quinta-feira, 22 de março de 2012

"Foi Sem Querer Querendo..."

“Foi sem querer, querendo”...

Caros leitores, semana passada assistindo à TV deparei-me com uma programação diferente, a homenagem que fizeram, no México, ao senhor Roberto Bolãnos. Bolãnos é criador do personagem Chaves, mundialmente famoso. Bolãnos chegou a se formar em Engenharia, mas foi nas letras que encontrou destaque e paixão. Aos 22 anos foi contratado por uma agência de publicidade, D`ARCY
e rapidamente se destacou por sua mente criativa. Mais conhecido como Chesrperito (pequeno Shekspare) escreveu para teatro, televisão e rádio. Foi na década de 1970 que escreveu o roteiro de um supre herói, ou melhor, um antiherói, atrapalhado, desengonçado e fracote. Nesse momento não acharam nenhum bom ator para interpretá-lo e sem opções ele mesmo vestiu-se pela primeira vez de Chapolim Colorado. Um ano depois o sucesso foi tanto que se resolveu vestir de criança e aos 48 anos interpretou um menino de oito anos.
Chaves é tudo de maravilhoso, é criança, é arteiro, é carente. O mundo do Chávez encanta a todos nós, seus episódios são incansáveis, vemos e revemos, cantamos juntos com Férias em Acapulco, com as músicas e peças montadas na Vila sob direção do Sr Madruga.
Estamos sempre enamorados com o amor de Dona Florinda e do professor Girafales. Chiquinha menina esperta. Podemos enxergar nela um modelo de mulher independente, corajosa, atrevida.
Enfim cada personagem tem seu destaque no enredo, mesmo Chávez sendo o principal os outros não se fazem menos principais.
Pelo que sei os atores foram amigos e companheiros por 25 anos de programação. O humor de Chávez é clássico é atemporal, não sai da moda, não faz mal a ninguém.
As pessoas necessitam de diversão, de boa diversão, de amizades, amizades eternas, da solidariedade, da caridade, da tolerância, da vizinhança, da esperança de um coração sonhador digno que acredita na potencialidade do ser humano, na construção de um mundo especial para as próximas gerações.
É assim que vejo Chávez, que não me canso de assistir, meus filhos também assistem, e assistem de novo e novamente. Rimos juntos, em família. Rimos do inocente, do cotidiano, do engraçado, de tudo que é de melhor na vida.
Segundo as notícias os atores que interpretavam Kiko e Chiquinha, lutam hoje na justiça, pelos direitos autorais dos personagens que pertencem a Bolãnos. Infelizmente o mundo dos homens não é regido pela inocência de Chávez, não é feito de Senhores Barrigas que toleram infindáveis 14 meses de alugueis vencidos.
O que é encantador no Chávez é o enredo que envolve a todos, que encanta cada um de nós cada vez que assistimos de novo os mesmos velhos episódios, como se fosse o primeiro.
Chávez deixa o exemplo de amor, simplicidade, sentimentos que fazem parte da essência Divina e que nos dias de hoje, transbordam a nossa coragem de acreditar que é possível viver em harmonia plena. Ria, ria muito mesmo que seja sem querer querendo.

Paula

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