quarta-feira, 30 de junho de 2010

Participação dos pais...

Participação dos pais fator fundamental para o sucesso na escola e na vida.

Há um tempo, que não vai muito longe, a família era mais envolvida, mais comprometida. A família reunia-se na hora das refeições, pelo menos em uma delas. Pai e ou mãe eram a autoridade máxima, nem precisava falar, bastava um olhar e a autoridade se fazia valer. A vida parecia organizada, cada coisa, cada pessoa parecia ter seu papel e seu lugar no sistema familiar e social. E as pessoas pareciam felizes.
Algumas regras eram comuns a todas as famílias, como não se sentar à mesa sem camisa, dar um beijo em todo mundo quando se chegava e quando se saía. Ao findar as refeições cada qual tinha seu papel, uns tiravam a mesa, outros lavavam a louça, todos trabalhavam em grupo. Apertar as mãos, olhar nos olhos. Orientar as meninas de como deveriam se sentar à mesa e não se esparramar num sofá de pernas abertas. Não havia essa coisa de não querer, pois fazer parte era realmente se envolver.
Hoje em dia os papéis se multiplicaram, os desejos também e em muitas casas as coisas se inverteram de maneira dramática. Em muitas famílias os filhos é que comandam os pais.
Diversas pesquisas de consumo mostram que são os filhos que decidem qual carro comprar, para onde vão às férias, enfim, eles definem o estilo de vida e os gastos (e valores) da família.
A autoridade dos pais nunca foi tão questionada e disso decorre uma série de problemas, segundo o Instituto de Estatística da Violência - SP (IEV), mais de 80% dos lares brasileiros convivem com dívidas. Mais de 40% das crianças e adolescentes encontra-se em sobrepeso. Soma-se isso ao fato de que há um número crescente de jovens que nem quer mais prestar vestibular no final do Ensino Médio e se percebe que crescer e amadurecer se tornou um projeto sem desejabilidade. “Por que me tornar igual àquele que não se tornou meu modelo?”.
Os pais reclamam que as crianças e os adolescentes mudaram que estão impossíveis que querem tudo para si. Segundo Freud, criança e adolescente sempre foram assim.
Podemos afirmar então, que não são eles que estão mais defasados emocionalmente e mais despreparados comportamentalmente. São os adultos que os formam que não têm limites que lhes entrega um mundo que elege a bebida, o consumo, os prazeres consumatórios como o projeto de uma boa vida. Educar para a “era da sustentabilidade” é antes de tudo refletir sobre o que nos sustenta internamente.
É passada a hora de rever as coisas e reconhecer nosso papel enquanto modelos de nossos filhos e educandos. Se educar dá trabalho, não educar dará muito mais trabalho lá na frente.
Em processos seletivos, buscam-se candidatos que tenham língua estrangeira, cursos extracurriculares, domínio de informática, experiência no exterior, trabalhos voluntários, enfim toda uma empregabilidade.
Mas a verdade é que se destacam efetivamente os candidatos com comportamento diferenciado: saber trabalhar em equipe, olhar nos olhos, mostrar deferência à autoridade e à hierarquia, falar num linguajar adequado, se vestir com elegância, se dispor a ajudar os outros se mostrar uma pessoa com energia.
Tudo isso faz a diferença. O “fator berço” é hoje a porta para o mercado de trabalho, justamente porque anda raro.
Por isso, senhores pais, tenho a certeza de que faremos um trabalho muito mais qualificado na preparação para o futuro se cuidarmos da maneira como nos apresentamos a eles, se refletirmos sobre qual modelo de atitudes lhes oferecemos.



A qualidade do berço influencia toda uma vida.

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