segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vontade de ser feliz...

Vontade de ser feliz

Hoje vou falar um pouco sobre felicidade. Até porque às vezes me canso de escrever sobre trabalho, profissões. Hoje vou permitir que minha escrita seja um pouco mais de cunho literário, talvez literário romântico porque algumas vezes na vida nos permitimos parar com a rotina e repensar a vida. No meu caso repensar é com certeza divagar por ai, pelas mentes, pela lua etc...
Vou começar citando Fernando Pessoa em sua “Poesia da Felicidade”, diz assim: “Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas....”.
Caro leitor, já sentiu como será esse artigo, será cheio de pensamentos e reflexões do coração. Quer continuar lendo? Então senta ai e prepare-se. Leia calmamente para entrar tudo em sua mente.
Vontade de ser feliz é o que me deixa viva, para procurar num novo dia o que não encontrei no dia que passou, vontade de ser feliz é o que me faz aceitar o mal que me fazem, conscientemente, sabendo que haverá o dia em que o arrependimento e a dor será brutal para aqueles que me fazem mal.
Mas e na vida? Que caminhos tomamos? A nossa vida é regada sim de decisões e escolhas que precisam ser tomadas, mesmo que estas sejam contra a nossa vontade. E é exatamente assim que funciona a vida, escolher hoje, mesmo que errado, para que, amanha possamos acertar. Cada um de nós é responsável pelos seus atos e atitudes, cada pessoa possui sua vida para cuidar dela da maneira que bem entender.
Há horas em que o sorriso de um amigo conforta mais que as euforias da vida. Em algumas outras, a esperança existe para nos mostrar que nem tudo está perdido. Dias nebulosos e madrugadas escuras e solitárias sempre existirão o segredo é entender que elas sempre acabarão quando a lua se puser e nascer outro dia com os primeiros e confortantes raios do sol.
Há ainda momentos em que só a vontade ou só a atitude não muda nada, neste caso, unir os dois é um passo importante para um novo começo.
A vontade, contudo, é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou inércia da vida. Só a vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito e o caminho da vida.
Ter vontade é ter capacidade de direcionar a vida, ter vontade é estar decidido a mudar, pois nossa vida é um aprendizado diário, e devemos saber lidar com estes aprendizados e lições.
Permita-se vez em quando parar, silenciar e ouvir a voz do silêncio interior que se projeta em pensamentos sobre vida e felicidade. Experimente agora quando terminar de ler esse artigo. Finalizo meus pensamentos sobre vida e felicidade com a continuação da Poesia da Felicidade de Fernando Pessoa: “Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!”


Paula

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quero ser feliz e...

Criar um filho já não é fácil, educá-lo é muito mais desafiador. Devemos orientá-los sobre respeito, amizade, sexualidade e isso requer tempo e tempo é exatamente o que os pais não têm.
Como a sociedade contemporânea prega a felicidade a todo custo, ter um filho, hoje, tem sido muitas vezes, parte desse projeto, mas apenas como mais um elemento junto às outras aquisições. O filho nasce “para” os pais, então, ele não pode, assim, atrapalhar esse projeto, com a ameaça de falência desse objetivo tão faturado pela mídia: ser feliz acima de qualquer coisa. Nessa obsessão de realizar o projeto “quero ser feliz e nada irá me deter” os pais tornam-se cansados, exaustos por tantas providências que esse viver exige, e com isso não lhes resta tempo suficiente para o acompanhamento do filho.
Com a falta de tempo dos pais, os filhos iniciam-se cedo nas inversões de valores, pois aprendem tudo o que não necessitam para seu desenvolvimento social com coleguinhas mais descolados ou com traficantes etc. Muitas crianças crescem sem limites sofrendo assim de depressão e essas serão adolescentes extremamente problemáticos e adultos frustrados sem caráter.
Existe uma verdadeira perda da identidade, de valores e o pior é que ouvimos por ai, muitos pais dizerem “temos que acompanhar as mudanças do mundo moderno”. Que absurdo! Que conformismo! A conformidade é traço de quem não quer se envolver. É mais fácil deixar-se ser levado pela maré do que nadar contra ela. Televisão, Internet e Vídeo Games passaram a ser tranqüilizantes, é muito fácil largar a criança “quietinha” na frente dos aparelhos enquanto o dia passa e pais se preocupam com seus interesses.
Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, grande parte das nossas crianças é criada por babás ou avós. Assim o que acontece é que as pessoas e as gerações são distintas, e diferentes também são os critérios de educação. Os mais jovens não podem mudar as razões dos mais velhos. Os avós não estão mais para educar. Já educaram, bem ou mal, aos seus filhos. As babás estão ali para zelarem pela higiene, pelo horário de comida, para levá-los ao playground ou fazê-los dormir e só. Se os avós vão cuidar dos netos, o ideal é que haja um acordo entre as partes, para o bem da criança e de todos. Para isso, é necessário que entre os pais e os avós exista uma relação tranquila, específica e verdadeira, livre de ciúmes, em que reine o respeito às exigências e aos hábitos do outro.
Pais descansados, filhos livres. Como se trata de uma liberdade precoce, esta ainda não conta com a responsabilidade suficiente para acompanhá-la. Uma responsabilidade que primeiro tem de ser pautada na autoridade assumida pelos pais e gradativamente transferida para os filhos. Caro leitor,do jeito que a coisa anda é como se uma pessoa tentasse obter a oportunidade de fazer uma experiência, mas sem estar presente nela. De que experiências teríamos a ilusão de que não precisaríamos estar presentes e poderíamos, então, escapar? Vou arriscar uma: a de sermos pais? Que outras?
Caro leitor, acredite que também existem pais zelosos, mas este assunto é para outro dia.

Paula