sexta-feira, 2 de março de 2012

Ação

Renovação e Ação.

A saúde é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma condição de bem-estar físico, psíquico e social. A promoção da saúde depende das condições de habitação, lazer, salário, água, esgoto e uma série de outros requisitos e ações. No Brasil, esse problema está relacionado a um desenvolvimento urbano equivocado e ao problema da distribuição de renda, que é uma das piores do mundo. Esta realidade é diariamente comprovada pelas filas dos ambulatórios e hospitais públicos nas quais se acotovelam os que precisam de cuidados médicos. Entendemos as políticas públicas como sendo o conjunto das diretrizes e referenciais ético-legais adotados pelo Estado para fazer frente a um problema que a sociedade lhe apresenta, em outras palavras políticas públicas é o serviço que o Estado oferece diante de uma necessidade vivida ou manifestada pela sociedade.
A igreja católica entra agora na Quaresma, ou seja, o período reservado para reflexão e conversão espiritual. O católico deve se aproximar mais de Deus desejando um crescimento espiritual, fazendo uma comparação entre sua vida e a mensagem cristã expressas nos evangelhos. Temos assim um recomeço um crescimento espiritual e pessoal. O cristão deve intensificar a pratica dos princípios básicos de fé tencionando ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem ao próximo. Dentro de toda essa perspectiva a Igreja Católica anuncia a Campanha da fraternidade. A campanha da fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda aos cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige participação de todos.
Nesse ano, o Tema é “Fraternidade e Saúde Pública”, com isso não quer dizer que a Igreja vai sair por ai receitando medicamentos e modificando os sistemas de saúde, que existem e nem sempre são compatíveis com as necessidades da nossa sociedade, principalmente a carente, ou que vá fazer as vezes das politicas públicas. O objetivo é trabalhando, agindo segundo proposta do evangelho, disseminar o conceito do bem viver para pratica de hábitos saudáveis, esclarecer e orientar sobre a realidade da saúde pública no Brasil, qualificar as comunidades para acompanhar as ações da gestão pública.
A cura de qualquer doença começa, com certeza, primeiramente no âmbito espiritual, por isso, cristãos e voluntários têm uma missão importante nessa campanha, levar de imediato e primordialmente o remédio da alma.
Na história do Brasil temos os Jesuítas que com a chegada deles, além da intenção de catequizar, trouxeram o conhecimento científico, os estudos, a pesquisa. Além de trabalharem incansavelmente na difusão da fé cristã, os jesuítas foram uma grande âncora da saúde na colônia, atestada pela vastíssima documentação das correspondências que mantiveram com seus irmãos em Portugal e no Brasil. Alguns chegavam aqui já formados em medicina, porém a maioria aprendeu a atuar na informalidade aprendendo a prática com Jose de Anchieta, João Gonçalves ou Gregório Serrão.
Responsáveis pelo inicio de uma jornada social sem fim, os Jesuítas deram o ponta pé inicial nas questões de pesquisa e saúde, com a fundação das Universidades Pontifícias. Logo que nossa sociedade se organizou politicamente a saúde passou a ser direito do cidadão e dever do Estado que criou as políticas públicas para gerir possíveis problemas, como já explicado no início do texto. Hoje, século XXI, a igreja entra em luta pela cura espiritual, pela superação das barreiras sociais, pelo processo de cura interior daqueles que confiam Nele. Afinal Ele ilumina a vida humana, os sofrimentos, e lá da sua cruz “ilumina o encontro do profissional da saúde com o doente, pois aponta para a esperança da transformação completa: um novo céu e uma nova Terra”.
Que a saúde se difunda sobre a Terra (cf. Eclo 38,8).

Paula

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