quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Desaparecimento do Professor no Século XX.

O Desaparecimento do Professor no Século XX.
A perda da capacidade socializadora da escola teve fatores internos e externos que provocaram a deteriorização do professor como agente central de socialização.
A falta da distinção entre professor e aluno aparece no exato momento em que ocorre a perda da significação social das experiências das aprendizagens, da perda da hierarquia (relação professor X aluno, pais X filhos).
O sucesso das inovações pedagógicas propostas começam a depender de fatores como docentes motivados, projetos pedagógicos em comum. A fundamentação teórica dá lugar ao empirismo. Os teóricos da Educação são desqualificados como utópicos e irrealistas. Empíricos desqualificados por sua incapacidade para justificar ações, sistematizá-las e difundi-las.
Alguns outros problemas aparecem:
• Saberes aprendidos na formação inicial perdem legitimidade por sua distância dos problemas reais;
• Saberes empíricos aprendidos no trabalho careciam da legitimidade conferida na academia;
• Se é preciso educar ao longo de toda vida então somos todos alunos;
• Manejo de aparelhos pelas crianças e não pelos adultos cria uma separação entre pensamento e conhecimento;
• As crianças conhecem e operam, mas não podem pensar. Os adultos podem pensar, mas não sabem operar os novos instrumentos;
• Fim da visão Iluminista;
• Incapacidade do Estado de proteger cidadãos e oferecer perspectivas de futuro;
• Ausência total de perspectiva; educadores não têm ponto de referência.
A perda do sentido produz três conseqüências:
1- Reduz o futuro e as perspectivas de trajetória tanto individual como social; gera incluídos e excluídos quebrando a coesão social para cada um encontrar o seu lugar.
2- Transmissão das identidades, tanto culturais como profissionais e políticas em termos regressivos; falta da continuidade histórica com projeção de futuro.
3- Desconfiança ante qualquer idéia de transformação. Transformação é vivida como contrária à transmissão da identidade. A transmissão é considerada conservadora e a transformação destruidora.
Necessitamos urgentemente de construir uma identidade para o nosso processo educativo.
Paula

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