sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Viver em rede

Viver em Rede no séc. XXI.
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade". Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Quando a ONU formalizou os direitos humanos, em 1948, a Internet estava longe de ser usada em grande escala como hoje.
Nos últimos anos a comunicação na Internet foi muito além de simples conversações entre amigos, serviu de palco para causas políticas especialmente em países mulçumanos que vivem ditaduras como Egito e Síria. Esses países, visando evitar a comunicação em massa e distribuição de idéias, autoritariamente cortaram a Internet. Também Brasil e França tomaram essa medida, de forma mais branda, com argumentos de proteção aos indivíduos e combate ao terrorismo. A ONU, preocupada com essa crescente restrição do acesso à Internet, declarou o acesso à rede como direito universal, ou seja, desconectar uma pessoa da internet como punição é uma violação aos direitos humanos. Dessa forma o acesso à internet tem status como o direito à vida e o direito à liberdade. A ONU também declara que isso não quer dizer que a Internet deva ser uma "terra de ninguém", mas devem ser aplicadas as leis tradicionais que combatam preconceito, pedofilia e crimes como roubo.
Iniciamos, com certeza, um período de um aprendizado sem fronteiras. Essa nova forma de perceber e compreender a vida implica na compreensão do homem e do mundo de maneira diferente. Para Moraes (1997, p.210) “o poder atual está na teia de relações representada pelo conjunto de informações e conhecimentos disponíveis". É a era que prevalece o poder do indivíduo nos mais diferentes sistemas de comunicação. Com o crescimento das redes sociais a comunicação tornou-se mais eficiente, ficando muito mais fácil e rápido disseminar uma idéia, tornar-se conhecido, famoso ou também arruinar reputações. Um ambiente social de rede, ao contrário do que se pensa, não acoberta anonimato, mesmo que o individuo se esconda atrás de um pseudônimo ele pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro. Como exemplo o caso da universitária paulista Mayara Petruso. Após o resultado das eleições brasileiras em 2010, ela publicou em seu Twitter mensagens extremamente ofensivas aos nordestinos de São Paulo. O resultado foi um processo na Justiça, perda de emprego e uma péssima reputação. Apagar as mensagens e os perfis na rede não basta para deletar um deslize na web.
O Facebook aumentou em 479% o numero de usuários em 2010. A plataforma de rede social inventada por Mark Zuckerberg tirou a soberania do Orkut no Brasil. Anteriormente as redes conectavam apenas pessoas, hoje conectam pessoas a noticias e fatos e futuramente o Facebook conectará sites e objetos reais, como produtos na prateleira de supermercados. Outra facilidade para acessar ainda mais o uso das redes sociais foi a transmissão de dados sem uso de cabos, ou seja, a transmissão sem fios, os Wireless Fidelity, termo mais correto para se determinar quando uma rede é sem fio. As redes sociais há tempos estão sendo usadas por empresas reforçando assim sua seriedade, incorporando estratégias online das companhias. Pioneira nesse campo a GE teve em Jack Welch, o 8º e mais jovem presidente da história da GE, ainda na década passada, o objetivo de torná-la a empresa mais competitiva do mundo e conseguiu. Ele sabia que transformar seu sonho em realidade exigiria nada menos que uma revolução. Seus princípios de liderança colocaram a GE em novos desafios como o desafio da inovação e assimilação de novas tecnologias propiciando a busca da informação de maneira global.
É próprio da sociedade do século XXI ter um perfil em redes sociais e para entrarmos definitivamente nessa era é preciso reciclar o conhecimento e os modos de organização da escola, considerando imprescindíveis questões como educação científica, questões socioambientais, as diversidades culturais e as tecnologias digitais, lembrando que cada ser humano é seu próprio agente de decisão e responsabilidade.

Paula

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