sábado, 11 de dezembro de 2010

IdealX Real

Real X Ideal

Podemos dizer que a história da humanidade é como um conjunto de peças teatrais nas quais cada pessoa representa papéis que muitas outras também representam em algum outro lugar ou já representaram em um passado distante.
O ser humano é sempre levado a idealizar tudo que deseja para si em sua vida, seja socialmente ou de maneira particular. Quando isso acontece ele ativa seu cérebro que age de forma a selecionar, seqüenciar fatos ou fatores a serem executados através de ações que determinem o pensamento desejado.
Encontramos pessoas, no passado, como o inglês Willian Shakspare e até no nosso presente como o dramaturgo Nelson Rodrigues, que fizeram e refizeram a vida humana e social de maneira esplendorosa, através da representação do real ou através da apresentação do ideal.
Estamos sempre procurando em nossas idéias maneiras de conduzir nossas atitudes da melhor maneira possível e numa grande maioria dessas vezes tentamos nos proteger de percalços, assim tentamos organizar as coisas de maneira que aconteçam passo a passo, momento a momento. Tudo deve acontecer dentro de uma previsão.
De onde vêm todas as idéias que ativam o estoque ilimitado de fantasias e idealizações, em nossas mentes, com uma variedade infinita?
Segundo Locke todas as idéias derivam da sensação ou reflexão e ele atribui toda essa fruição de idéias à nossa experiência.
Nossas experiências nos levam a bons e maus momentos. Podemos confiná-las em nosso cérebro para sempre ou retomá-las sempre que quisermos. Nossas experiências dão sentido a nossas vidas, nos impulsionam a procurar novos caminhos a trilhar outra história, a mudar radicalmente de vida ou a retomar algum momento de nossas vidas, perdido num passado distante ou próximo.
O grande problema da idealização de nossas idéias é a decepção, porque na prática o ideal não funciona. Não há uma sequência lógica no dia a dia, no contexto social que atuamos, não há muitas vezes espaço para o ideal frente a tantas falhas do contexto real, frente a tantas falhas do próprio ser humano.
E o que dizer da fatalidade, da vontade Divina? Fatores presentes 24 horas na vida dos seres humanos.
Estamos envolvidos nisso tudo, num todo girando para alguma direção na qual às vezes somos arremessados sem piedade sem explicação.
A mitologia Grega conta que as Moiras dirigem o movimento das esferas celestes, a harmonia do mundo e a sorte dos mortais. Elas presidem o destino, tecem os fios do destino humano, põem o fio no fuso e cortam o fio que impiedosamente mede a vida de cada mortal.
Percebemos assim que não estamos todo o tempo no comando, que o ideal mesmo é viver o real, apreciar o presente, construir o futuro, conviver com o todo, valorizar o próximo, restituir laços, criar hábitos.
Bons hábitos devem ser instituídos, o hábito do respeito da vida, da compreensão, do amor a fim de que nossa experiência seja útil e nos leve a esperar no futuro.

Paula

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