoria que permitam o seu real aproveitamento levam-nos apenas a fazer mais rápido e em maior escala os mesmos erros.
Sem o conhecimento e organização social correspondente, construímos uma modernidade com “pés de barro”, um luxo de fachada que não engana mais ninguém.
A práxis educativa, pela sua natureza multidisciplinar, exige estarmos abertos às novas contribuições teóricas ao processo ensino-aprendizagem, sejam elas oriundas da pedagogia, sociologia ou da inteligência artificial.

Paula

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

È de jovens talentos.....

É de jovens talentos que o Brasil precisa!


Há tempos atrás o maior desafio de nosso país era o fim da inflação. Vencemos e logo em seguida precisamos reencontrar meios para o crescimento econômico e resgatar a dívida social.
Hoje o Brasil está crescendo e desejamos que seja a longo prazo, precisamos atentar, agora, para as deficiências estruturais que ocasionaram o apagão em 2001 e o apagão aéreo em 2007. Mas nenhum problema é mais premente que a falta da mão de obra.
Tomemos por exemplo a Petrobrás, maior empresa do país, não falta matéria prima nem investimentos, faltam “jovens talentos”, afirma José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa.
Os números do Ministério da Educação explicam essa dificuldade. Cerca de 35 milhões de crianças e adolescentes passaram pelo ensino fundamental na última década. Entre os que cursam o ensino médio, o número cai para nove milhões. Os 25 milhões que ficaram para trás são, muitas vezes, analfabetos funcionais. Num mundo informatizado, mecanizado em que tarefas simples são feitas por máquinas.
A educação deve ser máxima em todos os seus níveis, porém muitas das dificuldades como já foi dito, estão ligadas ao nível fundamental que são ler, escrever e as quatro operações. O ensino fundamental é uma etapa de preparação importantíssima, para chegar-se, finalmente, ao Ensino Superior.
No Ensino superior nasce um dos mais importantes indicadores do quanto nosso país está preparado para o futuro, pois ele é o responsável pelo aparecimento de pesquisadores. As Instituições devem suscitar em seus estudantes valores sociais, o interesse pela pesquisa, o senso critico, o senso reflexivo, que os leve a pensar de maneira contextualizada e abrangente para que possam agir na sociedade que estão inseridos, transformando-a para melhor e auxiliando na resolução de problemas e no desenvolvimento da nação. Tudo isso já é assegurado pelo artigo de nº 43 da L.D.B (Lei de Diretrizes e Bases).
Ter um ensino fundamental efetivamente de formação solida para que os alunos sejam inseridos, mais tarde, no Ensino Superior como sujeitos do processo ensino aprendizagem amparado pela integração ensino, pesquisa e novos ambientes de aprendizagem, é imprescindível para que o Brasil alcance o patamar dos países desenvolvidos
Por isso, a educação é nosso maior desafio, é ela que vai definir nos próximos anos o sucesso do país, porém o caminho é árduo e demorado, já que um ser humano leva em média 25 anos para se formar. O que fazer então? Não podemos esperar pelos profissionais de 2033.
A solução é treinar já os jovens com formação deficiente que chegam ao mercado de trabalho e adequar a formação profissional às necessidades da sociedade.
O conhecimento será a ponte para construirmos um país mais desenvolvido e com qualidade profissional.
Paula

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Jovens

Os jovens são livres ou determinados?
Nem sempre agimos conforme nossas vontades. Não podemos voar, correr na velocidade do som, porque temos limitações. Essas são limitações naturais, mas existem outras criadas pela sociedade. O filosofo francês Hippolyte Taine (1828-1893) chamava a atenção, já no século XIX, para o fato de sermos herdeiros diretos de uma raça, de um meio físico e cultural e do tempo histórico.
As leis culturais existem e devemos conviver com elas através da inteligência, da criatividade. O ser humano aproveitou desafios e determinismos das leis naturais para criar maneiras de viver e desenvolveu objetos que aumentaram seu poder de ação como automóvel, avião, máquina.
Isso faz o ser humano sentir-se mais auto determinado, com segurança, sentir-se livre por ser capaz de pensar e decidir por si mesmo dentro de uma sociedade. Com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a palavra liberdade deixou de significar apenas cumprimento de leis e ganhou status de direito do cidadão.
O cidadão deve exercer todas as suas capacidades inclusive a de escolher entre diferentes opções possíveis para resolver um problema. Nesse sentido é importante chamar a atenção para o processo ensino aprendizagem, responsável direto pelo desenvolvimento da capacidade de escolher, de estimular a criatividade, de possibilitar um pensar que propicie uma vida digna ao cidadão.
Jacques Delors (1988) coordenador do “Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o séc.XXI”, no livro Educação: um tesouro a descobrir, aponta como principal conseqüência da sociedade do conhecimento, a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida e fundada em quatro pilares, pilares da formação continuada e do conhecimento.
Nossos jovens devem ser capazes de aprender a conhecer, aprender a fazer aprender a viver juntos, aprender a ser, aprender, aprender, aprender.
Ensinar a escolher constitui uma tarefa importante da educação, norteada por professores conscientes de que seus métodos estão realmente fundamentados em uma proposta cognitiva para uma educação direcionada ao aprender.
Sem dúvida, a educação é uma âncora para a construção da identidade de nossos jovens.
Paula

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Preconceito e Discriminação...

Preconceito e discriminação.
Trato aqui de uma prévia noção do que se estabelece sobre determinadas situações ou indivíduos de concepções antecipadas que condizem com o etnocentrismo de cada grupo social. Normalmente não o percebemos em nós mesmos, em relação a alguma coisa. Já com relação à discriminação é bastante expressiva e revela a rejeição de algo ou alguém.
Tanto no preconceito quanto na discriminação se identificam comportamentos racistas. Esses indivíduos se visualizam acima dos outros acreditando haver uma hierarquia entre raças superiores e inferiores. Na história tivemos os nazistas, na Alemanha, a comunidade Ku Klux Klan, nos Estados Unidos, com o objetivo de eliminar os negros da sociedade. Outra forma de preconceito são os estereótipos, que caracterizam grupos ou indivíduos conforme sua vestimenta, corte de cabelo, adereços no corpo, maquiagem, etc. As pessoas fazem uma rotulagem, um prejulgamento. As tribos urbanas são bom exemplo disso, pois despertam na população olhares que nem sempre são de admiração, mas de opiniões preconcebidas sobre o caráter de quem usa, por exemplo, piercing. Reforça-se muito a idéia de que pessoas bem vestidas não são suspeitas de praticar crime, fato que contradiz as experiências do dia-a-dia.
Há uma grande dificuldade no ser humano em tolerar a diferença, proporcionando imenso prejuízo nas relações sociais, seja na convivência diária, na freqüência a lugares públicos, seja no acesso à cidadania.Sabe-se que o preconceito e a discriminação podem atuar profundamente na vida das pessoas, impedindo-as de tornarem-se cidadãs. Nossa sociedade precisa equiparar as condições de oportunidades aos indivíduos, de modo a diminuir a distância entre as classes sociais.
Procurar entender o que acontece desenvolver o pensamento crítico, refletir. Cabe muito à escola trazer isso para o seu aluno. Sabemos que as oportunidades são diferentes e muitas vezes, determinadas pelas condições econômicas ou raciais.
É exatamente nesse ponto que residem as características da discriminação: quando se impede um indivíduo de desenvolver suas potencialidades porque tem religião ou raça diferentes, padrão estético incomum ou, pouco acesso a bens culturais.
Assim o preconceito pode marcar qualquer grupo social. Somente a discussão aberta e a reflexão da sociedade e principalmente da escola é que podem libertar nosso povo dessa mazela cultural.
Paula

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Avaliação

AVALIAÇÃO

O aluno é um avaliador do mundo quando amadurecido para buscar soluções. O que estamos fazendo para isso acontecer?
Uma das metas educacionais do séc.XXI é que o aluno seja capaz de exercer, através de seu conhecimento, sua capacidade de escolher entre diferentes opções possíveis para resolver um problema.
A formação ética torna-se então, um requisito central para a formação do cidadão. Formar um cidadão com responsabilidade implica em aprender e aceitar que temos uma história comum, valores comuns e um destino comum.
Para atingirmos essa meta educacional precisamos levar em consideração e reavaliar alguns pontos, já que estamos saindo de um processo educativo, onde os modelos pedagógicos e epistemológicos estão centrados na fala do professor, o que para Becker é denominado de pedagogia diretiva. O professor acredita que seu conhecimento pode ser transmitido para o aluno e essa é também uma visão empírica do conhecimento.
Esse comportamento nos retrata ao final da idade média, quando o modelo educativo idealizado pelos jesuítas se transforma em referência pedagógica. Eram aulas cujos objetivos eram manter a ordem da sala de aula e modelar a moral do estudante.
Como podemos formar um cidadão para atuar no séc.XXI e assim atingir a meta educacional desse século?
Precisamos ressignificar o processo de construção de conceitos pelo sujeito aprendente. Para Becker em uma pedagogia não diretiva o professor deve estar aberto ao diálogo em sala de aula, ao confronto de idéias, a criar situações que valorizem as experiências de alunos e os aproximem da realidade dando um verdadeiro significado à aprendizagem. Uma notícia de jornal, um filme, um clipe, podem ser os desencadeadores de idéias para contribuição com o processo de aprendizagem.
O estudante precisa antes de tudo de ser desafiado e só atividades práticas e equivalentes a sua realidade é que os levarão a construir pontes, que os obrigarão a envolverem-se em um esforço de compreensão e atuação.
O grande educador Paulo Freire compreendeu que a teoria é inútil sem a prática e segundo ele "ninguém educa ninguém. As pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo". Paulo Freire criou a pedagogia voltada para o diálogo, nos ensinou que temos que aprender com as experiências concretas e o seu grande projeto era: "FORMAR PARA TRANSFORMAR".
A meta educacional do séc. XXI é levar o indivíduo a produzir conhecimento, desenvolver valores e atitudes. O professor é o grande transformador dessa diretiva é ele quem conduz com sua epistemologia a grande nave para o nosso Planeta.
Para Morin, somos cidadãos Planetários e a educação do futuro deve ter como prioridades saberes que deverão estimular os educadores a "saírem do armário" e irem à luta para que as próximas gerações tenham garantia de um mundo belo e sustentável.
Paula

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Era do Conhecimento

Era do Conhecimento


Iniciamos um período de um aprendizado sem fronteiras. Essa nova forma de perceber e compreender a vida implica na compreensão do homem e do mundo de maneira diferente.
E quem é esse novo aprendiz?
Qualquer pessoa que está no mundo, um ser contextualizado, de relações e humanizado desde que esteja aberto a uma construção ativa de seu conhecimento.
Quando se fala de ações e práticas que constroem o conhecimento estamos incluindo nelas uma das fundamentações teóricas mais importantes do séc. XX que é o construtivismo piagetiano, ou a abordagem construcionista de Papert, inspirada e fundamentada no construtivismo de Piaget, sem se esquecer das teorias de Gardner e a pedagogia social de Palo Freire.
Para Moraes (1997,p.210)"o poder atual está na teia de relações representada pelo conjunto de informações e conhecimentos disponíveis".
É a era que prevalece o poder do indivíduo nos mais diferentes sistemas de comunicação e não só os tecnológicos mas também, os inter, intra e transpessoais.
Jack Welch, o 8º e mais jovem presidente da história da GE, ainda na década passada, objetivou torná-la a empresa mais competitiva do mundo. Ele sabia que transformar seu sonho em realidade exigiria nada menos que uma revolução. Seus princípios de liderança colocaram a GE em novos desafios como o desafio da inovação e assimilação de novas tecnologias propiciando a busca da informação de maneira global. Tudo isso incluiu também no contínuo investimento do capital humano promovendo assim, na empresa, uma onda de criatividade e participação em massa de seus colaboradores.
No livro Os Princípios de Liderança de Jack Welch, no capítulo "Elimine os limites", Welch aconselha:
"Mantenha os olhos e ouvidos bem abertos"
Acerca disso pretende alertar para uma das barreiras mais destrutivas que encontrou e que separavam os colaboradores uns dos outros. Ao envolver e escutar todo mundo, remove-se barreiras verticais e horizontais. Deve-se escutar em especial quem está mais perto do dia a dia do trabalho e dos clientes.
Para entrarmos definitivamente nessa era é preciso reciclar o conhecimento e os modos de organização da escola, considerando imprescindíveis questões como educação científica, questões socioambientais, as diversidades culturais e as tecnologias digitais, lembrando que cada ser humano é seu próprio agente de decisão e responsabilidade.

Paula

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bullyn

Bullying. Como lidar, na escola, com brincadeiras que machucam a alma?

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Ainda não existe um termo equivalente em português, mas alguns psicólogos estudiosos do assunto o denominam violência moral, vitimização ou maltrato entre pares, já que se trata de um fenômeno em grupo em que a agressão acontece entre iguais, no caso estudantes.

O bullying é um problema mundial, não estando restrito a nenhum tipo mais específico de instituição primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.



De que maneira os alunos se envolvem com o bullying? Quem são eles?

Estudos verificaram que existem diferentes maneiras de atuações sobre bulling com representações de papéis por cada aluno. Os chamados alvos são alunos que só sofrem o bullying; os alvos autores são os que ora sofrem, ora praticam o bullying; as testemunhas são os que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente que isso ocorre. Analisando mais de perto cada um deles podemos traçar-lhes um perfil ficando assim:

Os autores são comumente indivíduos que têm pouca empatia, frequentemente pertencem a famílias desestruturadas com pouco relacionamento afetivo entre os seus. Seus pais não exercem uma supervisão sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos um comportamento agressivo ou explosivo. Quando adulto essa criança terá grandes possibilidades de adotar comportamentos anti-sociais ou violentos, atitudes delinquentes e criminais.

Os alvos pertencem a grupos que são prejudicados, que não dispõem de recursos, status ou habilidades para reagir ou fazer cessar atos danosos contra si. Normalmente são pouco sociáveis, inseguros, não solicitam ajudas, têm baixa auto-estima, são indiferentes para os adultos sobre seu sofrimento.

Desencadeia-se assim em seu comportamento um baixo desempenho escolar, recusa a ir à escola sintomatizando, inclusive, doenças. Essas crianças trocam de colégio frequentemente ou abandonam os estudos podendo levá-las à depressão estrema e suicídio.

As testemunhas são representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem a próxima vítima. Gera-se nesses indivíduos um sentimento de impotência influenciando negativamente sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

Diversos pesquisadores em todo o mundo têm direcionado seus estudos para esse fenômeno que toma aspectos preocupantes, tanto pelo seu crescimento, quanto por atingir faixas etárias, cada vez mais baixas, relativas aos primeiros anos de escolaridade. Dados recentes apontam no sentido da sua disseminação por todas as classes sociais e uma tendência para um aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade, da infância à adolescência. Sendo assim responsáveis, escola, pais, todos devem ficar alertas, atentos.

Como pais podem perceber que a agressividade de seu filho é ou não bullying?

Algumas crianças passam por situações na vida que a deixam fragilizadas e em decorrência disso tornam-se agressivas, na escola, como por exemplo, o nascimento de um bebê na família, separação de pais, perda de parentes. No entanto tudo isso aos poucos vai passando e tudo volta ao normal. Há casos que crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas permanente. Parecem sempre estar provocando situações de briga e motivos existem para essas crianças se tornarem agressores crônicos, possíveis autores de bullying, são eles: Porque foram mal acostumadas e por isso esperam que todo mundo faça todas as suas vontades e atenda sempre às suas ordens.;Gostam de experimentar a sensação de poder ; Não se sentem bem com outras crianças, tendo dificuldade de relacionamento; Sentem-se inseguras e inadequadas; Sofrem intimidações ou são tratados como bodes expiatórios em suas casas; Já foram vítimas de algum tipo de abuso; São freqüentemente humilhadas pelos adultos; Vivem sob constante e intensa pressão para que tenham sucesso em suas atividades.
Essas crianças precisam de ajuda especializada e principalmente de pais que lhe imponham limites e regras.

Os envolvidos, meninos e meninas, como agem cada um?

Entre os meninos é mais fácil identificar um possível autor de bullying, pois suas ações são mais expansivas e agressivas. Eles chutam, gritam, empurram, batem. São os fortões, os temíveis. Já no universo feminino, o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofoquinhas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. As garotas raramente dizem por que fazem isso.

O bullying também pode ser praticado por meios eletrônicos. Mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulam por e-mails, sites, blogs, pages e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que a vítima não está cara a cara com o agressor, o que aumenta a crueldade dos comentários e ameaças.

E a escola, qual é o seu papel?

Na escola, quem mais sofre é sempre o que menos fala e por isso muitas vezes essa criança passa despercebida dos professores. Estar alerta, detectar e discutir imediatamente esse problema é o papel da escola. Assim diversas discussões entre os representantes da escola e professores devem gerar ações que envolvam pais, autoridades educacionais, funcionários e alunos, buscando definir com clareza o fenômeno e estabelecer diretrizes necessárias para o desenvolvimento de estratégias a serem executadas por todos.

Essas ações podem se dividir em etapas como, pesquisando a realidade (questionando os alunos sobre o assunto); parcerias (corpo docente, funcionários, pais, especialistas); formação de um grupo de trabalho (ações a serem priorizadas e táticas adotadas); ouvir opiniões (sugestões); definição de compromissos (grupo de trabalho); divulgar o tema (exposição do tema por cópias afixadas em diferentes lugares da escola); informação aos pais (reuniões sobre os objetivos).

A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre estudantes e na sociedade.

Paula

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ensino Técnico

Ensino Técnico e os desafios do mercado de trabalho.
O ensino Técnico, também enfrenta novos desafios nesse mundo globalizado. Necessitamos cada vez mais formar profissionais competentes, aptos a enfrentar esse novo mundo do trabalho e para isso precisamos direcionar o foco do ensino para o ensino por competências. O ensino por competências torna-se necessário a partir do momento em que vivenciamos rápidas mudanças no mercado de trabalho e há necessidade de exigir do profissional qualidade e eficiência no seu serviço.
Nessa situação o aluno é o agente, pois não adianta o estudante somente receber o conteúdo, ele tem de ter habilidades para resolver problemas, enfrentar os desafios do dia-a-dia, esse todo, na hora em que o aluno coloca em ação, melhora a disposição e ele enfrenta a situação proposta.
Analisando tudo isso não se pode deixar de considerar que uma parceria escola-empresa é fundamental, orientada por professores capacitados através de estágios. O professor deve trabalhar e desenvolver as competências para expor o melhor e alguns procedimentos pode vir a ajudar o desenvolvimento das competências, que são a valorização do pensamento divergente, a capacidade de desenvolver a comunicação, aprender a resolver os problemas, favorecer uma atitude de auto-avaliação e favorecer a oportunidade do diálogo entre fontes diversas.
Pode-se também trabalhar com uma pauta de valores, proposta por Ramos (Sala de Aula de Qualidade Total, 1995 p. 39 a 46) que engloba o amor, a verdade, o respeito, a responsabilidade, o compromisso e o comprometimento.
O professor é o grande responsável por conseguir fazer esse aluno corresponder a essa proposta tão necessária nesse mundo globalizado e ele deve ser capaz de despertar a consciência crítica do aluno através de sua epistemologia muito bem adequada e direcionada para esse propósito.
Outros pontos que devem ser desenvolvidos no aluno surgem da Comissão da Indústria, composto por cinco competências e uma base fundação, que proporcionam melhores condições de aprendizado, garantindo ao indivíduo uma melhoria na sua empregabilidade. As cinco competências seriam alocar recursos, habilidades interpessoais, informação, compreensão de sistemas, tecnologias. A base fundação seriam as habilidades básicas de escrever, ler, aritmética, falar e ouvir.
Percebemos com isso que as empresas estão buscando agregar valores aos seus investimentos, vinculando a aprendizagem a metas organizacionais.
O contexto atual do mundo do trabalho exige dos profissionais uma capacidade cada vez maior de aprendizagem, atualização, adaptação e flexibilidade, raciocínio crítico, visão estratégica, pesquisa, análise e solução de problemas, trabalho em equipe, iniciativa, autonomia dentre outras competências relacionadas à Educação Profissional e Fundamental.
O sucesso pessoal e profissional é apenas uma questão de competência. Num mundo de mudanças radicais é essencial, tanto à Instituição, quanto às pessoas que trabalham nela a idéia de estarem sempre juntas, focadas numa finalidade, que é a qualidade do produto a ser oferecido.
Paula

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Palmada

Palmada: Uma agressividade positiva.


O que entendemos por agressividade e violência?

Podemos separar as duas palavras e conceituá-las sob os aspectos positivos e negativos. A agressividade pode ser positiva ou negativa.

A positiva se traduz em forma de sobrevivência e expressão do ser humano. Nos primeiros anos de vida o indivíduo encontra-se limitado na maneira de comunicar-se sendo comuns reações baseadas em gritos, chutes, socos e birras, nesse caso a agressividade é uma relação com o mundo. Será negativa quando o indivíduo responder agressivamente às situações após a aquisição da fala e após ter havido aprendizagem na observação de atos agressivos.

Já a violência, podemos entender como a imposição de alguma força contra alguém, utilizando o poder da ameaça, intimidação, negligência, opressão, abuso físico, sexual e psicológico.

Atualmente, em nosso país, a pergunta que não quer calar é; Dar palmadas é manifestação de violência contra a criança?

Até o que se sabe dar palmadas nunca prejudicou ninguém, quantos de vocês leitores, não levaram palmadas de seus pais? Quantos não as deram em seus filhos?

Dar palmadas pode ser uma forma de agressividade, mas não é da forma negativa, como já foi definido no início do texto. O que ainda está confuso para as autoridades é que numa situação de agressividade intencional (palmada), possa não haver a vontade de machucar ou matar, ou seja, essa “agressividade” não significa que se queira destruir o “agredido”, mas sim que está ocorrendo uma manifestação comunicativa positiva.

As autoridades precisam refletir sim sobre o significado da agressividade negativa e a violência e admitirem que no caso de uma palmada não há intenção de lesar o outro. Bom mesmo seria se após refletirem sobre agressividade e violência, as autoridades efetivassem as leis (aliás, já está tudo na Declaração dos Direitos Humanos) que salvaguardam nossa identidade social. Falta segurança e sobra violência.

A segurança sempre foi um desejo do ser humano, a preocupação com ela perpassa pensamentos e projetos de vida de todos. A violência e a agressividade negativa estão em todo lugar, no motorista do carro que acelera quando uma pessoa atravessa a rua, no cidadão que empurra o outro dentro do ônibus, no descaso dos serviços públicos, nos maus tratos à natureza, no abandono do recém-nascido, na ausência de educação e carinho de alguns pais, nas agressões verbais no trânsito, no combate entre polícia e bandido, na competição por emprego, sem falar em assaltos, assassinatos, estupros, seqüestros, rebeliões etc.

Não há como negar nesse cenário que todos somos vítimas e reprodutores da violência e agressividade negativa nos ambientes por onde circulamos. Porém qual é efetivamente a causa disso tudo? Quem é responsável direta ou indiretamente por essas atitudes e comportamentos?

Estudos apontam como várias as causas dessas violências e agressividades negativas por parte das pessoas, são elas a ausência de políticas públicas efetivas no controle da segurança pública, despreparo dos policiais no combate ao crime, corrupção entre autoridades, carência de serviço público à comunidade, estrutura escolar deficitária, desestruturação familiar, ruptura dos valores humanos, desigualdade social, tráfico e uso de armas e drogas. Em nenhum estudo foi citado que a palmada fosse um fator gerador de violência para o ser e a sociedade. O que falta mesmo são propostas de leis e ações do governo que privilegiem a vida social. Ações estruturais e não apenas emergenciais.



Paula.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Religiao ou religiosidade????

Você se considera uma pessoa religiosa ou que possui religiosidade?


Provavelmente existam muito mais pessoas com religiosidade ou espiritualidade do que religiosos no mundo, pois religioso é quem assume determinada religião e a defende institucionalmente e ter religiosidade é próprio de qualquer ser humano que se relacione com uma religião ou com um o sagrado, característica que está se tornando mais comum entre os jovens. Esses jovens mantêm a religiosidade independente de seguir uma religião.

Muitos se mostram adeptos a crenças religiosas diferentes da religião que foram educados. Isso demonstra a realidade sincrética que vivemos no Brasil, principalmente aliada ao processo de democratização da escolha dos jovens, permitido pela nova educação dada pelos pais.

É certo que religião não se discute, porém é possível entender o significado das religiões e da busca constante do sentido pela vida do ser humano. Historicamente o ser humano se relaciona com a dimensão divina há milhares de anos, o que mudou foi apenas a forma de buscar esse contato. Alguns povos acreditam que a meditação em templos seja o mais adequado para estabelecer relações com o divino, outros povos realizam procissões, danças, rituais de sacrifício ou passagem, orações coletivas.

A sociologia explica que as sociedades têm uma relação entre o profano e o sagrado, estabelecendo crenças e comportamentos adequados aos locais correspondentes.

Para Durkheim toda religião tem como característica separar o mundo em coisas profanas e coisas sagradas. Assim para definir religião são necessários conceitos ligados ao sagrado, porque elas envolvem um conjunto de símbolos que invocam sentimentos de reverência ou temor e estão ligadas a rituais ou cerimônias dos quais participa uma comunidade de fiéis.

Verificam-se no mundo algumas religiões fundamentais para o surgimento de outras religiões. Elas estão cristalizadas na cultura dos homens, refletindo muito do comportamento em grupo e individual e da filosofia de vida deles. Algumas religiões foram primordiais para o desenvolvimento de outras crenças que se adequaram à realidade cultural de cada povo.

Foram elas o judaísmo (uma das mais antigas, obediente aos códigos morais, originou-se entre os hebreus); cristianismo ( judaísmo foi seu berço, fundada por Jesus Cristo, uma das religiões mais difundidas no mundo com várias ramificações: catolicismo romano, protestantismo); islamismo ( segunda maior religião do mundo, iniciou-se com o profeta Maomé, no séc. VII d.c); hinduísmo ( acredita na reencarnação, prega o sistema de castas, maior presença na Índia); budismo, ( acreditam não num ser superior mas em ideais éticos, vida disciplinada e focada na meditação, objetiva atingir o nirvana) ; confucionismo ( Confúcio não era líder religioso,mas um professor muito sábio, visa adequar a vida humana à harmonia da natureza), taoísmo ( Fundada por Lao-tzu, também professor tem como princípio base a meditação e a não violência).

Nosso país possui razoável variedade de crenças religiosas. Há algumas décadas podia-se dizer que era o país dos católicos, mas o crescimento do número de protestantes e pentecostais dividiu significativamente esse povo. Alguns estudiosos relatam que a miscigenação cultural brasileira propiciou a troca de religiões. É possível encontrar aqui indivíduos que seguem princípios católicos e estudam o espiritismo, além de procurarem benzedeiras (característico das regiões africanas). Os representantes das religiões pastores, padres, criticam esse comportamento porque sustentam a idéia da fidelidade a um único princípio. Entretanto a realidade brasileira se constitui dessa forma, especialmente na região do nordeste onde é costume haver a reunião de rituais afro descendentes com católicos como culto a Nossa Senhora dos Navegantes e a Iemanjá, festa do Nosso Senhor do Bonfim na qual se reza a missa e se faz a lavagem das escadas pelas mães-de-santo e filhas-de-santo.

Muitas são as ramificações em cada religião. O cristianismo se subdivide em igreja católica (Apostólica Romana, Apostólica Brasileira e Ortodoxa); igrejas evangélicas de missão (Batista, Adventista, Luterana, Presbiteriana, Metodista, Congregacional e outras); igrejas evangélicas de origem pentecostal (Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Universal do Reino de Deus, Evangelho Quadrangular, Deus é Amor, Maranata, Brasil para Cristo, Casa da Bênção, Nova Vida e outras) e outras religiões, também cristãs, são as Testemunhas de Jeová, Mórmons.

Num levantamento do Instituto Data Folha, na ocasião da visita do papa Bento XVI em 2007, apontou-se que há uma grande diversidade de religiões no Brasil, mas ainda com predomínio católico. Porém as estatísticas nem sempre revelam a verdade já que a diferença entre declarar ser e cumprir os mandamentos da religião citada é muito relativo.

Quanto aos nossos jovens, acredito que estejam buscando uma reconstrução das religiões e de seus templos com direcionamentos que adéquem aos seus gostos e preferências como o uso da música com ritmo de rock e Techno, aproximando a linguagem sagrada da compreensão da nova geração. Outra busca desses jovens é além de praticarem sua fé sentem a necessidade e o prazer de encontrar pessoas de sua idade e principalmente amigos. Essa idéia soma-se ao pensamento de Durkheim: a religião é uma forma de unir as pessoas.


Paula

terça-feira, 27 de julho de 2010

Missão de Vida...

DESCOBRINDO A APTIDÃO DE MISSÃO DE VIDA





Você tem um projeto de vida? O que você quer? Seus objetivos são claros? Você acredita em você? Você tem uma estratégia, um planejamento? Se você responder de imediato essas perguntas demonstrará que você está preparado para viver de maneira tranqüila e equilibrada. Mas se você não conseguir responder de imediato aí vão algumas dicas para você colocar em prática seus objetivos:

Aprender a ouvir;Elogiar;Ter atitudes positivas (acreditar na sua capacidade de resolver problemas);Humildade/ Respeito;Ter metas, visão do futuro (como você gostaria que fosse sua vida aos 80 anos?);Ter calma e paciência;Preocupar-se com pequenas coisas (o outro, um abraço, um perdão).

Sabemos que não existe nenhuma verdade pronta e que como seres sociais atuamos em diversas áreas, somos pais, educadores, orientadores, filhos, amigos, cônjuges, irmãos, etc. Isso nos torna responsável por inúmeras atitudes as quais tomamos, sempre pensando no melhor resultado.

Será que você seria capaz de listar atitudes que marcaram momentos importantes de sua vida, momentos de decisões e acertos? Para facilitar sua memória faça uma lista de atividades que você realizou durante o ano anterior, relembre as mais marcantes e questione-se: Em que acertei?Em que errei?Faltou visão de futuro, planejamento?

Quais foram as respostas que vieram à sua mente? Caso não tenham sido proativas proponha mudanças para os próximos seis meses, fundamentadas no seu balanço e reflita: O que vale a pena repetir?O que devo priorizar?Estabeleça metas a longo, curto e médio prazo.

As relações são um dos mais preciosos elementos para quem deseja e precisa alcançar resultados. Quem se relaciona está aberto para encontrar pessoas, conhecê-las, percebê-las, compreendê-las e também estará aberto para as oportunidades que aparecerão através de contatos.

Infelizmente, às vezes temos que conviver com pessoas que fazem do outro uma lata de lixo de suas neuroses. Esteja pronto para enfrentar pessoas assim, converse apenas o necessário, sem deixar de ser receptivo, desconsidere as críticas vindas dessa pessoa, concentre-se nos seus objetivos e metas, não responda às agressões verbais e não verbais declaradas e veladas. Não se deixe influenciar, seja mais você.

A vida é feita de momentos, atitudes, escolhas e as pessoas não vencem ou perdem, na vida, por obra do destino, mas como conseqüência de suas próprias ações, bem ou mal planejadas. De acordo com crenças, valores, conceitos, preconceitos, informações (corretas ou não) podemos aceitar ou recusar as oportunidades, os estímulos que a vida nos oferece para vencer ou perder. Por isso identifique-se.



VENCEDORES: Pessoas que não desistem diante dos obstáculos que a vida lhes oferece. As situações são todas utilizadas como aprendizagem, experiência, amadurecimento e crescimento.



NÃO VENCEDORES: Conformam-se com os empates, não ganham, nem perdem, são pessoas que conseguem certa posição e embora insatisfeitos não partem para o “algo mais”.



PERDEDORES: São aqueles que não estabeleceram metas, ou as estabeleceram mal. Está sempre se esquivando das responsabilidades dos resultados negativos de suas próprias ações. Atribui seus fracassos sempre a terceiros.



Mude agora, descubra hoje sua missão e aptidão de vida.

Paula

terça-feira, 13 de julho de 2010

Novas Tecnologias

E as tecnologias? No que auxiliam no processo ensino aprendizagem?

Retomando o assunto da semana passada no qual vimos a necessidade do uso das tecnologias de uma maneira “construtivista” vamos analisar sua eficácia no dia a dia da escola, na rotina do professor.
As tecnologias elas realmente auxiliam com eficácia o processo ensino aprendizagem?
Para validar essa interrogativa precisamos analisar e identificar alguns comportamentos metodológicos e histórico-sociais que comprometeram e comprometem, ainda hoje, seriamente o progresso do processo ensino aprendizagem o qual poderia ter nas novas tecnologias um aliado da aprendizagem.
Podemos identificar algumas razoes da não valorização do uso das novas tecnologias: como nos Cursos de formação de professores onde há a valorização do domínio do conteúdo com disciplinas dirigidas ao pedagógico tendo-as como “obrigatórias”; uma vez que o profissional não tem em sua dinâmica o uso de tecnologias seu aluno também não desenvolverá essa necessidade; professores até usam novas tecnologias, porem não têm método, conhecimento cientifico; comprometimento com o processo de aprendizagem, relacionamento aluno-professor, metodologia de trabalho e avaliação.
Nas décadas de 50 e 60, alguns outros fatores históricos, contribuíram para a desvalorização da tecnologia, na educação, por parte dos profissionais, que foram o uso de técnicas baseadas nas teorias comportamentais, pois privilegiavam a auto-aprendizagem, excessivo rigor e tecnicismo na construção de um plano de ensino. Determinavam métodos a serem seguidos pelos professores que geravam comportamentos esperados por parte dos alunos a partir desses métodos.
Atualmente, com um novo panorama histórico social, podemos voltar nossas idéias para a verificação da validade da tecnologia no processo educacional, com a intenção de buscar melhores recursos para a eficácia da aprendizagem, motivando o aluno a alcançar seus objetivos de interagir ate mesmo à distancia dando espaço a um novo olhar para a avaliação do processo, da relação professor e aluno contribuindo para a formação do cidadão.
E o professor? Ele tem um papel especial nesse leque de opções tecnológicas? Sabemos que ele é o sujeito do sucesso de toda essa dinâmica tecnológica.
O uso das novas tecnologias pressupõe um conhecimento integrado ao movimento, luz, som, imagem com uma lista enorme de ações como cursos à distancia, listas de discussões, e-mails, e-groups, pessoas em contato fora dos horários de aula facilitando a troca de informações. Porém toda essa dinâmica bem sucedida ficaria por conta da mediação efetiva do professor.
É verdade que alguns professores não se sentem à vontade diante desse novo papel, alguns preferem continuar com atitudes pedagógicas tradicionais, sentem-se inseguros e não acreditam na capacidade do aluno em lhes mostrar atitudes como respeito, responsabilidade, dialogo, profissionalismo. Acredita-se que um professor mediador, conhecedor e atuante das novas tecnologias terão aulas mais interessantes e motivadoras, gerando a necessidade de uma mudança de sua mentalidade, de seus valores e de suas atitudes.
Mudar somente por mudar não e válido, substituir o giz e a lousa por transparências e multimídia não resolve. As técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende.
Em primeiro lugar o professor precisa aprender a planejar sua aula diariamente, a ter um objetivo para aquela aprendizagem e assim selecionar as técnicas adequadas que incentivem a participação de alunos com trabalhos que favoreçam o desenvolvimento das habilidades próprias da função profissional que o aluno vai querer seguir e que sempre esteja implícito nessas ações valores de ética, respeito, capacidade de aceitar o novo, criticidade, sensibilização das necessidades sociais e a busca de solução para os problemas garantindo a melhoria da qualidade de vida sua e da sociedade.


Paula

terça-feira, 6 de julho de 2010

Descobrindo....

DESCOBRINDO A APTIDÃO DE MISSÃO DE VIDA


Você tem um projeto de vida? O que você quer? Seus objetivos são claros? Você acredita em você? Você tem uma estratégia, um planejamento? Se você responder de imediato essas perguntas demonstrará que você está preparado para viver de maneira tranqüila e equilibrada. Mas se você não conseguir responder de imediato aí vão algumas dicas para você colocar em prática alguns objetivos, como: aprender a ouvir; elogiar ; acreditar na sua capacidade de resolver problemas; ser humilde; respeitar; ter metas e visão do futuro (como você gostaria que fosse sua vida aos 70 anos); ter calma e paciência; preocupar-se com pequenas coisas como o outro, o perdão, um abraço.
Sabemos que não existe nenhuma verdade pronta e que como seres sociais atuamos em diversas áreas, somos pais, educadores, orientadores, filhos, amigos, cônjuges, irmãos, etc. Isso nos torna responsável por inúmeras atitudes as quais tomamos, sempre pensando no melhor resultado.
Será que você seria capaz de listar atitudes que marcaram momentos importantes de sua vida, momentos de decisões e acertos? Para facilitar sua memória faça uma lista de atividades que você realizou durante o ano anterior, relembre as mais marcantes e questione-se: Em que acertei? Em que errei? Faltou visão de futuro e planejamento? Quais foram as respostas que vieram à sua mente? Caso não tenham sido proativas, as respostas, proponha mudanças para os próximos seis meses, fundamentadas no seu balanço e reflita:
O que vale a pena repetir? O que devo priorizar? Estabeleça metas a longo, curto e médio prazo.
Pense nas relações, elas são um dos mais preciosos elementos para quem deseja e precisa alcançar resultados. Quem se relaciona está aberto para encontrar pessoas, conhecê-las, percebê-las, compreendê-las e também estará aberto para as oportunidades que aparecerão através de contatos.
Infelizmente, às vezes temos que conviver com pessoas que fazem do outro uma lata de lixo de suas neuroses. Esteja pronto para enfrentar pessoas assim, converse apenas o necessário, sem deixar de ser receptivo, desconsidere as críticas vindas dessas pessoas, concentre-se nos seus objetivos e metas, não responda às agressões verbais e não verbais declaradas ou veladas. Não se deixe influenciar, seja mais você.
A vida é feita de momentos, atitudes, escolhas e as pessoas não vencem ou perdem, na vida, por obra do destino, mas como conseqüência de suas próprias ações, bem ou mal planejadas. De acordo com crenças, valores, conceitos, preconceitos, informações (corretas ou não) podemos aceitar ou recusar as oportunidades, os estímulos que a vida nos oferece para vencer ou perder. Por isso identifique-se.

VENCEDORES: Pessoas que não desistem diante dos obstáculos que a vida lhes oferece. As situações são todas utilizadas como aprendizagem, experiência, amadurecimento e crescimento.

NÃO VENCEDORES: Conformam-se com os empates, não ganham, nem perdem, são pessoas que conseguem certa posição e embora insatisfeitas não partem para o “algo mais”.

PERDEDORES: São aqueles que não estabeleceram metas, ou as estabeleceram mal. Estão sempre se esquivando das responsabilidades dos resultados negativos de suas próprias ações. Atribuem seus fracassos sempre a terceiros.
Mude agora, descubra hoje sua missão e aptidão de vida.
Paula

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Participação dos pais...

Participação dos pais fator fundamental para o sucesso na escola e na vida.

Há um tempo, que não vai muito longe, a família era mais envolvida, mais comprometida. A família reunia-se na hora das refeições, pelo menos em uma delas. Pai e ou mãe eram a autoridade máxima, nem precisava falar, bastava um olhar e a autoridade se fazia valer. A vida parecia organizada, cada coisa, cada pessoa parecia ter seu papel e seu lugar no sistema familiar e social. E as pessoas pareciam felizes.
Algumas regras eram comuns a todas as famílias, como não se sentar à mesa sem camisa, dar um beijo em todo mundo quando se chegava e quando se saía. Ao findar as refeições cada qual tinha seu papel, uns tiravam a mesa, outros lavavam a louça, todos trabalhavam em grupo. Apertar as mãos, olhar nos olhos. Orientar as meninas de como deveriam se sentar à mesa e não se esparramar num sofá de pernas abertas. Não havia essa coisa de não querer, pois fazer parte era realmente se envolver.
Hoje em dia os papéis se multiplicaram, os desejos também e em muitas casas as coisas se inverteram de maneira dramática. Em muitas famílias os filhos é que comandam os pais.
Diversas pesquisas de consumo mostram que são os filhos que decidem qual carro comprar, para onde vão às férias, enfim, eles definem o estilo de vida e os gastos (e valores) da família.
A autoridade dos pais nunca foi tão questionada e disso decorre uma série de problemas, segundo o Instituto de Estatística da Violência - SP (IEV), mais de 80% dos lares brasileiros convivem com dívidas. Mais de 40% das crianças e adolescentes encontra-se em sobrepeso. Soma-se isso ao fato de que há um número crescente de jovens que nem quer mais prestar vestibular no final do Ensino Médio e se percebe que crescer e amadurecer se tornou um projeto sem desejabilidade. “Por que me tornar igual àquele que não se tornou meu modelo?”.
Os pais reclamam que as crianças e os adolescentes mudaram que estão impossíveis que querem tudo para si. Segundo Freud, criança e adolescente sempre foram assim.
Podemos afirmar então, que não são eles que estão mais defasados emocionalmente e mais despreparados comportamentalmente. São os adultos que os formam que não têm limites que lhes entrega um mundo que elege a bebida, o consumo, os prazeres consumatórios como o projeto de uma boa vida. Educar para a “era da sustentabilidade” é antes de tudo refletir sobre o que nos sustenta internamente.
É passada a hora de rever as coisas e reconhecer nosso papel enquanto modelos de nossos filhos e educandos. Se educar dá trabalho, não educar dará muito mais trabalho lá na frente.
Em processos seletivos, buscam-se candidatos que tenham língua estrangeira, cursos extracurriculares, domínio de informática, experiência no exterior, trabalhos voluntários, enfim toda uma empregabilidade.
Mas a verdade é que se destacam efetivamente os candidatos com comportamento diferenciado: saber trabalhar em equipe, olhar nos olhos, mostrar deferência à autoridade e à hierarquia, falar num linguajar adequado, se vestir com elegância, se dispor a ajudar os outros se mostrar uma pessoa com energia.
Tudo isso faz a diferença. O “fator berço” é hoje a porta para o mercado de trabalho, justamente porque anda raro.
Por isso, senhores pais, tenho a certeza de que faremos um trabalho muito mais qualificado na preparação para o futuro se cuidarmos da maneira como nos apresentamos a eles, se refletirmos sobre qual modelo de atitudes lhes oferecemos.



A qualidade do berço influencia toda uma vida.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Apenas uma questão de visão.

Profissão e vida apenas uma questão de visão...


Imagine que a vida é um papel em branco. Cada momento vivido deixa uma marca nesse papel. É uma história sendo escrita. Uma biografia.
Agora, imagine que você pudesse ler o capítulo final antes de saber toda a história. Se esse capítulo fosse de acordo com os seus sonhos você poderia saborear a história sem receio e sem restrições. Mas e se esse epílogo não fosse um espelho de seus desejos? E se você percebesse que o resultado de uma vida saiu muito diferente das aspirações do início da jornada? Se lhe dessem a chance de saber o final da história e você pudesse escrevê-la diferente para ter outro final, que história de vida você escreveria?
A visão sistêmica nada mais é do que perceber o movimento integrado entre o ambiente, nossas decisões e nosso futuro. "A intuição é apenas um sintoma de nossa capacidade de perceber com antecedência as conseqüências futuras"
Escrever a própria história é utilizar com sabedoria a visão sistêmica. Ao invés de estarmos focados no problema presente ou em nossa própria aflição, devemos ter uma visão do conjunto de ações que nos conduziram a esse desfecho. É apenas assim que podemos gerar soluções eficazes.
Não há como resolver um problema vivendo no mesmo ambiente mental que o gerou. É necessário rever o processo todo, e determinar novas atitudes a partir da identificação da decisão que nos levou àquele resultado indesejado. Quando nossa atenção está voltada para uma parcela isolada de nossa vida, não conseguimos perceber o sistema dinâmico que conduz nossa existência. Assim acabamos por esperar do governo, do mercado ou da família uma solução que só depende de nós.
Pensar em sistemas e não em fases é uma maneira completa de corrigir rumos e planejar o sucesso. Temos que quebrar determinados paradigmas que nos colocam o mundo como a soma de uma infinidade de partes.
Diferente do que nos fizeram acreditar, o mundo não está separado em países, cidades, bairros e famílias. Assim também o tempo não é dividido em horas, minutos e segundos. E a vida não pode ser dividida em passado, presente e futuro.
Tudo isso são apenas convenções que criamos para buscar compreender algo que deve simplesmente ser experimentado. O mundo, o tempo e a vida são um fluxo ininterrupto de ações que são ao mesmo tempo causa e consequência.
O exercício da visão sistêmica nos permite abrir os canais para decisões adequadas, que são a intuição, a sensibilidade, a emoção e a razão. É do uso equilibrado de cada uma dessas habilidades que podemos eleger atitudes e ações compatíveis com nossos propósitos de vida e carreira.
Criar o fluxo certo, se lançar às ondas da prosperidade e da realização, viver a vida que se deseja.
Tudo isso está ao alcance de quem consegue ver além da muralha limitante da própria existência. "Não há como resolver um problema vivendo no mesmo ambiente mental que o gerou."
Perceber a si mesmo como membro de uma rede interligada de indivíduos é agir sistemicamente. Quem acredita que o universo gira ao seu redor, perde uma infinidade de oportunidades de receber luz de outros que brilham, e refletir luz ao seu redor.
Como no xadrez, para ser vitorioso no jogo da vida, é preciso pensar vários lances à frente e conhecer todas as jogadas feitas em outras partidas.
Assim tem-se o melhor movimento, mexe-se apenas uma pequena peça, mas isso pode mudar toda a história do jogo.

Paula Carneiro

segunda-feira, 24 de maio de 2010

É lógica ou sentimento?

É lógica ou sentimento?
Ser feliz é uma coisa abstrata, você concorda? É um sentimento, uma situação, uma sensação?
Cada um determina a felicidade para si mesmo e isso é lógico e também sentimental.
Já me disseram que sentimento não tem nenhuma referência com o pensamento lógico. Dizem por ai que quem tende para um posicionamento mais lógico passa longe do sentimentalismo e vice-versa.
Aonde será, então, que reside a felicidade? Será que por sermos lógicos excluímos os sentimentos de nossas vidas e com isso a tão almejada felicidade? Ou vice-versa a ponto de não encontrarmos o equilíbrio para a vida?
Nada disso. A felicidade tem a ver com a situação ela diz respeito a quem somos como somos e porque somos.
Tem relação com a forma como valorizamos, respeitamos, entendemos e vibramos com determinada situação ou resultado.
Esse caminho de “Santiago de Compostela” é que nos traz o real sentido, que nos dá a medida do que estamos estabelecendo como limite.
Isso não significa que podemos estar isentos de expectativas, ou que devamos ser pouco ambiciosos, porém é válido afirmar que é mais feliz quem possui expectativas razoáveis em relação à vida e ambições mais simples.
Muitas vezes o foco que elegemos para gerenciar nossas vidas é que está mal direcionado. Podemos então, estabelecer expectativas em relação ao nosso próprio amadurecimento e temos poder pessoal para crescer nesse sentido.
Precisamos pensar sempre mais no Ser do que no Ter. Ser é uma condição íntima, uma conquista pessoal, derivada de progressos diários e constantes, sem retorno.
A sabedoria de uma vida bem vivida não se perde nunca, mesmo que se percam todas as posses. Assim a união da lógica com o sentimento permitirá que encontremos verdadeiramente nossas aspirações na vida, porque se não pensarmos sobre o que é felicidade, talvez a gente tropece nela sem a reconhecer.
Paula

Simplesmente Ferrugem

Simplesmente Ferrugem
Procurando no Aurélio constatamos que ferrugem é um óxido que se forma na superfície do ferro exposto à umidade. Essa é a definição, porém andando por ai “pelas longas estradas da vida” encontrei o Ferrugem personalidade singular, uma história sendo escrita, uma biografia.
Ferrugem é assim alegria, confraternização, humanidade. Dons divinos, características humanas das mais nobres. Sua visão de vida nos faz acreditar que o mundo não está separado em países, cidades, bairros e famílias. Assim também o tempo não é dividido em horas, minutos e segundos. E a vida não pode ser dividida em passado, presente e futuro.
Capacitado por Deus nas suas habilidades vive a vida como quem consegue ver além da muralha limitante da própria existência.
Assim é Ferrugem, que encontrei por ai e isso muda "toda a gramática da vida"!


Paula

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Desaparecimento do Professor no Século XX.

O Desaparecimento do Professor no Século XX.
A perda da capacidade socializadora da escola teve fatores internos e externos que provocaram a deteriorização do professor como agente central de socialização.
A falta da distinção entre professor e aluno aparece no exato momento em que ocorre a perda da significação social das experiências das aprendizagens, da perda da hierarquia (relação professor X aluno, pais X filhos).
O sucesso das inovações pedagógicas propostas começam a depender de fatores como docentes motivados, projetos pedagógicos em comum. A fundamentação teórica dá lugar ao empirismo. Os teóricos da Educação são desqualificados como utópicos e irrealistas. Empíricos desqualificados por sua incapacidade para justificar ações, sistematizá-las e difundi-las.
Alguns outros problemas aparecem:
• Saberes aprendidos na formação inicial perdem legitimidade por sua distância dos problemas reais;
• Saberes empíricos aprendidos no trabalho careciam da legitimidade conferida na academia;
• Se é preciso educar ao longo de toda vida então somos todos alunos;
• Manejo de aparelhos pelas crianças e não pelos adultos cria uma separação entre pensamento e conhecimento;
• As crianças conhecem e operam, mas não podem pensar. Os adultos podem pensar, mas não sabem operar os novos instrumentos;
• Fim da visão Iluminista;
• Incapacidade do Estado de proteger cidadãos e oferecer perspectivas de futuro;
• Ausência total de perspectiva; educadores não têm ponto de referência.
A perda do sentido produz três conseqüências:
1- Reduz o futuro e as perspectivas de trajetória tanto individual como social; gera incluídos e excluídos quebrando a coesão social para cada um encontrar o seu lugar.
2- Transmissão das identidades, tanto culturais como profissionais e políticas em termos regressivos; falta da continuidade histórica com projeção de futuro.
3- Desconfiança ante qualquer idéia de transformação. Transformação é vivida como contrária à transmissão da identidade. A transmissão é considerada conservadora e a transformação destruidora.
Necessitamos urgentemente de construir uma identidade para o nosso processo educativo.
Paula

Valores para viver e amar

Valores para viver e amar

Tudo que enxergamos e acreditamos ser importante toma na nossa vida, proporções significativas.
Muitas das vezes a partir de nosso ponto de vista, valoramos pessoas, pontuamos situações e tudo nos parece muito convincente porque fazemos uma imagem do real que vivenciamos.
Para outros essa mesma situação tem outra dimensão, é outra “fotografia”, porque o outro não está em nós, não vivencia nossas emoções, conflitos, necessidades.
Então, para gerenciar toda essa situação confusa e esclarecer os pontos igualmente para todos, precisamos buscar dentro de nós nossos ideais, nossos ensinamentos, nosso Deus, extrair a essência do amor, perceber que amar é valorizar, crescer, desejar ser e agir, dividir, multiplicar e subtrair só se for para adicionar outros valores positivos.
Por isso amar é poder se espelhar no outro para refletir a imagem gerada por esse outro para que tantos outros possam copiá-la, divulgá-la.
Se você conseguiu enxergar seus valores dessa forma poderá compartilhá-los com os outros e quando conseguimos que os outros percebam nossa visão de valores é porque eles estão corretos, são verdadeiros existem e coexistem, agem e reagem com o todo do universo.
Ao passo que quando só nós mesmos conseguimos enxergar nossos valores e mais ninguém consegue é sinal que eles estão equivocados, são egocêntricos, não são bons não valem à pena, e descobrimos tarde, muito tarde que viver e amar não são coisas inventadas pelo homem para passar os dias, as horas. Viver e amar são coisas únicas que existem na alma e só são percebidas quando deixamos um pouco de “perfume” no caminho que traçamos.
Paula

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Família a Escola e a TV

A Família, a Escola e a TV

No século XIX a família desempenhava sua função de educar a qual os estudiosos chamam de função primária. Era sua função orientar, decidir pelas crianças, resguardá-las das atrocidades do mundo, criar modelos de atitudes corretas, enfim a família dava o primeiro passo na formação do futuro cidadão. Depois disso vinha a escola que desempenhava sua função também educadora chamada secundária fundada em seqüencialidade e hierarquia.
A proposta de educação, no século XIX, pelo Estado, tinha como finalidade a formação do cidadão que teve um caráter inovador baseado em: a)fundamento b) unidade c) finalidade. Conflitos sociais, políticos e econômicos acabaram por gerar um déficit na socialização e a nação e a democracia tornaram-se incapazes de gerar propostas educacionais. Assim as Instituições responsáveis pela educação foram atingidas (escola, igreja, família).Na verdade, o resultado bombástico dessa crise foi a perda da eficácia dos valores transmitidos e normas culturais de coesão social pela família e pela escola.
Os problemas hoje detectados pela diminuição do poder da socialização primária foram famílias com pais que têm uma conduta menos autoritária, a criança está a cada dia mais cedo fazendo suas escolhas, não há modelos preexistentes para a vida cotidiana, a imagem do mundo esta menos segura e mais instável.
Novos agentes de socialização então foram eleitos, como os meios de comunicação em massa e principalmente a TV. A TV não foi projetada como entidade encarregada da formação moral e cultural das pessoas, do contrário seu projeto supõe que essa formação já esteja adquirida.
A TV preconiza o desaparecimento da infância porque revela a sexualidade, a violência e a incapacidade do adulto para dirigir o mundo. A criança está só diante das mensagens que recebe sem a ajuda de um adulto para interpretá-las. Não há ninguém para estabelecer barreiras, transmitir segurança, definir um modelo para as futuras gerações.
O efeito da TV é pior que a violência que ela veicula porque a criança vê o mundo como ele é. Antigamente o acesso a essas informações só aconteciam sob o domínio do código da leitura e da escrita e as coisas iam sendo gradativamente reveladas às crianças conforme as fases da vida.
Hoje a informação adulta chega à criança, a TV não discrimina momentos ou seqüências na difusão da informação. Ver TV não requer habilidade nenhuma, ver TV não desenvolve habilidade nenhuma. A TV não diferencia a criança do adulto e acaba por infantilizar os adultos. Essas relações afetam a família e principalmente a escola, pois a TV enfraquece a curiosidade das crianças e a autoridade dos adultos. Chegam às escolas alunos cada vez mais diferentes que não conseguem aprender conteúdos de um modelo único ou diante da violência condutas com drogas e marginalidade e há aqueles que optam pela indiferença e menor dedicação de esforços ao trabalho escolar.
Paula Carneiro-

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Escola serve para quê?

Escola serve para quê?


Estudiosos apontam os primeiros contatos na família como necessários à formação do sujeito educado, demonstrando que nem sempre a formalidade da escola prepara alguém para a vida.
Mesmo assim algumas famílias acreditam que a escola e outras instituições sociais podem assumir essa função.
Um indivíduo, para ser educado, não precisa somente ir à escola, pois por meio da socialização ele aprende modos, valores, costumes e tendências da sociedade em que vive.
A escola é responsável pela socialização secundária, mais formal e distanciada das fragilidades emocionais da socialização primária ou familiar.
Na escola temos a oportunidade de conhecer a diversidade social, entender diferentes culturas, compreender o outro como semelhante, encontrar pessoas com o mesmo objetivo, porém diferentes no que diz respeito às idéias, valores e costumes, desenvolvemos habilidades necessárias à vida, construímos competências, aprendemos novas tecnologias para contribuirmos favoravelmente com o desenvolvimento humano.
Paula Carneiro-

É de jovens talentos que o Brasil precisa!


Há tempos atrás o maior desafio de nosso país era o fim da inflação. Vencemos e logo em seguida precisamos reencontrar meios para o crescimento econômico e resgatar a dívida social.
Hoje o Brasil está crescendo e desejamos que seja a longo prazo, precisamos atentar, agora, para as deficiências estruturais que ocasionaram o apagão em 2001 e o apagão aéreo em 2007. Mas nenhum problema é mais premente que a falta da mão de obra.
Tomemos por exemplo a Petrobrás, maior empresa do país, não falta matéria prima nem investimentos, faltam “jovens talentos”, afirma José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa.
Os números do Ministério da Educação explicam essa dificuldade. Cerca de 35 milhões de crianças e adolescentes passaram pelo ensino elementar na última década. Entre os que cursam o ensino médio, o número cai para 9 milhões. Os 25 milhões que ficaram para trás são, muitas vezes, analfabetos funcionais. Num mundo informatizado, mecanizado em que tarefas simples são feitas por máquinas.
O maior problema é que as dificuldades estão ligadas ao nível básico da educação, que são ler, escrever e as quatro operações. O ensino fundamental é imprescindível para que o Brasil alcance o patamar dos países desenvolvidos.
Outro dado que indica o quanto nosso país está preparado para o futuro é o numero de pesquisadores em atividade. No Brasil, existe apenas um cientista para cada grupo de mil trabalhadores. Nas nações da União Européia, seis. Nos EUA, dez. E no Japão, doze.
Por isso, a educação é nosso maior desafio, é ela que vai definir nos próximos anos o sucesso do país, porém o caminho é árduo e demorado, já que um ser humano leva em média 25 anos para se formar. O que fazer então? Não podemos esperar pelos profissionais de 2033.
A solução é treinar já os jovens com formação deficiente que chegam ao mercado de trabalho e adequar a formação profissional ás necessidades da sociedade.
O conhecimento será a ponte para construirmos um país mais desenvolvido e com qualidade profissional.
Paula

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Para todas as mulheres.....nota 10

A Culpa é da Eva!

Primeiramente é importante diferenciar as concepções existentes sobre cultura. A Sociologia e a Antropologia se interessam pela cultura como forma de vida praticada por meio de valores, normas, costumes e símbolos comuns à sociedade.
Povos desenvolvem costumes e crenças conforme o aprendizado cotidiano ou por referências herdadas de antepassados.
Nossa sociedade nos anos 60 vivenciou um período de significativas mudanças sociais, culturais e políticas. Permitiu-se diversificar a forma das pessoas entenderem o mundo e relacionarem-se política e socialmente com ele. Mesmo com a modificação sendo um processo comum entre as culturas, ainda há indivíduos que fazem questão de manter sua tradição, seu costume, sem incluir novos comportamentos ao cotidiano.
Com certeza estou me referindo aos homens, seres totalmente previsíveis, por serem conservadores, incapazes de assumirem a causa alheia por defenderem sempre apenas aquilo que conhecem.
Conseguem, todos, sem exceção, terem um mesmo comportamento praticamente consumista que favorece o “produto” (mulher) para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea.
“A promessa de aprender a arte de amar é a oferta (falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a experiência amorosa à semelhança de outras mercadorias, que fascinam, seduzem”. (Bauman,Z.AmorLíquido.RJ:Zahar,2004.p.21-22)
Por isso mulheres, ficamos fadadas a esse comportamento e obrigadas a aceitá-lo e incorporá-lo como normal. Encontramos ai conflitos, desejos individuais e obrigações de papéis sociais.
Olhamos para o céu e pensamos se Deus não tem compaixão por nós enquanto expressão maior de Seu amor. Por que será que passamos por tudo isso?
Acho mesmo que a culpa é da Eva!
Paula