quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Família..Retrato de Amor

O estudo dos grupos sociais permite identificar diferentes modos de os indivíduos se agruparem. O primeiro contato com a noção de grupo acontece por meio da família.
Das famílias brasileiras dos anos 30 para as dos anos 50 houve modificações nas suas estruturas e nelas foram introduzidos costumes comuns à vida urbana. Nos anos 60 muitas outras mudanças atingiram em cheio as famílias, mudanças culturais, políticas e econômicas. Após essa fase houve um rompimento da submissão feminina que procurou maior liberdade e gerou transformações outras na família.
Nos anos 70 tivemos a introdução do divórcio dentro das leis de nosso país, outro fator que mudaria a estrutura do núcleo familiar, mesmo assim o núcleo familiar não rompeu definitivamente os padrões sociais vigentes, demonstrando que a força do grupo social ainda predominava sobre os comportamentos individuais.
As mudanças sociais estabeleceram a possibilidade de direitos iguais entre homens e mulheres e com isso tivemos a quebra do conceito de família tradicional. A forma como hoje concebemos a família resulta de um processo histórico e cultural configurado conforme a realidade vivenciada.
A forma mais espontânea de relacionamentos entre filhos e pais, a ausência dos pais no ambiente familiar em virtude do trabalho, a divisão de tarefas domésticas e até mesmo a participação dos filhos na educação familiar, são reflexos das necessidades do mundo contemporâneo.
Levando em conta o alto índice de separações a tendência é que casais encontrem outras pessoas e unam-se a elas. Entretanto muitos divorciados já têm filhos e nesse novo contexto surgem divergências entre familiares exigindo de todos uma nova dinâmica de convivência.
A cara nova da família brasileira ao olharmos o retrato das famílias atuais é de nos depararmos com situações que deixariam nossos avós de boca aberta. Os novos arranjos familiares são formados por padrastos, madrastas, meios-irmãos, por avós que criam netos, por casais sem filhos, por casais homossexuais, por produções independentes, por filhos adultos que não saíram de casa ou retornaram a ela, por grupo de amigos que moram juntos.
No futuro mesmo que a contínua dependência da mulher e dos filhos em relação ao marido mantenha-se em declínio a família nunca deixará seu papel de refúgio ou de último recurso ao qual seus membros recorrem, pois é nela que, nos momentos tristes buscamos consolo, amparo e esperança, e nos momentos de alegria encontramos confraternização e solidariedade.
Paula

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