sexta-feira, 6 de maio de 2011

DERRUBANDO OS SEUS MUROS

Pensando sobre momentos históricos do nosso Planeta, lembrei-me da queda dos muros de Berlim, que já faz 22 anos. Foram 28 anos de sofrimento, preconceitos, problemas para vários alemães. A liberdade de ir e vir de um lado para o outro foi cerceada, e muitos morreram tentando passar pelo muro, uma mancha a mais na humanidade. Na antiguidade era comum que as cidades possuíssem grandes e poderosos muros ao seu redor, para lhe servirem de proteção. Toda a vez que um exército ia atacar uma cidade, ele precisava abrir brechas nesses muros ou derrubar seus portões, para assim tornarem possível a invasão e tomada desta cidade.
Muitas vezes, ao ouvirmos a palavra “muro” nos deparamos com dois tipos de pensamentos: Proteção: muro nos dá segurança, proteção, abrigo, limita algo que nos pertence. Limitação: podem pensar em prisão, problemas que não encontram nenhuma solução.
Pensei em quantos muros de separação nós também levantamos em nossas vidas. Sim, vivemos construindo muros de preconceitos, medos, intolerância, vingança, contra nós mesmos. Os ataques podem vir de fora para dentro, mas também podem ser feitos de dentro para fora como num cavalo de Tróia. Muitas vezes ficamos impedidos de progredir. Alguma coisa ou algo nos impede a caminhada que estávamos habituados a realizar. Parece que somos impedidos como que se um muro estivesse a nossa frente.
São muros invisíveis, mas eles existem em nossas vidas e somos rápidos em construí-los, mas para derrubá-los leva séculos. Nosso orgulho é um dos elementos que mais constrói muros contra as pessoas, um povo, família... Esses são muros que podemos dizer íntimos, que muitos de nós construímos e nem percebemos e sofremos por isso, porque esses muros acabam virando contra nós, o que era para “proteção” em nossa mente vira nosso tormento.
Cada muro que erguemos nos prende mais, acabamos por nos tolhermos do mundo achando que estamos nos preservando e na verdade estamos nos isolando, ficamos alienados, perdemos a real noção e perdemos o progresso que leva a todos para um melhor caminho. Nossos muros impedem nosso crescimento, nossa liberdade.
Esses muros em nossas vidas podem ser problemas conjugais, problemas no namoro, problemas pessoais, problemas financeiros. Pode ser o caso de uma inimizade em que mesmo que tente conversar com a outra pessoa, o resultado é que ela sempre lhe vira as costas. E com certeza você gostaria que tudo voltasse a ser como era antes. A Palavra de Deus diz: “O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza; suas contendas são ferrolhos de um castelo” (Provérbios 18.19).
Vamos arrebentar todos nossos muros e viver mais, nos misturar, trocar informações, ir até onde nunca fomos ver o que evitamos ver, descobrir novos tempos, novas pessoas, novas culturas.
Agimos de forma positiva quando nos colocamos como muros de abrigo, como muros de proteção para alguém, como muros de auxílio na hora da provação, como um muro amigo diante dos problemas. Agimos de forma negativa quando usamos o muro da rebelião, da ameaça, da mentira.
Então poderemos fazer uma seleção do que realmente queremos ver, com quem nos misturar aonde ir, quais informações guardar e quais eliminar. Para isso precisamos experimentar a vida sem muros com horizontes abertos em todas as dimensões (Neemias 6.15; Esdras 6.13-18).
Quero dar um conselho com um pensamento maravilhoso aos nossos ouvidos, mentes e coração: “Deus nunca, jamais se esquece de nossos muros”.
Não importa o que esteja passando, não importa o que esteja sofrendo, Ele sabe e não esquece. Ele está aí para trabalhar contigo na edificação de um muro forte, saudável (Isaías 49.16). E, além disso, Deus faz muito mais além de conhecer nossos muros: Ele me ajuda a derrubar os muros que não prestam e me ajuda a construir os muros que ajudam a outros (Salmo 122.7).


Paula

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